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O “maior incêndio” de sempre no concelho da Covilhã - Mundo News
23 de Agosto, 2025

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O “maior incêndio” de sempre no concelho da Covilhã

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Já ardeu mais no concelho da Covilhã neste fogo do que em todos os municípios afetados pelo grande incêndio de 2022 na Serra da Estrela O conteúdo...

Não há memória de uma coisa igual. E, segundo o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, levante terá sido “o maior incêndio” de sempre no concelho. O princípio, foi no Sobral de São Miguel, ainda no pretérito fim-de-semana, e também houve chamas em São Jorge da borda. Mas depois, uma outra frente, vinda do província de Coimbra, do Piodão, estendeu-se a Arganil, Pampilhosa da Serra, passou pela zona de Teixeira, Seia, e entrou no concelho da Covilhã pelas Pedras Lavradas. Isto no domingo. E nunca mais parou, com diversos braços, frentes, a surgirem de todo o lado, e a deixarem em sobressalto quase todas as localidades da Corda da Serra, que em muitos casos, ficaram confinadas: Erada, Peso, Dominguiso, Paul, Ourondo, Casegas, Embarcação, Coutada, Tortosendo, Unhais da Serra, Cortes do Meio, Cortes de Grave e, esta sexta-feira, a Bouça,

Na Covilhã, foi logo ativado o Projecto Municipal de Emergência, alguma coisa que também acabou por ocorrer no Fundão e Fortaleza Branco, já que o incêndio se estendeu também a estes dois concelhos, numa extensão de que não há memória na região, unicamente comparável ao grande incêndio que lavrou, em 2022, na Serra da Estrela. Aliás, segundo Vítor Pereira, em declarações ao NC, ardeu mais neste incêndio no concelho da Covilhã do que em todos os municípios do Parque Proveniente da Serra da Estrela (PNSE) afetados em 2022: “terão ardido já entre 25 a 30 milénio hectares” assegura o autarca.

Durante esta semana, além do dispositivo da proteção social, e dos bombeiros, ninguém se tem furtado a tentar salvar, sobretudo, os seus bens (casas têm estado continuamente ameaçadas), e em muitos casos, os populares, que têm lamentado a falta de meios, recorrem a baldes, alguidares, mangueiras do quintal, pás, enxadas ou num simples ramo ou giestas, para tentar, a todo o dispêndio, que as chamas não lhes entrem porta adentro.

Se, durante a noite, se regista sempre alguma acalmia, logo que amanhece as condições meteorológicas acabam por se tornar favoráveis à propagação, e do meio-dia para a tarde, é sempre a profundeza em que as situações se tornam mais críticas. “Não há palavras para caracterizar isto” diz Vítor Pereira”, que em declarações ao 360 da RTP3 denunciou “um problema” pátrio e coletivo que carece de mudança para conseguir fazer face às frentes de combate para proteger a população. “É preciso mudar, e mudar, mudar muito”, defende. O autarca diz que levante é um momento “muito difícil” e que na resposta aos incêndios que assolam o País “”alguma coisa não está muito, alguma coisa está em colapso”.  Vítor Pereira aponta que existem “muitas causas” para a situação dramática dos incêndios, nomeadamente a falta de meios para fazer face às frentes de combate.

O fecho de estradas municipais tem sido uma metódico, no concelho covilhanense, mas também a A23, e a pátrio 18, muito porquê a Risco da Borda Baixa, na zona da Soalheira, onde a situação também foi sátira, chegaram a estar encerradas. No concelho fundanense, esta manhã, ainda havia frentes ativas e também cá, o autarca Paulo Fernandes, que diz que um terço do território já terá sido afetado, já criticou a falta de meios no terreno. Em Fortaleza Branco, depois de três dias de luta, segundo a autonomia, o queimação estará extinto.

Durante vários dias, na Cova da Borda, pairou uma nuvem de fumo, e “choveu” cinza, uma vez que também do outro lado, na zona do Sabugal e Penamacor, os incêndios andaram ativos durante vários dias, tendo ontem o queimação também chegado a Figueira de Fortaleza Rodrigo e Almeida, onde um bombeiro de Pinhel acabou por ser colhido pelas chamas, sendo helitransportado para Coimbra, com queimaduras graves.

Recorde-se que na região, no província da Guarda, um ex-autarca, Carlos Dâmaso, 43 anos, faleceu quando foi colhido pelo queimação que combatia numa das suas propriedades, em Vila Franca do Dão, onde fora presidente de junta; e na Covilhã, Daniel Agrelo, bombeiro de 44 anos, também faleceu quando a viatura em que seguia se despistou, a caminho de um queimação no concelho do Fundão, na zona de Povoado de São Francisco de Assis.

O teor O “maior incêndio” de sempre no concelho da Covilhã aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.

Natividade: https://noticiasdacovilha.pt/o-maior-incendio-de-sempre-no-concelho-da-covilha/

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