Alternativa ao Colégio das Freiras pode ser Cozinha Económica ou Bolinha de Neve
4 min readO vetusto infantário Bolinha de Neve, encerrado em 2018, ou o prédio da antiga Cozinha Económica, propriedade da Santa Mansão da Misericórdia da Covilhã, onde até há muro de 10 anos funcionou também um equipamento com as valências de creche e pré-escolar, são possibilidades equacionadas porquê selecção ao Escola das Freiras, que vai fechar em 31 de agosto.
A unidade educativa, da Instauração Imaculada Conceição da Congregação das Irmãs Doroteias, informou ao final do dia de sexta-feira os pais do fechamento, devido à falta de religiosas, dificuldades económicas e à urgência de fazerem intervenções significativas num prédio que não é seu.
Embora ressalvando que essa não é uma conhecimento do município, o presidente da Câmara da Covilhã garantiu hoje que a autonomia vai intermediar o processo e dar pedestal financeiro e logístico.
Eleitos do executivo municipal, da maioria e da oposição, reuniram-se hoje à tarde com o diretor distrital da Segurança Social (SS) de Forte Branco e com representantes dos pais para discutirem o tema e perceberem quais podem ser as alternativas para dar resposta ao fechamento do Escola das Freiras.
O presidente alertou que a solução que os pais preferiam, continuar nas mesmas instalações, implica novos licenciamentos, uma vez que o convénio de cooperação com a Congregação é “para aquelas instalações” e “os acordos de cooperação da SS não podem ser transferidos” para outras entidades que possam vir a gerir aquele ou um novo espaço.
Vítor Pereira acrescentou, no final da primeira “reunião exploratória”, que “uma solução definitiva vai demorar tempo a ser implementada”, devido aos requisitos impostos e à realização de obras, mas adiantou estarem a ser avaliadas todas as possibilidades que sejam exequíveis, sem descartar hipóteses, e mencionou que “várias instituições e particulares se disponibilizaram para encontrar soluções para leste problema”.
Com 30 funcionárias, frequentam o Escola das Freiras 45 crianças na creche, 80 no pré-escolar, 55 no ATL e, numa cidade onde não existem vagas no infantário, e há listas de espera, a situação está a preocupar os pais.
O presidente adiantou que a Segurança Social vai diligenciar junto do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social “para ver o que é provável” fazer para adequar o prédio do vetusto infantário Bolinha de Neve.
A Santa Mansão da Misericórdia da Covilhã, que encerrou o infantário localizado na antiga Cozinha Económica e depois o Bolinha de Neve, também manifestou disponibilidade para contribuir através da sua capacidade “pedagógica, social e logística”.
“Tudo vamos fazer para que isso aconteça”, respondeu o diretor distrital da SS, Nuno Maia, quando questionado se pode prometer que em setembro as crianças têm onde permanecer.
Sobre quem vai gerir um porvir espaço, particulares ou a própria SS, Nuno Maia disse que estão “a estudar” as hipóteses e “a melhor forma de dar resposta”.
“Os pais o que pretendem é encontrar uma solução que sirva os interesses da cidade, porque é um problema da cidade”, vincou Alda Gomes, porta-voz da Percentagem de Pais, para quem o ideal seria o escola “manter-se no mesmo espaço, por um período transitório”.
A vereadora com o pelouro da Instrução e da Ação Social, Regina Gouveia, reforçou que “não há vagas na cidade para creche e existe lista de espera”, sem antecipar números, dois meses depois de o município ter assinalado para mais de 300 crianças sem vaga no infantário.
Questionado se a solução a encontrar terá em consideração as 30 trabalhadoras, o presidente da autonomia sublinhou que a sua entidade patronal é a Instauração Imaculada Conceição.
O PS, em transmitido, desafiou as “forças vivas da cidade” a exigirem ao Governo o reforço de verbas para a construção de duas creches aprovadas para as duas zonas industriais da Covilhã.
O PSD alertou para a “responsabilidade compartilhada entre a Igreja, a SS e a Câmara Municipal da Covilhã” que devem assumir na preservação da instituição.
O PCP lamentou o fechamento, que vem “exacerbar a situação existente”, defendeu a “geração de uma rede pública para suprir a carência de vagas” e criticou a maioria socialista por ter deixado fechar o infantário Bolinha de Neve, o único público na cidade, antes de passar para a gestão da Santa Mansão, “sem qualquer protesto digno de registo”.
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