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“Avanço do IC6: por que não fechá-los em Conclave?” - Mundo News
12 de Janeiro, 2025

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“Avanço do IC6: por que não fechá-los em Conclave?”

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António Rodrigues de Assunção A história é real, conta-se em poucas palavras e serve de mote para o assunto em epígrafe. Em 1271, com a morte...

António Rodrigues de Assunção

A história é real, conta-se em poucas palavras e serve de mote para o matéria em título. Em 1271, com a morte do Papa Clemente II, o Vaticano entrou na situação de «Sede Vacante», que é um período de tempo até que novo papa seja eleito pelos cardeais. Decorridos dois anos e meio e já fartos de esperar pelo pregão de novo Pontífice, em Viterbo, cidade onde decorria o processo de eleição, o povo e as autoridades locais decidiram fechar os cardeais eleitores ameaçando-os de morrerem à míngua caso não chegassem rapidamente a uma decisão. A chantagem acabou por surtir os efeitos pretendidos. Leste método ainda hoje é aplicado, com novos contornos, com os Cardeais fechados «com Chave» na Capela Sistina, para elegerem o novo sucessor de Pedro.

Vem esta história verídica a propósito da construção do Trajecto Complementar IC6, que deverá vincular a Covilhã, em alguma parte na A23, a Coimbra e, portanto, ao litoral meio. O IC6 está parado desde 2010 em Tábua, mas a Reunião da República tratou de inscrever a prolongamento da sua construção no Orçamento de Estado para 2025. Uma boa notícia não só para a Covilhã mas para toda a vasta região do Interno Meio, que abrange os territórios das antigas províncias da Extremo Subida e da Extremo Baixa, podendo, inclusive, ir até à Raia de Espanha, em Monfortinho. A clemência da obra não deixa dúvidas a ninguém e só trará benefícios, uma vez concluída integralmente, aos ditos territórios e às suas populações, num Interno deserto de décadas e até de séculos. De facto, graças a outros dois Itinerários Complementares, o IC7 e o IC37, em toda a corda montanhosa da Extremo Subida, alguns polos de desenvolvimento uma vez que Oliveira do Hospital, Tábua, Seia e Gouveia, com relação não só á Serra da Estrela mas também à A25 e por esta até Salamanca, beneficiarão desta rede viária complementar, assim potenciando os seus recursos naturais, actividades industriais e o Turismo. Quanto aos territórios da antiga Extremo Baixa, nem será preciso expandir cá os grandes benefícios que advirão, assim o projecto avance e não venha a vedar na Folhadosa. É simples que cabe aos responsáveis políticos e às forças da sociedade social locais fazerem a sua secção, pois quando se trata do Interno as coisas não caem do firmamento, uma vez que o demonstra a História.

Do lado de cá da Serra da Estrela, alguma coisa tem vindo a ser feito, no campo dos estudos desta material. É o caso, no concelho da Covilhã, da ADERES, uma Associação dedicada ao Desenvolvimento Regional. Esta agregou a si, ao que se sabe, a UBI, Associações Empresariais e figuras locais e até regionais. Mais recentemente, neste mês de Dezembro, a Reunião Municipal, por proposta do Grupo do PS, criou uma Percentagem composta por um deputado municipal de cada partido ali representado. Objectivo: o mesmo que tem vindo a ser prosseguido pelo grupo da ADERES. Perante isto, e sem retirar um pingo de legitimidade ao recta de associação e de geração de Comissões, cabe perguntar: para quê duas Comissões ou Grupos de Trabalho, sendo o objectivo estratégico o mesmo: fazer prosseguir o quanto antes o IC6? Havendo já uma entidade no terreno e com qualquer trabalho já feito e até com uma proposta de estender o IC6, através da sua relação rodoviária ao IC31 que haverá de vincular Fortaleza Branco a Monfortinho e depois, numa rodovia espanhola, até Moraleja, Espanha. Não seria mais sensato, porque mais proveitoso para o Interno, encetar contactos e negociações até se conseguir a fusão numa só das duas Comissões? A verdade é que nem sempre o bom tino prevalece, assim se retirando secção da razão a Descartes que doutrinava que “o bom tino é a coisa mais muito distribuída entre os humanos”…Infelizmente não é, e no caso dos políticos parece que, ás vezes, ainda é pior.

Com tudo isto, regressemos aos cardeais em Viterbo, cuja única missão era escolher um novo papa. Mas, em vez de unidos, os homens de Deus estavam desunidos, divididos em grupos, grupinhos, quiçá comissões. De perceptível modo uma vez que agora cá na Covilhã, na questão do IC6. E não se deve olvidar, por ser verdade, que se aproximam eleições, tal uma vez que em Viterbo se iria escolher um Papa…E não deixa de ser curioso que, desta vez, a oposição camarária não deixou de admitir a proposta do PS, fazendo-se simbolizar, simples, na referida Percentagem.

Quem vai lucrar? Assim, de certeza que não será o Interno. E do Terreiro do Paço cá se ouvirão as gargalhadas de gozo dirigidas a certos políticos que se fartam de criticar os Governos pelo seu deserção do Interno e finalmente…é só divisões nas bases quando se trata de se unirem para o defenderem.

O remédio? Desculpem, mas não resisto: fechá-los em Conclave. Até que se entendam.

O teor “Avanço do IC6: por que não fechá-los em Conclave?” aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.

Nascente: https://noticiasdacovilha.pt/avanco-do-ic6-por-que-nao-fecha-los-em-conclave/

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