Criação de SAD volta a estar em cima da mesa
5 min readO presidente do Sporting da Covilhã, Marco Pêba, anunciou na passada sexta-feira, 18, em conferência de prelo, que até final do ano será levada à reunião universal de sócios uma proposta de geração de Sociedade Anónima Desportiva (SAD), de modo a que o clube possa ser mais competitivo, nomeadamente ao nível das contratações para a equipa principal.
“Não conseguimos lutar com os outros” disse o líder serrano, que recordou que na atual Liga 3, “é quase tudo SAD” e que na série dos leões da Serra, unicamente o Caldas mantém o padrão de SDUQ (Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas) que também os serranos têm. Marco Pêba enfatiza ainda que no Campeonato de Portugal, um escalão inferior do Covilhã, o cenário é ainda pior, com “quase todos os clubes a terem SAD” e que esse padrão, com ingressão de investidores no capital do clube, acaba por gerar mais receitas e assim, chegar a “alvos” que de outro modo não se conseguem. Mas, Marco Pêba salienta que uma eventual subida à II Liga tornaria desnecessária a geração de uma SAD, já que, só de receitas fixas (entre as quais televisivas), os serranos encaixariam mais de um milhão de euros.
Sobre o atual plantel, que às ordens de José Bizarro inicia a Liga 3 a 10 de agosto, Pêba acredita ter um “bom grupo”, não descarta a ingressão de “mais dois ou três jogadores”, sobretudo vindos de empréstimo, sendo o Vitória de Guimarães, para onde foram esta idade os covilhanense Rafa Peixoto e Gui Paula (para a equipa B) um dos possíveis fornecedores. “Ganhamos sempre alguma coisa. Em termos monetários, não tendo contrato profissional, unicamente os direitos de formação, mas podem vir um ou dois jogadores, que cobrem 30 vezes o verba que poderíamos receber por eles” disse. Ainda no que diz saudação a atletas da “vivenda”, o líder diretivo esclareceu que o medial Zé Simão “não aceitou a proposta do Covilhã e não quis permanecer”.
Os serranos continuam a preparar a ingressão na novidade idade, com jogos particulares. Perderam por 1-2 frente ao Vitória de Sernache, recém-promovido ao Campeonato de Portugal, e ganharam a outra equipa que subiu leste ano, do região da Guarda, o Gouveia, por 1-0. Até início de agosto os “leões da serra” continuam a protagonizar outras partidas, apresentando-se aos sócios no dia 30 (próxima quarta-feira), às 18:30, no revinda da Taça IMB Hotels, que não se disputa desde 2019. Primeiro, devido à pandemia, e depois, pelo retraimento do patrocinador. Luís Veiga, gestor do Grupo, recordou que não apoiaria o clube “enquanto determinadas pessoas lá estivessem”, mas que agora regressa, com ajuda não só em termos de equipamento, publicidade no estádio, uma vez que de alojamento a atletas e equipa técnica. “A situação do clube exige que toda a comunidade se envolva, empresas ou outros” frisa o empresário. Que recorda que o troféu era já “uma imagem de marca” do Covilhã. “Somos sponsors já com alguma envergadura neste momento” afiança. Marco Pêba garante que já na idade passada o grupo IMB “ajudou” e espera que a parceria se mantenha. Sobre o troféu, é uma forma de “reconhecer quem nos ajuda”.
Inicialmente, tinha sido anunciado uma vez que opositor o Arronches e Benfica, do Campeonato de Portugal treinada pelo ex-capitão covilhanense (durante quase uma dez) João Trindade, mas com a anunciada desistência da equipa alentejana em participar nos nacionais, será um outro emblema (ainda por vulgarizar) a marcar presença no Santos Pinto. “O troféu IMB-Hotéis era uma imagem de marca do SCC e do seu jogo de apresentação aos sócios. O patrocínio é uma mais valia para o clube. Esta troca de sinergias entre o clube da cidade e as empresas da cidade são um dos pilares de segurança para o SCC e para que o clube atinja objetivos e patamares que todos o reconhecemos” afirma Marco Pêba. Já Luís Veiga garante estar “desempenado” com o clube e com “o escora que sempre demos”.
A ingressão no jogo será mediante a entrega de donativos aos Bombeiros da Covilhã, nos seus 150 anos de vida. “É uma forma de os homenagear” garante Marco Pêba. Luís Marques, comandante da corporação, agradece o gesto que permitirá para que “os nossos operacionais tenham melhores condições, que possam comprar melhores equipamentos e que tenhamos um corpo de bombeiros mais pronto”.
O presidente da direção do clube serrano anunciou ainda que, leste ano, nos jogos em vivenda, na Liga 3, haverá uma novidade nos jogos transmitidos pelo Meio 11: cinco segundos de publicidade para dois sponsors do clube, que poderão ser rotativos. “Será antes do início do jogo, na televisão. É uma mais-valia para nós, porque valorizamos os sponsors e podemos receber qualquer verba, através de tempo de publicidade, até porque, vocês sabem que o Meio 11 não dá verba aos clubes pelas transmissões televisivas. É mais uma receita para o clube”.
Equipa B para “permanecer à porta” da principal
Quanto à equipa “B”, que irá participar no distrital de Fortaleza Branco, também já está a ser formada. O técnico, que não será da região, deve ser apresentado pelo clube esta semana, e o plantel será sobretudo formado por ex-juniores, ex-atletas do SCC, que podem estar noutros locais e clubes do região, e queiram simbolizar o SCC. “Na equipa B e ficam à porta da equipa A” lembra Marco Pêba, já que a sua utilização na Liga 3 é verosímil, mediante algumas condicionantes.
Caldas é o primeiro opositor
Começa uma vez que acabou: frente ao Caldas. Depois de, na idade passada, no Santos Pinto, ter assegurado a manutenção na Liga 3 com um empate frente à turma do Oeste, o Sporting da Covilhã estreia-se, esta temporada, no campeonato, a 10 de agosto, frente à equipa das Caldas, mas fora de portas. Assim ditou o sorteio realizado na passada segunda-feira, 21.
O primeiro jogo em vivenda é a 17 de agosto, na receção ao 1º de Dezembro. Seguem-se, depois, uma visitante à União de Santarém, a receção à única equipa que desceu da II Liga, o Mafra, uma ida ao Restelo, para defrontar o Belenenses, e no Santos Pinto, um jogo frente ao Luso de Évora, que leste ano subiu à Liga 3. Até final da primeira volta, o Covilhã vai a Coimbra, defrontar a Académica, recebe o Atlético e visitante o Amora. O que quer expressar que o último jogo da primeira tempo será, a 24 de janeiro, em vivenda, frente à equipa da margem sul.
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