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Dia de lobby: os bastidores da tramitação do PL 2628 que protege crianças nas redes - Mundo News
23 de Agosto, 2025

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Dia de lobby: os bastidores da tramitação do PL 2628 que protege crianças nas redes

14 min read
Tramitação impulsionada por vídeo de Felca foi aprovada com líder do PL encurralado e lobistas nos...

Já eram 17h e as decisões ainda não haviam sido tomadas. A taxa solene do dia 20 de agosto não havia sido publicada, mas parecia perceptível que o PL 2628/2022, que procura proteger crianças e adolescentes nas redes sociais, seria votado. A tramitação em urgência havia sido aprovada no dia anterior (19), de supetão. O presidente da Lar, Hugo Motta (Republicanos-PB), aprovou o requerimento antes que os opositores chegassem ao plenário.

A resistência da oposição capitaneada pelo Partido Liberal (PL) ao projeto seguia. O ‘ECA Do dedo’, porquê foi chamado, havia tido sua tramitação impulsionada pelo vídeo do youtuber Felca. Faziam exatas duas semanas desde a postagem, que denunciou a “adultização” de crianças nas redes sociais e mudou a taxa do Congresso Vernáculo. Os bolsonaristas saudaram a ação, mas logo passaram a denunciar que a mobilização em torno do tema estaria sendo utilizada para promover a repreensão. O argumento foi disseminado por políticos e influenciadores, porquê mostrou a Filial Pública.

O deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), relator do PL 2628, passou o dia em reuniões. Encontrou-se com a bancada evangélica, a católica, e partidos porquê o PL e o Progressistas (PP). Conversou diversas vezes com Hugo Motta. Em algumas das reuniões, estavam presentes grandes nomes do bolsonarismo, porquê Bia Kicis (PL-DF) e Nikolas Ferreira (PL-MG), mas apesar das horas de conversa agitadas e cheias de interrupções, o consenso foi difícil. A oposição repetia que “nós não podemos encarregar em nossas instituições” ao pedir, por exemplo, a exclusão da figura da “mando pátrio”, que seria responsável por utilizar as sanções a quem descumprisse as regras.

Desde cedo, representantes das big techs também estavam no Congresso. As empresas convergiam com o bolsonarismo e faziam coro à solicitação de mudar a “mando pátrio”. Google e Meta enviaram seus próprios times, mas o Parecer Do dedo, uma associação de lobby das empresas de tecnologia que tem porquê membros Google, Meta, TikTok, Kwai e Discord, também estava presente. Enquanto alguns estavam em reuniões ou no plenário, outros corriam pelos corredores e abordavam os parlamentares que davam sopa. O clima estava tenso. Sem tempo de combinar encontros, até os próprios congressistas conversavam com seus pares onde dava.

Deputado Jadyel Alencar em destaque na tribuna da Câmara dos Deputados, durante votação do PL 2628, que propõe medidas de proteção para crianças nas redes.
Jadyel Alencar, relator do PL 2628/2022, no dia da votação do valor do projeto.

No galeria que liga os anexos ao Salão Virente da Câmara, uma lobista da Meta encontrou ouvidos atentos entre os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Gilvan da Federalista (PL-ES). Tratava-se de Kaliana Kalache, diretora de relações públicas da empresa.

A conversa durou alguns minutos, e Kalache só se distraiu quando passou ao seu lado o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal. Ela se virou e o acompanhou com o olhar por alguns segundos, mas seguiu a conversa. Gayer foi um dos mobilizadores da hashtag #PL2628DaMordaça, que chegou aos trending topics do X na véspera da votação. Abordado no plenário para uma entrevista sobre o 2628, Gilvan da Federalista atendeu um telefonema e disse: “vou permanecer te devendo essa”. Gayer, uma vez interpelado pela Pública, disse ser “divulgado por não falar com a prensa”.

