Jovem da periferia é o novo diplomata brasileiro; Ministério das Relações Exteriores
3 min readDa favela ao Itamaraty, que vitória! Criado no Sol Nascente, no Região Federalista, considerada a maior favela da América do Sul, esse jovem da periferia chegou ao topo do serviço público e conquistou a vaga de diplomata. O concurso para ingressar na curso é indigitado uma vez que um dos mais difíceis do país: são 230 candidatos por vaga para atuar no Ministério das Relações Exteriores (MRE).
William Placides, de 35 anos, enfrentou desafios desde a puerícia, mas não deixou de crer que poderia ir além. Desde pequeno, ouvia os conselhos da mãe, Dona Nina Toledo, que mesmo em situações adversas, falava para o fruto que ele poderia ser o que quisesse.
“Minha história é dissemelhante da de muitos dos meus colegas de profissão. Eu venho das periferias, conheci de perto a pobreza, a violência e as dificuldades de quem luta diariamente pela sobrevivência. Mas isso também me deu uma perspectiva única, uma sensibilidade necessária para entender o Brasil em sua complicação”, disse em entrevista ao GPS Brasília.
Jornada difícil
A jornada até o topo foi difícil. William deixou São Paulo ainda menino. Escoltado da mãe, se mudou para o Região Federalista em procura de uma vida melhor.
Em uma lar simples, sem muita infraestrutura e cercados pela criminalidade, eles não se renderam às dificuldades. Os dois tinham a mesma visão: a ensino pode mudar vidas.
Com uma bolsa integral pelo ProUni, se formou em Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília e, mais tarde, fez um intercâmbio na Áustria e uma experiência na Onu, em Genebra.
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Fala 3 línguas
O próximo passo até o Itamaraty era aprender línguas. No Núcleo de Línguas do DF, aprendeu inglês, gaulês e espanhol. As habilidades essenciais para o porvir na diplomacia já estavam na mão.
A rotina era muito exaustiva, mas ele nunca perdeu o foco. Trabalhando no sistema penitenciário para ajudar a família, ainda encontrava tempo para estudar.
Para revisar os conteúdos, William acordava às 3h da manhã: “Eu estudei das 3h às 7h da manhã por anos. Era o único tempo que eu tinha, entre o trabalho, o negócio e a responsabilidade com a família”, contou.
Sete anos e seis tentativas depois, ele conseguiu: foi ratificado no Itamaraty. “Eu sonhei mais sobranceiro. Demorou um pouco, mas chegou o momento. E para os jovens daquela idade, eu acho que replicaria esse recomendação. Se eles sonharem e, assim, acreditarem, forem dedicados, poderão ser o que eles quiserem, uma vez que minha mãe repetia”,
Novo diplomata
Agora, oficialmente diplomata, William vai simbolizar o Brasil no exterior, país que ele conhece muito muito.
Sobre sua história, ele espera que a mesma possa ser usada para inspirar outros.
“É bom que essas histórias existem para inspirar, de alguma maneira. Eu me lembro que eu adorava ler uma história de um médico que saiu de tal lugar e passou em Medicina, assim uma vez que o faceta que foi gari e virou juiz. Eu achava maravilhoso. Eis que, de alguma maneira, a minha história poderá ser usada para inspirar de alguma forma essa juventude”, finalizou.
Com a mãe, dona Nina, e que também é funcionária pública, o jovem comemorou bastante. – Foto: Registo pessoal William morava no Sol Nascente, região carente do DF. – Foto: Registo pessoal