Idosa de 91 anos entra na faculdade; começou a estudar aos 85

Dona Iolanda levou somente seis anos para fazer o que muita gente lentidão a vida inteira e não consegue. A idosa, de 91 anos, entrou na faculdade de Nutrição, mas pormenor: começou a estudar ao 85, quando aprendeu a ler e ortografar. Até logo, era analfabeta.

Na Universidade de Guarulhos (UNG) onde está, a idosa é o xodó da turma e dos professores. Também não é para menos. Do sonho de ser alfabetizada a entrar no curso superior, Dona Iolanda tem uma meta: ser nutricionista para ensinar as pessoas a comerem melhor.

“Era um sonho que eu queria realizar. Foi Deus que abriu uma porta para mim”, afirmou a idosa às voltas com os colegas de classe e muito carinho.

História de vida, muitas lutas

Em 2018, Dona Iolanda foi matriculada pela no programa de Ensino para Jovens e Adultos. A mãe sempre se lamentou de não saber ler nem ortografar. Vera Lúcia viu que aquele libido não poderia ser esquecido.

Cinco anos depois, em 2023, a mãe completou o Ensino Fundamental e, em 2024, o Ensino Médio. Na formatura, perguntaram qual seria seu próximo passo. E dona Iolanda já sabia o que queria.

“Ela disse que queria estudar Nutrição porque sempre quis ajudar as pessoas a se alimentarem recta e aconselhá-las”, disse a filha. Sabendo disso, os próprios professores da faculdade começaram a se organizar para matriculá-la, com recta a uma visitante surpresa para racontar a novidade, segundo a UNG.

Leia mais notícia boa

• Formatura de 500 idosos no EJA: o sorriso deles na festa é pura inspiração; vídeo
• Idosos dão show de gafieira na rua na Bahia e encantam turistas; vídeo
• Após 42 anos sem estudar, idoso faz vestibular e é aprovado em universidade pública; família faz festa; vídeo

Antes, toda dedicação era para família

Dona Iolanda nasceu no sul de Minas Gerais e veio para São Paulo com uma conhecida da família, aos 11 anos, prometendo que a ajudaria. Só que ao chegar na capital paulista, tudo mudou na vida da moçoila.

“Minha mãe começou a fazer um trabalho análogo à escravidão, e cresceu sem estudo nenhum. Ela era completamente analfabeta”, conta Vera Lúcia, segundo O Estado de Minas.

Em São Paulo, Dona Iolanda casou, teve três filhos e fez vários serviços. Foi babá, faxineira, cozinheira e ajudante de panificação. Nunca conseguiu estudar, porquê tanto queria. Agora, finalmente, ela consegue. Viva!

Aos 91 anos, Dona Iolanda cursa Nutrição, é mimada por todos, e pretende orientar as pessoas sobre porquê se cevar adequadamente. Foto: Registo Pessoal/G1