Kalache estava na ativa desde cedo. Por volta das 9h40, quando Motta chegou para presidir a percentagem universal que debateria o projeto, ela se levantou de uma das cadeiras do plenário e foi cumprimentá-lo. “Obrigada pelo invitação”, disse. “Que isso, sejam muito vindos”, respondeu o presidente. Na verdade, foi o Cidadania que convidou a representante da Meta para falar. Em seu exposição, Taís Niffinegger, Gerente de Segurança e Muito Estar da Meta na América Latina, destacou as ações da empresa e disse que “a segurança dos jovens nas nossas plataformas é uma prioridade”.

Sóstenes, entretanto, não viu Kalache. O líder passou correndo, escoltado de alguns outros homens, um deles seu assessor. Deu poucos passos e parou. Rodeado de gente, não conseguia mais caminhar. Foi abordado por dois homens, que rapidamente pediram um vídeo e perguntaram, entre outros assuntos, sobre o 2628 — aquela quarta-feira registrou uma vitória para a oposição, que conquistou o controle da CPMI do INSS e passou o dia celebrando. Sóstenes respondeu que se o projeto não mudasse, se seguisse possibilitando a repreensão, o partido se oporia.

Deputado Sóstenes Cavalcante faz fala no plenário da Câmara, em sessão dedicada ao PL 2628, projeto que protege crianças nas redes.
Líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, no dia da votação do PL 2628/2022.

Esse era o exposição do PL ao longo de todo o dia. Rodolfo Nogueira (PL-MS), por exemplo, disse à reportagem que “se não limpar a repreensão do texto o PL vai ser contra”. General Girão (PL-RN) seguiu no mesmo tom: “Olha, eu estou desesperado”. Ele disse que era necessário “mais tempo” de debate, e comparou o projeto ao churrasco. “Você gosta de churrasco? A melhor músculos é maturada”.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) mal deixou que Sóstenes terminasse seu vídeo e já o interrompeu. Furou a fileira dos que aguardavam falar com Cavalcante, encurralou o deputado na parede e falou sério, ao pé do ouvido. Quase instantaneamente, o assessor do líder se moveu, porquê um guarda-costas, e se posicionou na frente dos dois, impedindo que qualquer repórter curioso ouvisse o papo. Silva e Cavalcante não quiseram comentar o texto da conversa.

Quando terminou o papo reto, o Silva ainda abriu caminho para as representantes do Instituto Alana, que abordaram Cavalcante com papeis coloridos em mãos, prontas para tutorar o projeto. Entre os argumentos apresentados pelos documentos, um dizia que “9 entre 10 brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais fazem menos do que deveriam para proteger as crianças e os adolescentes online”, de concordância com pesquisa feita a pedido da organização. O líder do PL ouviu por alguns segundos, mas logo encerrou a interpelação: “tem uma fileira me esperando na liderança”.

Nikolas Ferreira, escoltado de seus assessores e alguns fãs — que rapidamente pediram para tirar fotos — chegou no meio da confusão. A presença requisitada de Sóstenes havia enchido o estreito galeria de gente. Desnorteado, Nikolas perguntou: “e agora, a gente passa por onde?”. Os assessores guiaram o deputado, que deu meia volta.

Poucos passos depois, Orlando foi parado na ingresso do Salão Virente. Um divulgado chamou sua atenção e eles comemoraram, sorridentes: “está perto!”. Silva tentou entre 2021 e 2023 autenticar o projeto de lei 2630/2020 para regular as redes sociais, mas o lobby das empresas de tecnologia e a pronunciação bolsonarista, que utilizavam o mesmo argumento de repreensão, o barraram.

Argumentos de entidade de lobby de big techs convergiam com os do PL

O debate sobre o PL 2628 havia começado cedo no dia 20 de agosto. Às 9h40, Motta chegou ao plenário, cumprimentou os presentes — porquê Kalache — e iniciou a sessão da percentagem universal. “Existem matérias que são urgentes e existem matérias que são mais do que urgentes, são inadiáveis, incontornáveis”, disse o presidente, logo na sinceridade. Naquela manhã, a maior segmento das falas foram favoráveis ao projeto, menos a dos convidados pelo Novo e PL.

