Desmatamento dobra em maio: governo aponta mudança do clima e colapso por fogo como causa
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Os alertas de desmatamento da Amazônia monitorados pelo sistema Estagnar, do Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), aumentaram 92% no mês de maio, na confrontação com o mesmo mês do ano pretérito — foram de 500 km2 para 960 km2. É o segundo mês sucessivo de subida em 2025.
Na somatória de alertas registrados entre agosto do ano pretérito a maio deste ano, a subida é de 9,1% em relação ao período anterior, acionando o sinal de alerta de que a curva de desmatamento, que vinha sendo de queda desde 2023, pode estar se invertendo de novo.
O oferecido divulgado nesta sexta-feira, 6 de junho, pelo Inpe e pelo Ministério do Meio Envolvente e Mudança do Clima indicou um outro fator de preocupação sobre a Amazônia. Pela primeira vez desde o início da série histórica do Estagnar, o colapso de áreas da floresta por ação das queimadas teria sido mais relevante para o oferecido de perda da vegetação do que o chamado golpe raso, quando todas as árvores são retiradas – com o uso de motosserra e correntão, por exemplo, em que o solo fica realmente exposto.
O golpe raso sempre foi o fator preponderante para a redução da Amazônia, mas, de concordância com os técnicos do Inpe e dos analistas do MMA, os incêndios dos últimos dois anos, em privativo os de 2024, foram tão intensos que passaram a desempenhar um papel mais importante do que não teve.
Os 960 km2 de perda observada pelo satélite no mês de maio foram compostos, de concordância com os técnicos, em 48% por desmatamento com solo exposto e em 51% por queimadas que alteraram a formação da floresta. Uma proporção atípica. Em universal, a maior segmento se deve ao desmatamento com solo exposto.
Não é queimação atual. Isso seria resultado dos incêndios que ocorreram no ano pretérito ou até mesmo antes, mas do qual impacto na cobertura da mata, de concordância com os técnicos do Inpe, puderam ser vistos somente agora pelo satélite, neste período em que começa a seca na Amazônia e diminui a ocorrência de nuvens.
Uma vez que se trata de uma floresta tropical úmida, quando ocorre incêndio na Amazônia – iniciado na maioria das vezes pelo ser humano –, a floresta é danificada, mas tem chance de se regenerar se não voltar a queimar num limitado período de tempo. Mas nos últimos anos, o queimação foi tão intenso, que partes da floresta não foram unicamente degradadas.
“Agora vemos que as florestas incendiadas no segundo semestre do ano pretérito colapsaram” disse João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA, em entrevista coletiva sobre os dados.
De concordância com Claudio Almeida, coordenador do Programa de Monitoramento do Inpe, por colapso eles querem expor que as áreas de floresta que foram queimadas sofreram um impacto tão “intenso e dramático” que elas deixaram de “ter papel de floresta”. Quando o pálio da extensão em questão foi reduzido a 30% do que era originalmente, isso acaba entrando uma vez que “desmatamento por degradação progressiva” no monitoramento do Estagnar.

Segundo Almeida, não é a primeira vez que essas perdas de vegetação relacionadas ao queimação aparecem no Estagnar, mas é a primeira vez que alcançam uma proporção tão grande, de 51%, no oferecido do mês. Em maio do ano pretérito, por exemplo, que também se seguiu aos grandes incêndios de 2023, a proporção das queimadas no desmatamento daquele mês foi de 21%. A maior, até logo, tinha sido de 32%, em maio de 2023. Mas antes disso não tinha pretérito de 14%, em maio de 2018.
Posteriormente a coletiva, em entrevista à Dependência Pública, Almeida disse que o oferecido só apareceu agora, em maio, porque depois das queimadas do ano pretérito, veio a temporada de chuva na Amazônia, permitindo o propagação de uma vegetação arbustiva nas florestas queimadas, que acabam confundindo um pouco a visualização do satélite.
Mas com o início da temporada seca, essa vegetação tende a morrer, deixando mais fácil a visualização das áreas em que a estrutura florestal realmente colapsou.
“Minha hipótese é que o incêndio florestal de 2024 foi tão intenso, já que as temperaturas estavam muito altas e as florestas estavam muito mais secas, que o impacto acabou sendo muito maior do que a gente não tinha visto”, disse. Em 2024, a Amazônia sofreu com uma seca histórica, apontada uma vez que resultado das mudanças climáticas, e foi suplantado o recorde de extensão queimada, murado de 40 milénio km2.
Na coletiva, Capobianco frisou que o oferecido relativo ao mês de maio não é, em sua maioria, do desmatamento no sentido mais estrito, de golpe raso, que é normalmente o foco dos mecanismos de fiscalização e controle.
Mas reconheceu que isso acende o sinal de alerta de que vai ser preciso ajustar as ações para evitar ainda mais que o queimação ocorra. E de que as mudanças climáticas trazem um repto extra. “Nós vamos seguir enfrentando o desmatamento super firmemente, mas isso não é mais suficiente [para conter a perda da Amazônia]”, afirmou à Pública.
Para Capobianco, o agravamento dos incêndios vai exigir um tipo de não que não era a verdade na Amazônia. “Historicamente, os incêndios na Amazônia eram principalmente em áreas já abertas [desmatadas]. Isso mudou.” No segundo semestre do ano pretérito, 24% dos incêndios ocorreram em extensão de floresta em pé.
Já é de se esperar que esses dados negativos acabem impactando a taxa solene de desmatamento deste ano, que costuma ser concluída pelo Inpe em novembro. Depois de dois anos de queda, é provável que haja uma subida na taxa de 2025 – oferecido que deverá transpor às vésperas da realização da Conferência do Clima da ONU no Brasil, a COP30.
Questionado sobre se o oferecido não poderá ser interpretado uma vez que uma perda de controle muito no momento em que o Brasil tenta se apresentar uma vez que um líder climatológico, o secretário defendeu que o combate ao problema das queimadas na Amazônia vai depender também do esforço internacional de sofrear as mudanças climáticas.
“Se nós não trabalharmos o entendimento da corresponsabilidade internacional com o indumentária de as florestas tropicais estarem se tornando mais suscetíveis a incêndios, menos resilientes, uma vez que é que nós vamos enfrentar essa questão? É um repto monumental, é um repto que transcende a capacidade institucional de cada país.”