Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the ad-inserter domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the rank-math domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-to-buffer domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the fast-indexing-api domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wprss domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/mundonews/htdocs/mundonews.pt/wp-includes/functions.php on line 6121
Por trás da COP29: governo prende jornalistas e ativistas que criticam questões climáticas - Mundo News
20 de Abril, 2025

Mundo News

Seu Mundo! Suas Notícias!

Por trás da COP29: governo prende jornalistas e ativistas que criticam questões climáticas

10 min read
Pública falou com pesquisadora e ativista Nargiz Mukhtarova: seu marido foi levado com um saco na...

“É uma boa oportunidade para as autoridades encobrirem esses problemas de liberdade de sentença e liberdades políticas.” Foi mal a jornalista Leyla Mustafayeva definiu a 29ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP29), que começou na nesta segunda-feira (11 de outubro) para o governo do Azerbaijão. 

Enquanto diplomatas e organizações ambientalistas veem o evento uma vez que a data mais importante do calendário global sobre o clima, para a mídia independente e ativistas do Azerbaijão, a COP29 é um problema. 

Mustafayeva se referia à vaga de prisões de jornalistas, ativistas, pesquisadores e lideranças políticas no país, já denunciadas uma vez que arbitrárias pela organização internacional Human Rights Watch (HRW) e condenadas, no final de outubro, pelo Parlamento Europeu.

“É uma vez que se esses problemas não existissem e uma vez que se o Azerbaijão fosse muito acessível a resolver as questões ambientais e climáticas. Eles [as autoridades do governo] estão se escondendo e escondendo suas atividades ilegais com a Conferência do Clima”, disse a jornalista em setembro, ao receber um prêmio em nome da Abzas Media, organização que ela dirige do exílio, em Berlim, por seu trabalho pela liberdade de prensa. 

Desde o ano pretérito, pelo menos 15 jornalistas já foram presos no país e podem ser condenados a longas sentenças, segundo o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ). Muitos deles trabalhavam para a Abzas Media, que também enfrenta acusações criminais. Além deles, vários defensores de direitos humanos e ativistas políticos foram encarcerados. Em setembro, Mustafayeva falou em um totalidade de mais de 300 presos políticos. 

Por que isso importa?

  • O governo do Azerbaijão, país que sedia a 29ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP), está sendo denunciado de prender ilegalmente ativistas, pesquisadores e jornalistas que criticam a relação do estado com combustíveis fosseis.

“Os detidos arbitrariamente incluem um ativista anticorrupção crítico do setor de petróleo e gás do país e um padroeiro dos direitos humanos que cofundou uma iniciativa para defender liberdades cívicas e justiça ambiental no Azerbaijão antes da COP29”, afirmou a Human Rights Watch. 

Segundo organizações de direitos humanos, as autoridades do país têm um longo histórico de retaliação contra críticos do governo, comandado há 21 anos pelo presidente Ilham Aliyev – em 2003, ele sucedeu o pai, que presidiu o Azerbaijão por uma dez. 

Agora, essas organizações denunciam uma novidade vaga de detenções mal fundamentadas antes da COP29. “A repressão e o envolvente lítico altamente restritivo para as operações de organizações sociais independentes ameaçam erradicar todas as formas de dissenso e o trabalho legítimo de direitos humanos”, afirmaram mais de 20 organizações em um transmitido emitido em setembro. 

Em uma solução aprovada em outubro, o Parlamento Europeu declarou que os abusos contra os direitos humanos no país são incompatíveis com a realização da conferência sobre o clima. 

A sátira à vaga de repressão se soma às preocupações ambientais com a realização do evento em um país altamente dependente de petróleo, que, junto com o gás procedente, respondem por mais de 90% das exportações do Azerbaijão. O país, localizado nas montanhas do Cáucaso, é o 11º maior exportador de combustíveis fósseis do mundo (detrás do Brasil, que é o nono). 

Segundo uma pesquisa da organização sem fins lucrativos Oil Change International, a estimativa é que a produção azerbaijana de gás e petróleo aumente 14% até 2035 – apesar de o país ter se comprometido a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 35% nos próximos seis anos na verificação com 1990.

Em abril, o presidente chegou a dizer que o petróleo é um “presente dos deuses” e que defendia o recta do seu e de outros países de continuarem investindo na produção de combustíveis fósseis.

