NC: o jornal preferido dos mais velhos
4 min readDepois dos principais canais de televisão, uma vez que a RTP, TVI, SIC, CMTV e, o meio religioso Cantiga Novidade (por esta ordem), o meio de informação que pessoas com mais de 65 anos, no concelho da Covilhã, preferem, é o Notícias da Covilhã. É esta a desenlace da primeira segmento da investigação “”Envelhecer no/a partir do Interno: consumo mediático e autopercepção do envelhecimento”, desenvolvida por Elizângela Roble Noronha, para a Universidade Católica Portuguesa.
A autora, 44 anos, brasileira, radicada em Portugal desde 2017, vive na Covilhã há três anos e, posteriormente ter concluído doutoramento em Coimbra, iniciou um programa de pós-doutoramento na Católica onde se propôs os hábitos mediáticos dos mais velhos no concelho da Covilhã. “Comecei, face à vivência cá, a investigar a questão do envelhecimento. Porquê é que num território demograficamente envelhecido se davam algumas questões. Já concluí a primeira lanço, um questionário que foi aplicado no concelho, não só na cidade, para caraterização do consumo mediático. Ou seja, o objetivo do estudo é saber uma vez que as representações mediáticas influenciam o envelhecimento, e até a forma uma vez que se vive o mesmo” frisa Elizângela.
Jornalista, formada na Universidade Federalista do Piauí, no Nordeste do Brasil, a autora veio para a Covilhã detrás do marido, que também veio fazer um doutoramento na UBI e, num território envelhecido, optou por leste tema para perceber o “impacto” que os meios de informação podem ter na vida das pessoas mais idosas. “Há uma série de estudos que mostram que a maneira uma vez que as pessoas vivem o envelhecimento pode ter impacto na longevidade. Na qualidade de vida, no bem-estar, na maneira uma vez que a pessoa vai viver aquela período da vida. Nesta primeira lanço tentei perceber o que é que as pessoas com mais idade consomem em termos noticiosos. Visitei lares, centros de dia, alguns espaços públicos. Tive 355 respostas, que dá um proporção de crédito de 95 por cento, e pude perceber uma série de questões que nem imaginava” frisa Elizângela.
Concluindo que a televisão “é amplamente o meio mais visto”, até porque “nos lares as pessoas estão muita vez reunidas, a própria arquitectura dos lares faz com que as pessoas passem o dia em volta da televisão”, a autora frisa que o facto de também ser gratuita pesa. “É mais patível com as baixas reformas” frisa, o que se reflete também nos canais mais vistos: “São os canais abertos e que tenham uma componente religiosa” explica. Por isso, o Cantiga Novidade, apesar de pago, é o quinto meio de informação mais consumido, o que a jornalista não esperava. “O consumo de práticas religiosas tão grandes através da televisão, eu não sonhava. Foi muita vez referido, e surpreendeu-me, o facto do meio Cantiga Novidade ser tão geral, nos lares, e casas. Não é meio crédulo, mas nos lares conseguem observar porque muitas vezes integra um pacote de canais subscritos. Faz segmento da rotina deles” explica.
Depois destes cinco canais, o primeiro meio impresso referido é o NC. Mesmo adiante de jornais nacionais. “O NC ser muito referenciado, eu até imaginava. Foi o mais citado. Em alguns espaços onde estive vi a presença do jornal e, nesse sentido, penso ser muito importante o facto de ser gratuito, ser distribuído em muitos locais. Nos lares mais afastados, as pessoas não tinham tanto essa referência, porque talvez não chegasse lá” frisa Elizângela. Que passou por 14 freguesias do concelho, indo a locais mais ou menos afastados, uma vez que Localidade de São Francisco de Assis, Sobral de São Miguel, Ourondo, ou cá mais perto, Teixoso, Ferro ou Peraboa. “Consegui, por isso, alguma modelo fiável” garante.
O questionário perguntava se as pessoas tinham rádio, televisão ou computador, se habitualmente liam, ouviam e viam qualquer meio em específico, “e nessa pergunta ocasião, muita gente referiu o NC. Em concreto, 31 pessoas. É o primeiro jornal mais citado, mesmo adiante de qualquer jornal pátrio.”
Agora, a autora avança para a segunda período da investigação, que espera concluir até final do ano. “O objetivo é contribuir para que as pessoas tenham a sua própria voz, que as pessoas de mais idade possam manifestar o que os meios de informação representam para elas. No término, a teoria é fazer um manual de boas práticas para que os profissionais do jornalismo e dos media, em universal, atuem de forma mais atenta tendo em conta as idades.”
O teor NC: o jornal preferido dos mais velhos aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.
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