Medicamento injetável para prevenir HIV: Brasil participa de estudo internacional
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Um novo medicamento pode mudar a forma porquê o mundo lida com a prevenção do HIV. Trata-se do Lenacapavir, um remédio injetável que já demonstrou eficiência superior a 95% contra o vírus. O Brasil, por meio de nove centros de pesquisa, participa de um estudo internacional que está chamando atenção pela inovação e pelos resultados animadores.
No Rio de Janeiro, o Hospital Universal de Novidade Iguaçu (HGNI) é um dos protagonistas dessa pesquisa, ao lado da Fiocruz, ambos reconhecidos pela experiência em grandes projetos científicos. O estudo, chamado Purpose 2, reúne instituições da América Latina, Ásia e Estados Unidos e tem potencial para transformar a veras de milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Aplicado a cada seis meses, o Lenacapavir surge porquê opção prática e eficiente à atual PrEP verbal, baseada em comprimidos diários distribuídos pelo SUS. Para pacientes e médicos, essa mudança pode simbolizar uma verdadeira revolução na prevenção ao HIV.
O que é o Lenacapavir
O Lenacapavir é um medicamento injetável de longa duração. Dissemelhante da PrEP verbal, que exige disciplina diária, ele é aplicado unicamente duas vezes por ano.
Os testes clínicos mostraram resultados muito positivos, tanto em eficiência quanto em segurança.
Os efeitos adversos relatados foram leves e a adesão dos voluntários foi subida, já que o tratamento é simples e confortável. Essa praticidade pode ser decisiva para reduzir novas infecções, mormente entre grupos mais expostos ao vírus.
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O Brasil no estudo internacional
O Purpose 2 é um dos maiores estudos de prevenção ao HIV já realizados. No Brasil, nove centros participam, sendo o HGNI e a Fiocruz os únicos do estado do Rio de Janeiro.
O HGNI, inclusive, já tem histórico em pesquisas de impacto global, porquê a vacina contra a Covid-19 testada pela Janssen.
Os resultados preliminares foram publicados no respeitado New England Journal of Medicine em 2024, confirmando o potencial do Lenacapavir. O estudo deve ser concluído em 2026, mas já aponta para uma novidade era no combate ao HIV.
Voluntários e esperança
No HGNI, 80 pessoas participaram do tentativa médico, entre homens gays, pessoas trans e não-binárias. Todas receberam a emprego a cada 26 semanas e foram acompanhadas por muro de dois anos.
Um dos voluntários, de 21 anos, relatou porquê a vida dele mudou com o novo tratamento:
“Antes, eu vivia com aquela preocupação permanente, mesmo tomando os comprimidos todos os dias. Desde que iniciei o tratamento com o Lenacapavir, é muito mais prático e confortável saber que estou protegido com unicamente duas aplicações por ano. Isso fez toda a diferença na minha rotina.”
O impacto global
Especialistas destacam que investir em prevenção é importante para reduzir as taxas de infecção pelo HIV em todo o mundo.
Novas estratégias, porquê o uso de medicamentos injetáveis de longa duração, podem salvar milhões de vidas e dar mais liberdade às pessoas em seu dia a dia.
Segundo Aline Ramalho, coordenadora do Departamento de IST do HGNI, em entrevista ao O Dia, “estudos em PrEP com novas alternativas são fundamentais. Com prevenção eficiente, podemos evitar milhões de infecções, principalmente entre os públicos mais vulneráveis.”
Hospital Universal de Novidade Iguaçu participa de estudo internacional com medicamento injetável para prevenção do HIV – Foto: divulgação