O Novo indicou Roberta Jacarandá, superintendente de relações institucionais do Parecer Do dedo, entidade de lobby das big techs. A lobista disse que as plataformas já fazem muito e cobrou responsabilidade de pais e escolas. “Nós pais somos muito bons em ensinar nossos filhos a não colocar o dedo na tomada, a não mexer com queima, mas me parece que não temos o rotina de ensinar que no do dedo alguns conteúdos são perigosos e alguns ambientes, inadequados”, afirmou.

“Eu falo com as famílias todo dia. Eu não sei se vocês já tiveram a oportunidade de falar com alguma mãe que perdeu um rebento em um repto online. Se vocês falassem, vocês não iam ter a menor coragem de culpar os pais”, respondeu Sheylli Caleffi, perito e ativista na resguardo de crianças e adolescentes em ambientes digitais, convidada pelo Podemos.

Deputada Roberta Jacarandá faz discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, durante debate sobre o PL 2628, que defende a proteção de crianças nas redes.
Roberta Jacarandá, superintendente de relações institucionais do Parecer Do dedo.

O Parecer Do dedo acompanhou de perto a tramitação, e elaborou ao menos dois documentos que destrincharam o texto e apresentaram redações diferentes aos artigos propostos. Um deles, feito quando o projeto ainda estava no Senado Federalista, defendia que as big techs não deveriam ser obrigadas a reter dados de usuários ligados ao doesto e exploração sexual infantil para repassar às autoridades, porquê mostrou a Pública

Em 18 de agosto, o grupo produziu outro documento, desta vez com avaliações sobre o primeiro substitutivo do relator Jadyel Alencar, publicado no dia 12. O texto, acessado pela reportagem, dizia que o projeto traria “efeitos colaterais para além da proteção do público jovem e ampliação desproporcional de poderes infralegais, inclusive para mando pátrio ainda desconhecida”.

Alguns dos argumentos do Parecer Do dedo no documento eram muito próximos aos repetidos pelo PL nas reuniões daquele dia, de concordância com nascente que acompanhou os encontros. O documento dizia que estavam sendo “delegados poderes normativos extensos e desproporcionais” à mando pátrio, e que, por isso, a “entidade sancionadora” deveria ser o Poder Judiciário — a mudança significaria um retorno ao texto sancionado pelo Senado, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

As empresas também pediam pela delimitação de quem poderia notificar as plataformas em caso de conteúdos que violem direitos de crianças e adolescentes, a termo de “qualificar a notificação, permitindo que unicamente vítimas, representantes, entidades de proteção de menores ou MP [Ministério Público] sejam suficientes para a remoção imediata”. Era o que o PL solicitava.

A justificativa também foi parecida. O documento do Parecer Do dedo diz que a possibilidade de que qualquer um pudesse notificar as plataformas digitais “cria risco de denúncias genéricas ou infundadas, muito porquê de retirada excessiva para evitar penalidades, impactando a liberdade de sentença e segurança jurídica”.

Nos dois casos, PL e Parecer Do dedo obtiveram sucesso. No caso da “mando pátrio”, um sucesso parcial, pois as sanções a serem aplicadas em caso de descumprimento da lei foram divididas entre dois atores: a “mando administrativa autônoma de proteção aos direitos de petiz e juvenil no envolvente do dedo” e o Poder Judiciário. As sanções mais leves, porquê recado ou multa, que pode chegar a R$50 milhões, serão aplicadas pela mando; enquanto a suspensão temporária ou proibição das atividades serão aplicadas pelo Judiciário.

O termo “mando administrativa autônoma de proteção aos direitos de petiz e juvenil no envolvente do dedo” foi o que o PL concordou, posteriormente longas discussões sobre os detalhes do nome que substituiria a “mando pátrio”. Segundo uma nascente, alguns deputados chegaram a pensar que o termo anterior indicava que o próprio presidente da República, Lula em pessoa, tomaria as decisões.

Questionado sobre se o projeto ordenava a geração de um novo órgão, o gabinete de Jadyel Alencar afirmou que não. A relatoria considera que, de concordância com a letra da lei aprovada pela Câmara, a mando pode ser criada do zero ou escolhida pelo Executivo entre já existentes, desde que tenham sido criadas por lei, um pormenor que ficou explícito no texto a pedido da oposição. A Mando Vernáculo de Proteção de Dados (ANPD) se encaixa nesses critérios.

