Gui brilha em tarde de desperdício
3 min readA três jornadas do termo do campeonato, o Sporting da Covilhã conseguiu no pretérito domingo mais um ponto valedouro, com vista à manutenção na Liga 3. Frente ao líder da série 2 da temporada de manutenção (e já tranquila) Académica, os serranos empataram a uma esfera, depois de terem estado em vantagem, numa tarde de bom futebol, e com oportunidades de segmento a segmento. Os leões da serra têm agora mais quatro pontos que a primeira equipa em zona de descida, o Oliveira do Hospital, derrotado em mansão (0-2) pela União de Santarém.
O Covilhã entrou mais poderoso na partida, a dominar, com diversas ações ofensivas em que o maior protagonista era aquele que foi considerado o varão do jogo no Santos Pinto, o jovem covilhanense Gui Paula. Foi dos seus pés que, aos 12 minutos, surgiu a primeira oportunidade de golo. Gui, na esquerda, furou pela dimensão, aproximou-se da limite e tentou um passe retardado para um meandro de cabeça de Luís Oliveira que, mas, chegou um “nadinha” retardado ao passe açucarado do jovem avançado. A resposta da Briosa foi pronta. Aos 20 minutos, Vítor Bruno cruzou de “trivela”, da esquerda, e Duarte Roble, na pequena dimensão, em óptimo posição, cabeceou para as mãos do seguro João Gonçalo. Dois minutos depois, de novo o avançado da Académica a desperdiçar. Passe de Leandro Silva nas costas da resguardo serrana, Zé Simão a não conseguir trinchar de cabeça (esfera passou-lhe por cima) e Duarte Roble, sozinho em frente ao guarda-redes do Covilhã, a deslumbrar-se e a atirar ao lado.
Não marcou a Académica, aproveitou o SC Covilhã para chegar à vantagem. Pelo varão que mais brilhou na tarde de domingo: Gui Paula. Jogada de entendimento pela direita, com Luís Oliveira a entrar na dimensão e a cruzar rastejador para um meandro, de primeira, de pé recta, do jovem covilhanense, que fez sacudir as redes à guarda de António Filipe.
Os “estudantes” reagiram de repentino. Quase sempre pelo encorpado, mas irrequieto galicismo Ba-Sy. Aos 32, recebeu uma esfera na direita da dimensão, e rematou rastejador, com transe, para óptimo resguardo de João Gonçalo para esquina. E aos 38, Ba-Sy, na esquerda, furou, desfez-se de Zé Simão e rematou, com transe, à malha lateral. Pelo meio, o Covilhã desperdiçou a hipótese de ampliar. Jogada rápida na direita de Gui Paula (quem mais?), interceptação para a dimensão onde Lucas Duarte ainda consegue um meandro, mas excessivo frouxo, com a esfera a rematar “morta” nas mãos de António Filipe.
No segundo tempo, o jogo continuou entretido, mas já com menos oportunidades de segmento a segmento. No entanto, aos 55, os leões da serra poderiam ter “matado” o encontro. Grande passe em profundidade de Konaté (jogo muito interessante do costa-marfinense) para Lucas Duarte, na direita, com levante a encontrar do outro lado Gui Paula e a endossar-lhe a esfera. Gui recebeu, desfez-se de um opoente, e em plena dimensão, depois óptimo trabalho individual, atirou ao poste esquerdo da limite academista. Nove minutos depois, a Académica empatou. Trabalho de Ba-Sy, na esquerda, com muita passividade da defensiva serrana, interceptação e o marroquino Hachadi, no meio da dimensão, a rematar de primeira para o fundo das redes à guarda de João Gonçalo, que pouco podia fazer.
Até final, o jogo perdeu espetacularidade, e só aos 86 minutos houve alguma emoção, quando Fuller, entretanto entrado na partida, conseguiu furar na zona mediano da resguardo conimbricense, mas acabou por rematar excessivo cocuruto, por cima da limite contrária.
O SC Covilhã soma agora 13 pontos, na quarta posição, quatro supra do Oliveira do Hospital (primeira equipa em zona de descida) e mais seis que o último, Lusitânia. Na próxima jornada, domingo, 13, às 11 da manhã, o Covilhã recebe precisamente os açorianos e em caso de vitória pode prometer que, na próxima estação, continua na Liga 3. Onde a Académica já tem lugar reservado, uma vez que é líder, com 21 pontos.
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