Às vésperas do evento, o diretor-executivo da COP29, o azerbaijano Elnur Soltanov, foi flagrado em uma gravação negociando “oportunidades de investimento” na companhia estatal de petróleo – segundo a consultoria Rystad Energy, a empresa tem 11 novos campos e projetos de expansão para serem aprovados até o final da dez. 

Economista recluso criticava obediência dos fósseis

Entre as detenções denunciadas está a do economista Farid Mehralizada, divulgado por averiguar indicadores econômicos do governo em canais da TV e colaborar uma vez que pesquisador para a organização europeia Radio Liberty. O economista publicava textos sobre temas uma vez que o impacto da pandemia na instrução pátrio, as reformas econômicas do governo, a transmigração interna e as privatizações. 

Mehralizada falava claramente sobre o problema econômico representado pelo setor petroleiro e sobre o desperdício de chuva nos sistemas de regadura do país, punido por secas severas. 

“Eu acredito que a detenção dele foi motivada por vários fatores, um deles é a sátira pública que ele fazia sobre as políticas econômicas do Azerbaijão. Ele sempre alertou que a poderoso obediência de combustíveis fósseis representa sérios riscos para as pessoas e para o meio envolvente”, afirmou a esposa dele, Nargiz Mukhtarova.

O Comitê para Proteção dos Jornalistas e a Radio Liberty já se manifestaram pedindo a soltura do economista.

Em entrevista exclusiva à Filial Pública, Mukhtarova, que atua uma vez que ativista e pesquisadora dos direitos das mulheres no país, falou sobre a prisão do marido, o histórico de repressão no Azerbaijão e os impactos socioambientais do padrão econômico fundamentado em combustíveis fósseis.

A Pública questionou o governo do Azerbaijão sobre as detenções. A embaixada do país ainda não respondeu à reportagem – o texto será atualizado caso haja posicionamento. Em resposta à prensa dos Estados Unidos, a embaixada azerbaijana em Washington contestou o relatório da Human Rights Watch e afirmou que todos os casos estão sendo analisados de forma apropriada. Disse, ainda, que o país é vítima de uma campanha orquestrada de desinformação”.

Você escreveu um item sobre a prisão do seu marido, em maio. Pode relatar o que aconteceu naquele dia e desde logo?

No dia 30 de maio, meu marido, Farid, foi violentamente retido no meio de Baku [capital do país] por policiais à paisana. Eles colocaram um saco na cabeça dele e, mais tarde naquele dia, um grupo de policiais fez uma procura no nosso apartamento, confiscando o equipamento dele.

Farid foi levado para o principal departamento de polícia da cidade, onde foi interrogado por dois dias antes de o tribunal sentenciá-lo a quatro meses de prisão preventiva. Ele foi denunciado de contrabando, em conexão com o caso da Abzas Media, mas não apresentaram evidências para essa arguição [a Abzas Media já declarou que Farid não tinha qualquer conexão com a organização]. Farid me contou, depois, que a prisão foi violenta, com ameaças e intimidações. 

Na idade, eu estava prenhe de cinco meses, e o estresse daquele dia foi insuportável. Desde logo, a prisão dele foi estendida para seis meses, e nossas vidas mudaram totalmente. Nós tivemos nossa filha durante esse período, mas Farid ainda não teve a chance de conhecê-la, perdendo esses primeiros meses preciosos da vida dela. Em agosto de 2024, adicionaram mais acusações, incluindo empreendimento ilícito, evasão fiscal, falsificação de documentos, o que estendeu a prisão até dezembro.

Você já falou sobre o trabalho crítico do Farid e os comentários públicos dele sobre a obediência do Azerbaijão de combustíveis fósseis. Você acredita que isso estaria por trás da prisão dele?

Eu acredito que a detenção dele foi motivada por vários fatores, um deles é a sátira pública que ele fazia sobre as políticas econômicas do Azerbaijão. Ele sempre alertou que a poderoso obediência de combustíveis fósseis representa sérios riscos para as pessoas e para o meio envolvente.

Farid dizia que essa abordagem é insustentável, não só porque contribui para a degradação ambiental, mas porque torna a população mais vulnerável à pobreza. Ele falava das secas crescentes impactando a nossa região, enfatizando uma vez que elas ameaçam a lavoura, reduzem a produtividade, aumentam a instabilidade cevar.

