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Jovem vítima de racismo no 1º dia de trabalho em farmácia compra apartamento após ganhar causa na justiça - Mundo News
14 de Setembro, 2025

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Jovem vítima de racismo no 1º dia de trabalho em farmácia compra apartamento após ganhar causa na justiça

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Humilhados serão exaltados e racistas não passarão! Uma jovem vítima de racismo numa farmácia, logo no 1º dia de trabalho, venceu o caso na Justiça e,...

Noemi, a jovem vítima de racismo no 1º dia do emprego numa farmácia comprou um apartamento após vencer o caso na Justiça do Trabalho, em SP - Foto: reprodução/redes sociais

Humilhados serão exaltados e racistas não passarão! Uma jovem vítima de racismo numa farmácia, logo no 1º dia de trabalho, venceu o caso na Justiça e, com o valor que recebeu, deu ingressão em um apartamento para principiar uma vida novidade.

Noemi Ferrari ouviu coisas horríveis da dirigente, que gravou um vídeo para apresentá-la aos funcionários no grupo do WhatsApp dizendo: “Essa daqui é a Noemi, nossa novidade colaboradora. Fala um oi, querida. Tá escurecendo a nossa loja Tá escurecendo. Acabou a prestação, tá? Negrinho não entra mais”, disse a agressora, com ironia e muita malícia.

O caso aconteceu em 2018 em uma farmácia da rede Raia Drogasil em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Em 2022, em seguida ser agredida verbalmente por um outro dirigente, Noemi foi demitida e entrou com ação trabalhista no Tribunal Regional do Trabalho. Ela ganhou a pretexto, recebeu indenização de R$ 56 milénio e investiu o verba na moradia própria.

Precisou de ajuda psicológica

Terminada a guerra judicial, Noemi conta que está de pé com a ajuda da família e amigos e agora trabalha porquê gestora na extensão da saúde.

“Hoje eu estou muito, graças a Deus. Ir para a igreja, ter uma rede de espeque, estar com pessoas que eu senhoril, isso tem me feito muito. Minha psicóloga e meus advogados estão me apoiando bastante”, agradeceu.

Ela contou que guardou no banco o verba da indenização, deixou render e deu ingressão no sonhado apartamento.

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O vídeo comprovou tudo

Na gravação, a funcionária humilha Noemi: “Nossa, vai permanecer no caixa Que incrível. Vai tirar lixo? Que incrível. Paninho também, passar no pavimento? Ah… E você disse sim, né?”

Ela guardou a gravação, levou à justiça e ficou comprovado que Noemi sofreu danos morais e que foi escopo de ofensas racistas pela colega que tinha um função maior que o dela. Ela disse por que se submeteu ao ocupação mesmo depois de tudo que passou:

“Meu pai adotivo tinha morrido, eu precisava trabalhar, não tinha para onde passar. Fingi que zero aconteceu. Depois, fui para o banheiro chorar. Olhei para cima e falei para Deus: ‘Eu preciso trabalhar, essa vai ser minha veras daqui para frente”, lembrou Noemi em entrevista ao g1.

Mais agressões

Noemi engoliu o sapo e continuou na empresa. Chegou a ser promovida a supervisora em 2020, até que em 2022 foi agredida verbalmente por um supervisor que quase bateu nela.

“Eu falei para a gerente: ‘Ou você me recoloca em outra loja ou me manda embora’. Ela me mandou embora em fevereiro.”

E a exoneração foi a pinga d’agua para a funcionária ir buscar seus direitos na justiça: “Eu não queria processar, queria olvidar essa lanço da minha vida, foi uma período muito ruim. Mas aí recebi uma indireta de uma funcionária, porquê se eu tivesse jogado tudo para o basta a troco de zero. Esse foi o empurrãozinho”, explicou.

A decisão da Justiça

Em primeira instância, a juíza Rosa Fatorelli considerou que o vídeo comprova que houve falas racistas. E que Noemi sofreu constrangimento, humilhação e assédio moral.

A magistrada não aceitou o argumento da resguardo da farmácia de que teria sido “farra” ou “descontração” e disse que o caso era de racismo estrutural e recreativo, incompatíveis com direitos humanos e fundamentais.

A farmácia foi condenada por preterição em zelar por um envolvente de trabalho adequado. A juíza entendeu que a responsabilidade do empregador é clara, principalmente quando as ofensas vêm de superiores.

O outro lado

A rede Raia Drogasil disse que lamenta o incidente e que vai investir em ações concretas para prometer ambientes de trabalho diversos e inclusivos.

Veja a nota enviada pela empresa:

“Lamentamos profundamente o incidente que ocorreu em 2018. Reiteramos o compromisso da RD Saúde com o saudação, a variedade e a inclusão. Nossa empresa não compactua com nenhum tipo de discriminação. Pluralidade e saudação são valores primordiais.

Temos investido de forma consistente em desenvolvimento de carreiras e iniciativas de promoção e de isenção racial. Em 2024, encerramos o ano com mais de 34 milénio funcionários pretos e pardos e nos orgulhamos de ter atualmente 50% das posições de liderança ocupadas por pessoas negras, resultado direto de programas estruturados de inclusão e valorização. Nosso propósito é continuar investindo em ações concretas para prometer ambientes de trabalho diversos e inclusivos e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária”.

A nota não diz se os funcionários envolvidos nos casos de racismo e agressão contra Noemi foram demitidos.

Assista ao vídeo que fez a Noemi lucrar a pretexto na justiça do trabalho:

A Noemi hoje, depois de tudo que sofreu. - Fotos: arquivo pessoal A Noemi hoje, depois de tudo que sofreu. – Fotos: registro pessoal

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