Enquanto isso, quem não estava discursando na tribuna revezava entre o plenário e o Salão Virente. O time do Google, por exemplo, passou segmento da manhã sentado nos bancos que ficam adiante do famoso mosaico Vento, do artista plástico Athos Bulcão, mexendo em tom de urgência em seus notebooks decorados com adesivos nas cores da big tech. Roberta Rios, gerente de assuntos governamentais e políticas públicas, era uma delas.

Grupo de parlamentares e representantes reunidos em frente ao logo do Google, durante encontro sobre o PL 2628, que trata da proteção de crianças nas redes.
Delegação de parlamentares visitou empresas de tecnologia e organizações de lobby. A viagem foi organizada pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Rios é atuante no Congresso, mas não resume seu trabalho de influência à ele. Em março do ano pretérito, a lobista participou de uma viagem à Washington, nos Estados Unidos, que levou parlamentares porquê Adriana Ventura (Novo-SP) e Luísa Canziani (PSD-PR) para visitar as sedes do Google, Amazon, Microsoft e Starlink, além de organizações de lobby das big techs.

De concordância com o convite para a viagem, acessado pela Pública via Lei de Chegada à Informação, um dos “propósitos” do evento era que os parlamentares fossem “capazes de elaborar recomendações e estratégias específicas para o contexto brasiliano”, que poderiam “orientar a tomada de decisão e a elaboração de legislações relacionadas à IA no Brasil”. Em maio deste ano, Canziani se tornou a presidente da percentagem peculiar que debate o PL da IA na Câmara e labareda Rios de “amiga querida”.

No termo da manhã de quarta-feira, quando a audiência sobre o ECA Do dedo foi finalizada, os representantes das empresas ainda sabiam que havia muito o que se fazer. “Acho que vou ter que almoçar um sanduíche em 15 minutos”, disse uma delas, sentada nas cadeiras para convidados que rodeiam o plenário da Câmara.

Entra a noite: “Melhorou muito, muito”

Já eram 18h e ainda não havia certeza sobre o porvir do projeto, o que fez circunvalar um boato de que Motta teria voltado detrás. Por volta desse horário, o presidente da Lar ligou para Jadyel Alencar, reforçou seu compromisso com a taxa, e perguntou: “o texto está pronto?”.

O presidente assumiu a cadeira e iniciou a ordem do dia às 19h24, exatos 47 segundos depois que o novo substitutivo do projeto 2628/2022 foi incluído no sistema. Mas o trabalho ainda não havia terminado. Naquele momento, surgiu mais uma demanda, que teria vindo de pessoas ligadas à Presidência do Senado e membros de partidos variados, com respaldo de policiais federais e até de um ministro do governo: banir o uso de redes sociais para menores de 16 anos. Mas o texto já estava fechado e acordado, e a relatoria barrou a solicitação. Questionada, a Secretaria de Notícia da Presidência (Secom) disse que “essa não é a posição do governo e não houve movimentação do governo nesse sentido”.

Depois da publicação do substitutivo, o plenário se voltou aos próprios celulares e computadores por alguns minutos. Grupos de três ou mais pessoas se uniram para ler o texto publicado e compará-lo com a versão anterior, que havia sido postada às 22h12 da noite de 19 de agosto. Quem andasse pela segmento do plenário reservada aos convidados ouviria pequenas avaliações, em tons de gabo, críticas ou deboche. “Você não gosta desse item, logo quer expor que é favorável à pornografia infantil?”, ironizou um varão ao outro.

O texto da véspera já trazia algumas concessões à oposição, porquê a modulação da obrigação das plataformas a partir do intensidade de interferência no teor, o número de usuários e o porte da organização. O novo projeto trouxe também as mudanças solicitadas pelo PL. A sociedade social ficou satisfeita. As big techs, ainda que não atendidas em seu libido de nenhuma regulação, avaliaram que houve evolução.

