Zezé Di Camargo transforma em santuário fazenda que abatia animais; “não deixo matar”
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Uma atitude para aplaudir. O cantor Zezé Di Camargo transformou em santuário a herdade que tem em Goiás. Ele parou com o abate de manada e fez também um canil para acoitar cães resgatados das ruas.
A herdade “É o Paixão”, mesmo nome da música de maior sucesso da dupla Zezé de Camargo e Luciano, agora tem foco na proteção bicho e para manter o negócio, o sertanejo prioriza o plantio de soja e o melhoramento genético de manada Nelore PO.
“Eu não deixo matar nenhum bicho na minha herdade. O pessoal fala assim: “tem herdade de manada?”. Eu falo não, de cachorro. O que eu tenho mais na minha herdade são os cachorros que eu pego, cachorros de rua […] que perderam os tutores,” lembrou o sertanejo.
Cuida de cachorros abandonados
Zezé conta que ele mesmo resgatou vários dos cachorros abandonados que hoje vivem e são cuidados na herdade da família.
“Já passaram mais de 50 cachorros lá, resgatados por mim em ruas, cachorro montanhoso… lá tem cachorro sem perna, sem ouvido… só cachorro vira-lata que não tem quem cuidar”, afirmou.
A teoria de suspender o abate dos animais criados no lugar e terebrar mão do lucro, ganhou força no ano pretérito.
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A mudança na herdade
Zezé Di Camargo comprou a herdade em 1993, em Arapaguaz, Goiás. A propriedade tem 1.500 hectares e um laboratório para reprodução de manada nelore puro, desde 2004.
Ela está avaliada em R$ 65 milhões e tem vacas de mais de R$ 1,5 milhão.
“Mudei o formato do negócio, agora a herdade é só para cria. Não mato nenhum bicho. Ainda porquê mesocarpo, mas prefiro comprar fora do que matar lá dentro. Sou um protetor, construí um canil para acoitar cachorros que resgato. Tenho um dispêndio mensal para salvar esses bichos”, afirma em entrevista à Mundo Rústico.
Meio envolvente e mercado
A atitude mostra porquê a pecuária pode ser conduzida de maneira responsável sem sacrificar a lucratividade, com investimentos em inovação e tecnologias verdes para confederar postura moral e rentabilidade.
Zezé trabalha com melhoramento genético, vende embriões e sêmen aos pecuaristas e faz leilão de manada.
As novas práticas foram o instituídas na herdade para preservar o meio envolvente e, também, atender ao mercado, que valoriza produtos com origem moral e sustentável.
As ações na herdade de Zezé fazem secção de um movimento vernáculo por práticas sustentáveis na pecuária e o bem-estar bicho é secção dessa masmorra produtiva.
A teoria é gerar vantagens econômicas a longo prazo, um diferencial competitivo no setor.
“É o paixão”.
Zezé Di Camargo transformou a herdade em santuário – Foto: divulgação/Rancho É o Paixão
Zezé Di Carmago ao lado de boi Nelori – Foto: divulgação/Rancho É o Paixão