Câmara suporta parte dos aumentos dos transportes

A Câmara da Covilhã vai suportar os custos provocados pelo descongelamento da Taxa de Atualização Tarifária (TAT) dos transportes, de modo a “reduzir consideravelmente os aumentos nos preços dos passes urbanos e a ajudar os covilhanenses a pagarem menos.”. A medida, anunciada na passada semana, visa combater o aumento dos preços nos passes no início do ano, o que levou à reclamação, nomeadamente da União de Sindicatos de Forte Branco (USCB), que aplaude a medida agora aprovada.

A autonomia diz que assim consegue travar os efeitos negativos que “o descongelamento sentenciado pelo Governo teve nos preços fixados para 2025”, desonerando assim os utilizadores dos transportes na Covilhã e garantindo que o aumento que lhes é imputado “fica inferior do que foi definido a nível pátrio.”

Assim, segundo a autarquial, e também a USCB, o passe mensal urbano, que tinha pretérito de 33,92 euros para 41,20, fixa-se nos 34,50, ou seja, com um aumento de 0,55 euros em 2025. Já o passe mensal urbano+suburbano, que tinha pretérito de 38,95 para 47, 25 euros, passa a custar 39,60 euros, ou seja, mais 0,65 euros. Preços que passarão já a ser aplicados em fevereiro.

“Tal é conseguido através do pagamento, por segmento da Câmara, do valor referente aos anos em que a taxa esteve congelada, muito porquê pela emprego da fórmula prevista no contrato de licença dos transportes que tem porquê base três critérios fundamentais e que permitiu fixar a taxa final em 1,63%, valor que é subordinado ao aumento de 2,02% definidos para a TAT de 2025.  Os valores remanescentes são suportados pelo Município, num investimento anual bastante significativo” frisa a autonomia em expedido.

“Na impossibilidade de levarmos o Governo a dar resposta positiva a estes territórios, reforçando as verbas que transfere neste domínio para o Interno, decidimos que, uma vez mais, tínhamos que ser nós a assumir esse suporte aos nossos concidadãos”, explica, citado no documento, o presidente da Câmara,  Vítor Pereira. Que reitera a exigência para que o Governo reforce as verbas de indemnização previstas para o Interno na espaço dos transportes, de modo a que os habitantes destes territórios também tenham aproximação às tarifas que são aplicadas nas grandes áreas metropolitanas.  “Já o disse e repito: é hora de o Governo parar com oriente tratamento desigual e inadmissível entre as grandes áreas metropolitanas e as restantes zonas do país, nomeadamente no que se refere ao financiamento das autoridades de transporte”, afirma.

Vítor Pereira salienta ainda que a Câmara manterá todos os esforços para que esta situação seja corrigida e para que o Estado cumpra estas e outras obrigações que têm estado a ser asseguradas pelas autarquias locais. “Só assim se fará a devida justiça ao Interno e às nossas populações”.

A USCB, que reuniu com o autarca,  diz que “o diálogo e a obra responsável, mas firme e determinada” que teve foi “importante, necessária e decisiva para oriente desfecho, não dando por isso o recta, a quem quer que seja, a reclamar para si um resultado que não lhe pertence.”  “O resultado agora obtido é fruto da obra e luta” garante, agradecendo a quem já tinha assinado o petição que entretanto circulou. Mas, frisa, esta decisão “não anula, antes realça, a critica sustentada ao contrato de licença dos transportes públicos da Covilhã e não escamoteia que a Câmara da Covilhã (nós todos) vamos ter de suportar uma transferência financeira para a Transdev que não se justifica e que vai fazer falta para outras necessidades da população.” A USCB garante que vai continuar a exigir a redução do preço dos passes sociais na Covilhã e na Região das Extremidade e Serra da Estrela. “Para isso desenvolveremos acções, que oportunamente anunciaremos, junto da CIM-BSE e do governo para que na nossa região se aplique a redução tarifária das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, na Extremidade Baixa, em Trás-os-Montes, no Alentejo e na Região do Oeste.”

Já o movimento “Os mesmos de sempre a remunerar” valoriza a medida, mas alerta para outros problemas nos transportes urbanos e suburbanos. “Continuam por resolver os problemas que afetam os transportes urbanos e suburbanos e os das restantes freguesias do concelho, onde os aumentos dos preços permanecem inalterados, a pronunciação entre as concessionárias não existe ( aplicando-se um passe para todo o concelho), a frota continua obsoleta, os circuitos por rever, os abrigos danificados ou quase inexistentes e os horários insuficientes e descontextualizados face às reais necessidades da população” frisa.

Quanto ao PCP da Covilhã, diz ter dúvidase se redução abrange todo o concelho ou unicamente a espaço de licença da Transdev. E questiona a qualidade do material circulante e a sua renovação, lamentando ainda circuitos e horários “que continuam inadequados” e qualidade dos abrigos de passageiros. No que concerne aos utentes das freguesias ditas rurais “é necessário introduzir justiça no tratamento de todos os munícipes.” O PCP defende ainda que a constituição de uma empresa pública municipal de transportes, que propôs em 2021 na plenário municipal, “é a solução para o nosso concelho”.

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