Presidente da sessão conduz trabalhos no plenário da Câmara, durante discussão do PL 2628 sobre proteção de crianças nas redes.
Plenário da Câmara no dia da votação do PL 2628/2022.

Motta destacou a atuação da relatoria para acomodar os pedidos. “Cumprimento o PL, principalmente, que fez um esforço para estar também em prol desta taxa. O Relator Jadyel atendeu muitas das sugestões legislativas feitas pela bancada do PL, capitaneada pela Deputada Bia Kicis, pelo Deputado Nikolas, pelo Deputado Eli Borges, pelo Deputado Domingos Sávio e por tantos outros”, disse o presidente.

O diretor executivo do Parecer Do dedo, Felipe França, que estava no fundo do plenário, comemorou: “Melhorou muito, muito”. O lugar estava referto, inclusive de convidados que não tinham permissão de chegada. Pouco depois, os seguranças da Câmara começaram a cobrar a credencial de plenário dos presentes, pois, nas palavras de um deles, a Presidência havia ordenado que contivessem a quantidade de gente.

Até o último segundo

Ainda havia muita incerteza sobre o projeto. O deputado Gilson Marques (Novo – SC) começou a sessão dizendo que o Novo orientaria voto “não”. “A gente compreende, aceita, fica feliz de ver que o texto melhorou muito, vários dos nossos pedidos foram atendidos. Ainda assim, o projeto não deixa de ser uma grande mediação no mercado”, disse, às 19h32.

Às 20h08, quando a deputada Bia Kicis (PL-DF) declarou que o PL apoiaria o texto, tudo mudou. “Conseguimos emendar vários pontos críticos, outrossim, houve várias emendas de colegas que foram também acatadas. Várias!”, disse.

Ainda assim, havia parlamentares querendo mudar trechos, porquê a deputada Soraya Santos (PL – RJ), que foi incisiva com a relatoria ao pedir por medidas de “reconhecimento facial”. Também restavam sete destaques à espera de votação. Trata-se de pedidos de estudo de tópicos em separado para incluí-los ou retirá-los de um projeto. Eram três de Marcel Van Hattem (Novo-SP), um de Talíria Petrone (PSOL-RJ), dois de Sóstenes Cavalcante e um de Pedro Lucas Fernandes (União-MA).

Um, de Van Hattem, poderia ser chamado de jabuti: quando os parlamentares incluem artigos não ligados ao tema do projeto para pegar carona na votação e autenticar suas demandas. O destaque do partido queria aumentar as penas para “pedófilo, para estuprador, considerar todos esses crimes hediondos, inclusive, abrindo a possibilidade de castração química, no caso de estuprador de crianças”, explicou Marques. Estupro já é violação hediondo, mas a produção de imagens de exploração sexual infantil ainda não: há um projeto em tramitação no Senado Federalista.

A inclusão da castração química no projeto foi aventada ao longo do dia por alguns opositores, porquê General Girão, que disse à reportagem que “tem que trabalhar o tema”.

Deputados e deputadas celebram no plenário da Câmara dos Deputados após votação relacionada ao PL 2628, que busca proteger crianças nas redes.
Parlamentares subiram à mesa diretora para tirar uma foto que celebrou a aprovação.

No início da sessão, já era evidente para Motta que haveriam destaques. Ao final, entretanto, um concordância falou mais elevado e todos os pedidos de estudo em separado foram retirados. “A gente não teve a possibilidade de autenticar o nosso destaque, mas os outros destaques também não tiveram a possibilidade de serem aprovados, o que, se casualidade acontecesse, piorariam ainda mais o texto”, disse Marques.

A votação, por fim, só começou por volta das 22h30 e, com a exceção do Novo, todos os partidos, além da maioria, minoria, oposição, governo e bancada feminina orientaram voto “sim”. Às 23h, o texto foi sancionado simbolicamente, quando não há premência de votação nominal. Parlamentares e membros da sociedade social logo subiram à mesa diretora para tirar a foto que celebrava a decisão. A sessão foi encerrada às 23h04. O projeto agora volta para o Senado, pois houve mudanças significativas desde a versão aprovada por aquela Lar.

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