O duelo da revitalização
3 min readJorge Simões
Vereador em substituição CDS/PSD/IL
A Covilhã enfrenta um duelo demográfico significativo, com a perda de 3.617 residentes entre 2013 e 2023, uma redução de 7,24%. Levante declínio é mais acentuado do que nos concelhos vizinhos, uma vez que Forte Branco (-3,78%), Fundão (-3,65%) e Guarda (-4,81%).
O executivo socialista que governa o nosso município, ao invés de ver esta perda uma vez que uma fatalidade, deveria encará-la uma vez que um duelo que exige um diagnóstico preciso e ações estratégicas. A falta de uma estratégia focada em zonas críticas e nas condições de vida atuais agravaram a situação.
O envelhecimento da população e a êxodo dos jovens em procura de trabalho são realidades que precisam ser enfrentadas. A exiguidade de infraestruturas adequadas compromete a qualidade de vida, tornando urgente a realização de investimentos públicos estruturais, estagnados nos últimos 11 anos. O planeamento urbano, regido por um PDM de 1999, resulta em áreas onde a demanda por habitação supera a oferta, elevando os preços e dificultando o chegada à habitação. Para virar a perda populacional, é importante envolver a comunidade na tomada de decisões. As escolhas devem refletir as necessidades e desejos dos cidadãos, garantindo a inclusão de diferentes grupos sociais. Incentivos para fixar novos residentes, uma vez que benefícios fiscais, incentivos à natalidade, apoios ao estudo e aos jovens, habitação, trabalho, transportes e base a seniores, são fundamentais.
A Covilhã tem o potencial de virar a tendência de perda populacional, mas isso requer uma liderança comprometida e uma abordagem integrada que envolva todos os setores da sociedade. Transformar desafios em oportunidades é a chave para um porvir próspero e sustentável para o concelho. Sem um diagnóstico preciso, não há ações estratégicas. O investimento em infraestruturas é vital para o desenvolvimento sustentável de qualquer concelho. Nos últimos 11 anos, a gestão socialista não conseguiu evitar a perda de 3.617 residentes, uma redução de 7,24%. Outrossim, o rendimento líquido médio na Covilhã em 2022 foi de 10.173€, subordinado ao de Forte Branco (10.925€) e Guarda (11.109€). Porquê?
Pouco ou zero foi feito em termos de novas infraestruturas viárias, uma vez que estradas e ciclovias, que facilitam a mobilidade e atraem investimentos. Serviços públicos de qualidade em saúde, ensino e transporte são essenciais para atrair novas famílias e profissionais. Multíplice desportivo, piscinas, mercado municipal, espaços verdes e áreas de lazer tornam o concelho mais atrativo. Programas de habitação alcançável, com restauração de edifícios antigos e construção de novas habitações, são cruciais para atrair jovens e famílias. Investir em ensino de qualidade, desde creches até o ensino superior, é fundamental. Facilitar a integração de imigrantes, reconhecendo suas contribuições e oferecendo base linguístico, serviços de saúde e assistência social, é crucial. Melhorias no sistema de chuva e saneamento são vitais para a saúde pública e o bem-estar da população. Melhorar a infraestrutura do dedo, uma vez que a internet de subida velocidade, é importante para o desenvolvimento parcimonioso e a inclusão do dedo.
Sem diagnósticos nem ações estratégicas, pouco foi feito para contrariar a perda populacional. Não foi uma fatalidade! Mas uma oportunidade perdida!
Natividade: https://noticiasdacovilha.pt/o-desafio-da-revitalizacao/