Medicina Nuclear do Fundão sem data para abrir
3 min readA ingressão em funcionamento do Núcleo de Medicina Nuclear do Hospital do Fundão, prevista para 2024, continua sem data para iniciar a atender utentes. Na primeira vez em que falou publicamente, o novo presidente do parecer de governo da Unidade Sítio de Saúde (ULS) da Cova da Cercadura, João Marques Gomes, afirmou que esse processo está em curso e que essa valência é para “seguir o mais rapidamente verosímil”.
Questionado pelo NC sobre o que falta para que o serviço comece a ser prestado, João Marques Gomes respondeu que é necessário “formalizar-se tudo o que há para formalizar” e confirmar o que não está ainda disponível, sem antecipar pormenores.
“Vamos formalizar tudo o que há para formalizar e vamos trabalhar em conjunto para que a coisa possa suceder tão depressa quanto verosímil. Estamos em cima do objecto, é um objecto que para nós é muito importante e vamos andejar à velocidade da luz, se for necessário”, garantiu o presidente do parecer de governo.
Sobre o material existente, João Gomes respondeu que “há equipamento que está cá e há equipamento que é para comprar”, sem especificar.
Em fevereiro do ano pretérito tanto o portanto gestor, João Casteleiro, uma vez que o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, apontavam para 2024 a introdução do Núcleo de Medicina Nuclear, tendo indicado uma vez que principal dificuldade a compra de um Posto de Transformação (PT), que implicava um concurso internacional.
Segundo Paulo Fernandes, a obra física do Núcleo de Medicina Nuclear ficaria concluída até ao final de fevereiro de 2024 e seria necessário confirmar o PT para o “reforço da capacidade elétrica” do Hospital do Fundão.
Em outubro último, João Casteleiro informava que a burocracia atrasou o processo e que o concurso público internacional desimpedido em novembro de 2023 para a compra de equipamentos teve de ser desarranjado, “porque os equipamentos mudaram, melhoraram significativamente”, e teve de se terebrar um novo procedimento.
O concurso previa a compra de equipamentos que contemplavam exames de diagnóstico, no valor de 258 milénio euros, e serviços de telerradiografia, com uma verba de 329 milénio euros.
O anterior presidente da ULS da Cova da Cercadura adiantou que havia equipamento já instalado, proveniente do Núcleo Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), mas que há outro que tem de ser comprado, nomeadamente “um PET” (Tomografia por Emissão de Positrões), técnica de imagem médica que utiliza moléculas para detetar e localizar reações bioquímicas associadas a determinadas doenças, sobretudo nas áreas da Oncologia, Cardiologia e Neurologia.
A Câmara Municipal financiou as obras de requalificação do prédio do Hospital do Fundão, que vai albergar a novidade unidade, e o presidente sublinhou que, embora esteja, para já, prevista unicamente a vertente de diagnóstico, as infraestruturas ficam preparadas para poderem ser feitos tratamentos nas instalações e os doentes possam fazer radioterapia, caso seja tomada essa decisão, numa segunda tempo, um serviço que vai beneficiar “toda a região”, servir a Cercadura Interno e evitar deslocações.
Além do financiamento das obras nas instalações, a Câmara do Fundão tem o compromisso de remunerar a componente não comparticipada dos equipamentos comprados.
“Em termos oncológicos, um diagnóstico atempado pode fazer a diferença entre a vida e a morte, e estamos a falar de alguma coisa muito sério do ponto de vista de saúde pública”, referiu Paulo Fernandes.
Confrontado com os rumores de que o serviço de infeciologia do Hospital do Fundão pode fechar, o novo gestor garantiu não ter “zero para anunciar nesta tempo”, embora não tenha rejeitado essa possibilidade, afirmando que o que faz sentido é julgar “quais as especialidades, os cuidados que faz sentido ter e onde, sempre a pensar no utente”.
“Do ponto de vista do que queremos fazer, teremos de ver quais as instalações que nós temos, eventualmente podemos pensar em edificar novas instalações em parceria com outros organismos públicos”, acrescentou.
A ULS da Cova da Cercadura integra os hospitais do Fundão e da Covilhã e os centros de saúde da Covilhã, Fundão e Belmonte.
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