Medicamento para diabetes reduz ataques cardíacos e derrames em 23%; descobrem cientistas
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Um estudo internacional mostrou que o medicamento sotagliflizona, usado para pacientes com diabetes tipo 2 e doença renal crônica, também pode ajudar a reduzir os riscos de ataques cardíacos e derrames.
A notícia boa saiu na The Lancet Diabetes & Endocrinology na semana passada. O estudo mostrou que a droga pode diminuir em até 23% a incidência de eventos cardiovasculares fatais. Para provar, o grupo analisou mais de 10 milénio pacientes por 16 meses.
“Esses resultados demonstram um novo mecanismo de ação – bloqueio combinado com sotagliflozina dos receptores SGLT1 – para reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame”, disse o responsável principal do estudo e Diretor do MOunt Sinai Fuster Heart Hospital, Deepak L. Bhatt.
Uma vez que funciona
A sotagliflozina pertence a uma classe de medicamentos chamada inibidores do cotransportador de sódio-glicose (SGLT). O diferencial da droga é que ela consegue bloquear duas proteínas (SGLT1 e SLGT2) que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue.
Enquanto os inibidores mais tradicionais focam somente no T2, a sotagliflozina age de uma forma mais ampla, afetando também o T1, presente o rim, tripa, coração e cérebro.
Assim, a ação combinada mostrou que o medicamento também pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares, melhorar o controle glicêmico e retardar a progressão de doença renal.
Estudo experimental
O ensaio randomizado e multicêntrico analisou, principalmente, o uso do medicamento para reduzir os riscos cardiovasculares.
Aleatoriamente, secção do grupo tomou sotagliflozina, enquanto outra secção fazia o uso do placebo.
Aqueles que tomaram o medicamento tiveram uma considerável redução (23%), na taxa de ataques cardíacos, derrames e mortes por causas cardiovasculares.
“Os médicos agora têm uma novidade opção para reduzir o risco cardiovascular global, uma vez que insuficiência cardíaca, progressão da doença renal, ataque cardíaco e derrame em pacientes com insuficiência cardíaca ou diabetes tipo 2, doença renal crônica e outros fatores de riscos”, destacou Deepak.
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Próximos passos
Com a provação da sotagliflozina pela FDA, o grupo espera que a droga se torne mais difundida.
A expectativa é seguir com um estado de maior alcance, para confirmar os benefícios e entender melhor uma vez que ela pode ser combinada com outras terapias já existentes.
Os pesquisadores querem combinar a novidade invenção com outros tipos de tratamentos já existentes. – Foto: Sesa/Governo do Paraná