Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the ad-inserter domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the rank-math domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-to-buffer domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the fast-indexing-api domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wprss domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121
Mudanças climáticas: o que pensam os jovens indígenas presentes no ATL? - Mundo News
16 de Abril, 2025

Mundo News

Seu Mundo! Suas Notícias!

Mudanças climáticas: o que pensam os jovens indígenas presentes no ATL?

7 min read
Sol queima, rios secam e a colheita some: jovens indígenas contam como as mudanças climáticas reescrevem...

Jovens indígenas presentes na maior mobilização indígena do país, o Acampamento Terreno Livre (ATL), realizado em Brasília nesta semana, falaram com a Escritório Pública sobre uma vez que a percepção das mudanças climáticas está além das informações transmitidas pela prelo.

Para os entrevistados, os efeitos da crise estão presentes nas rotinas de pesca, na lavra de subsistência e no próprio corpo, alterando hábitos e modos de vida em diversas regiões do país.

“A gente já não pesca uma vez que a gente pescava, oito, seis anos detrás. Na ilhéu do Bananal, teve muita queimada esse ano pretérito. Portanto, vai sendo um acúmulo de várias coisas que já vai influenciando. No caso do meu povo Karajá, nunca se pensava ‘Ah, vai faltar peixe. A gente tem que ir a um lago específico agora para pescar’, sabe?”, conta Maluá Silva Kuady Karajá, de 25 anos. Ela destaca que o progresso do aquecimento global não se expressa somente em dados científicos e que as mudanças visíveis no bioma e na fauna impactam diretamente a vida das comunidades.

“Vai mudando o cotidiano completamente. Mudou o bioma, a fauna, as nossas vivências, a nossa vida. E trazendo outras dificuldades que transpassam a questão climática”, afirmou a jovem indígena. A edição deste ano do ATL tem uma vez que um dos focos principais a pronunciação para prometer protagonismo indígena na COP30, conferência climática da ONU que acontecerá em Belém (PA), em novembro. A campanha “A Resposta Somos Nós”, organizada pela Pronunciação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), propõe que a demarcação de Terras Indígenas seja incluída uma vez que estratégia nas metas ambientais dos países amazônicos.

Apresentação de pautas da Juventude indígena no ATL

“Discutir envolvente sem que o indígena seja uma segmento ali do protagonismo, eu acho que já começa a ser problemático, no mínimo, porque, principalmente cá no nosso país, onde as principais reservas estão dentro dos nossos territórios”, explica Maluá, que ressalta a luta por terras não é pela exploração para um término econômico, mas para discutir a questão do meio envolvente. “[A discussão] perpassa muitas coisas que estão na origem da nossa vivência”.

De contrato com o MapBiomas, as Terras Indígenas no Brasil representam 13% do território vernáculo, mas respondem por somente 1% da perda de vegetação nativa entre 1985 e 2023.

“Tá tudo descontrolado”

Yan Mongoyó, 21 anos, vive em um território de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, no sudeste da Bahia, e explica que a seca prolongada têm impedido de diferentes maneiras a lavra familiar. A lugarejo não tem aproximação a chuva encanada e depende de caminhões-pipa. 

“Está muito sedento, não conseguimos plantar. Deu uma chuvinha e a gente plantou, mas não sobreviveu. Portanto a gente está muito preocupado porque a nossa comunidade não é abastecida por chuva encanada, é abastecida por carro-pipa, um carro-pipa para três famílias. Portanto não tem uma vez que fazer plantação”, relata. “O pessoal que está lá na base é o que mais sofre, principalmente os produtores que estão lá na lavra familiar”. 

Yan também critica o progresso do agronegócio sobre os territórios indígenas, principalmente nas regiões historicamente esquecidas pela mídia e pelo poder público.

“Não importa qual região é, [os ruralistas] eles estão invadindo, estão destruindo o que eles podem destruir, e a gente que está sofrendo. É uma tarifa que abarca todos os povos”, diz. “Eu já estive analisando alguns jornais, e acho que, primeiro, eles estereotipam a gente demais, trazem questões que não têm muito a ver, e não trazem, de indumento, o tópico à tona. Normalmente, eles falam muito da Amazônia e tudo, e esquecem dos outros biomas que também são muito importantes. A Caatinga mesmo e o Fechado estão sofrendo bastante com essas questões climáticas, questão agrária”, afirma Yan.

A privação de debate sobre o Cerrado é um dos objetivos que Letícia Awju Torino Krikati, 20 anos, tenta mudar no seu município. Única indígena no legislativo do estado do Maranhão, a vereadora de Montes Altos deseja mostrar a valor do Fechado para o país “pois é onde há as nascentes dos maiores rios, sendo uma base hidrográfica extremamente importante para nós”.