As críticas dele questionam os fundamentos da abordagem do governo, fazendo com o que o trabalho dele seja inerentemente perigoso no clima político atual. 

O caso dele não é solitário. Porquê era a relação do governo com o jornalismo independente e com o ativismo climatológico e de direitos humanos há alguns anos detrás, antes do Azerbaijão ser anunciado uma vez que anfitrião da COP29? E uma vez que você vê a influência da conferência nessa relação?

A restrição de vozes independentes não é novidade. Desde 2013, o governo do Azerbaijão mantém uma postura dura contra o jornalismo independente e o ativismo. Ao longo da última dez, muitos veículos de notícia foram forçados a fechar suas redações em Baku, enfrentando ações na Justiça e outras formas de intimidação.

A Radio Liberty, organização com a qual o Farid colabora, agora opera no exílio. Jornalistas e ativistas que falam de questões críticas – principalmente aquelas relacionadas a preocupações ambientais ou direitos humanos – são muito pressionados. O caso do Farid é emblemático de uma repressão maior contra vozes independentes. 

Você pesquisa direitos das mulheres no Azerbaijão. Eu assisti a uma entrevista sua de quatro anos detrás sobre uma série de feminicídios e abusos contra mulheres no país. Alguma coisa mudou nesses últimos anos? Qual a situação hoje?

Existe uma dinâmica similar no caso dos direitos das mulheres, e, infelizmente, pouca coisa mudou nos últimos anos. As autoridades no Azerbaijão demonstram pouca preocupação com a segurança das mulheres, e o nosso sistema jurídico não é estruturado para estribar as vítimas de forma efetiva.

Ainda existem lacunas significativas na legislação que deixam as mulheres vulneráveis. Por exemplo, feminicídio não é reconhecido uma vez que um delito exímio [diferente de homicídio], as autoridades não reconhecem sua natureza de gênero, o que obscurece a graduação e o impacto do problema.

Assim, o número de vítimas continua cume, mas medidas de proteção não são implementadas. A falta de ação do governo sobre o objecto reflete um padrão mais largo de desrespeito aos direitos humanos e à segurança. 

Você escreveu que o Azerbaijão é comumente descrito uma vez que um “Estado rentista”. Em que aspectos?

A obediência estrutural do Azerbaijão de recursos naturais, particularmente petróleo e gás, é um traço símbolo da economia e da governança. A economia do Azerbaijão depende da receita da venda externa de recursos, e não de atividades produtivas dentro do país. Essa obediência molda a economia de várias maneiras. 

Primeiro, a firmeza econômica é vulnerável às flutuações nos mercados de força, já que a maior segmento da nossa receita se deve às exportações de petróleo e gás. A diversificação econômica é limitada, o que faz com que o país seja muito suscetível a crises quando os preços desses mercados caem. 

E há muitas consequências ambientais e sociais desse padrão. A extração de recursos já levou a uma degradação ambiental significativa, incluindo poluição do ar e da chuva, com impactos negativos para a saúde e lavoura. Ao focar na riqueza dos combustíveis fósseis, o governo tem desviado a atenção de necessidades sociais, uma vez que instrução, saúde e infraestrutura.

É nesse sentido que o Azerbaijão exemplifica as características de um Estado rentista, em que os sistemas político e econômico são moldados principalmente pela riqueza de recursos em vez de pelo prolongamento sustentável e inclusivo. 

Os países que vão participar da COP29 se manifestaram pouco sobre a repressão no Azerbaijão, com exceção do Parlamento Europeu, que aprovou uma solução em outubro condenando as violações de direitos humanos. É o suficiente?

Só isso não é o suficiente. A comunidade internacional precisa fazer mais para prometer que os direitos humanos sejam priorizados junto com os objetivos ambientais.

Direitos humanos não são exclusivamente uma questão periférica – eles são fundamentais para alcançarmos uma resposta significativa e justa para a crise climática. Esforços internacionais mais fortes e coordenados são necessários para tornar esse alinhamento uma verdade, principalmente com o Azerbaijão sediando a COP29.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Copyright © All rights reserved. | Newsphere by AF themes.