Apesar disso, Letícia conta que enfrenta dificuldades para levar a tarifa ambiental para dentro da política municipal, já que em Montes Altos ainda não há oficialmente uma secretaria de Meio Envolvente. “A privação dessa secretaria afeta nas discussões também das mudanças climáticas dentro dos territórios indígenas. A gente tem a Secretaria de Assuntos Indígenas, mas ela também tem que trabalhar em parceria com outras secretarias”, afirma a vereadora, que ressalta a valor da cooperação entre secretarias para ações conjuntas para preservação das comunidades.

A vereadora Letícia Awju Torino Krikati destaca a valor do Acampamento Terreno Livre uma vez que espaço fundamental para pautar debates sobre os direitos dos povos indígenas – Crédito: Fernanda Diniz

Ela relembra que os territórios Krikati ainda estão em processo de judicialização e afirma que o povo segue lutando pelo reconhecimento de suas demandas. A comunidade aguarda a decisão da Justiça para que o território seja, de indumento, entregue aos Krikati, já que até o momento eles não possuem o documento solene de posse da terreno. 

Mais de 250 processos de demarcação seguem sem epílogo no Brasil. A tese do Marco Temporal, considerada inconstitucional pelo STF, ainda resiste na forma da Lei 14.701, aprovada pelo Congresso.

Mina e alimento

“Hoje os não-indígenas usam o termo de agroecologia, mas a gente sabe que agroecologia é uma apropriação dos saberes indígenas, dos saberes tradicionais”, diz Evelin Cristina Araújo Tupinambá, professora de geografia em Goiânia aos 27 anos. Em sala de lição, ela conecta ciência e ancestralidade para explicar aos alunos as mudanças climáticas e a relação entre territórios indígenas e preservação. 

Evelin destaca ainda que as pautas indígenas variam conforme o território e a vivência de cada povo. No seu caso, vivendo há anos em Goiânia, uma de suas principais lutas está relacionada à preservação do Fechado e compara essa verdade com a de seu povo, que vive na Amazônia, onde os desafios são outros — uma vez que a presença de madeireiras, a extração proibido e a poluição dos rios.

“São contextos que são diferentes, mas que eles se agregam, sabe? Portanto, eu acho que por isso as lutas não se desassociam, por mais que a gente está falando de territórios e biomas diferentes, mas a nossa luta é a mesma”, explica Evelin. “Cá é uma oportunidade de estar oficializando as denúncias que a gente faz. Porque cá é tipo uma porta de ingresso para ir diretamente para o plenário, para a Câmara [dos Deputados]. Diretamente com os agentes que, institucionalmente falando, fazem intercorrer”.

Maria Lilane, 24 anos, do povo Baniwa, de São Gabriel da Catadupa (AM), vê o meio envolvente uma vez que uma “segunda moradia” e diz que destruí-lo é destruir a própria vida. Ela critica a desigualdade nutrir no Brasil, que, mesmo sendo um dos maiores produtores do mundo, não assegura comida saudável para todos.

“Nós vimos muita desigualdade em questões de comida. Pessoas que têm mais condições, geralmente têm mais, e as mais necessitadas geralmente ficam com muito pouco, ou portanto, com sobras, sobras. [O alimento] chega muito com o preço exorbitante que é além das expectativas. Preço exorbitante e agrotóxico também. Por mais que eles tentam fazer um comida saudável, nós sabemos que nos dias de hoje todo comida industrializado vem com muito agrotóxico. Isso tem um grande impacto não só na vida dos indígenas, uma vez que nos brasileiros em universal”.

Yohane Parakanã, 23 anos, aponta o mina proibido, a grilagem, o desmatamento e o uso de mercúrio nos rios uma vez que as principais causas da ruína ambiental em seu território. Segundo ele, os danos causados são profundos e duradouros, com impactos visíveis.

“Tá cada vez mais quente. Tem vegetalidade que não tão existindo lá. Nem nós mesmo aguentamos a temperatura do sol. Quando eu era pequeno eu sentia que o clima era tranquilo, menos calor”, diz Yohane, que afirma que a juventude indígena tem papel mediano na resguardo ambiental. “Eu acho que a COP30 vai ser sobre isso. É muito permitido a gente participar, é muito importante pra gente. E nós, juventude, levar a mensagem em um caso que envolve vidas das árvores, do índio, dos animais. Eu acho que a gente tem que continuar lutando sempre. Acho que a maioria da gente se preocupa mais com a natureza. Nós indígenas, a gente protege muito, entende? A discussão mais é sobre desmatamento. E é isso, a gente sempre luta [contra o desmatamento]. Todo dia”, complementa o parakanã.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Copyright © All rights reserved. | Newsphere by AF themes.