Bombeiros querem mais voluntários em Belmonte
3 min read“Umas horas da tua vida por uma vida inteira”. É nascente o slogan, disseminado nas redes sociais, e em cartazes espalhados na vila, da campanha de angariação de novos voluntários que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Belmonte, em colaboração com o município, está a levar a cabo.
A corporação está a “estrebuchar” em todas as idades, desde infantes (6 aos 13 anos) até aos estagiários (a partir dos 17 anos) de modo a conseguir substanciar o seu efetivo que, segundo explicações dadas pelo comando ao NC, é deficitário. Apesar de ter um quadro de pessoal homologado pela Poder Pátrio de Emergência e Proteção Social (ANEPC) para 89 bombeiros, a corporação nunca atingiu esse número, teve um “pico” há murado de 12 anos, com 65 bombeiros voluntários, mas hoje tem exclusivamente 45.
“Atualmente, o corpo de bombeiros, fruto do aumento de serviço que praticamente se verifica a cada ano, está sujeito a um número de horas de serviço (nomeadamente cumprindo piquetes, a partir do quartel) que acaba por ser bastante significativo. E quando falamos destes bombeiros voluntários, é importante perceber-se que todas estas pessoas são o garante daquilo que é a primeira mediação, o base e o socorro de maior proximidade em vários períodos ao longo de todas as semanas do ano” explica o comando da corporação.
A mesma manadeira exemplifica que, em Belmonte, “o INEM são os bombeiros”, que socorrem sinistrados ou combatem qualquer tipo de incêndio, lembrando que esta entidade do Ministério da Saúde entrega, aos bombeiros belmontenses, murado de milénio emergências por ano, “e a resposta deve ser ao minuto. São, em média, três pedidos de socorro a cada 24 horas, sem hora marcada, às vezes simultâneos, e para lá de todas as outras atividades” conta. “Tudo isto só é verosímil e só funciona porque há bombeiros voluntários todos os dias” explica, lembrando que apesar de existirem equipas permanentes, todo o socorro prestado aos domingos e feriados, ou durante todas as noites do ano, é reservado por voluntários. “Voluntários a 200 %, que se revezam entre si, de modo a que haja sempre equipas disponíveis para responder às necessidades mais urgentes da população” frisa.
O comando belmontense garante que os voluntários são “absolutamente imprescindíveis à segurança da comunidade” e que a experiência de ser voluntário “continua a ser um pouco de incrível e inolvidável, e isso pode ser certamente comprovado por todos aqueles que já vestiram ou vestem o uniforme de bombeiro. Os bombeiros voluntários, mesmo que muitos, nunca serão demais” garante.
Num dos vídeos colocados a circunvalar na página da corporação, na rede social Facebook, o comandante, Luís Roble, diz que esta campanha tem por objetivo chegar “a todos e todas os que se identifiquem com a nossa missão.”
Mafalda Cruz, 17 anos, passou pelas escolas de infantes e cadetes, e agora iniciou o curso para se tornar oficialmente bombeira. “É um paladar que vem de pequena. Palato de socorrer as pessoas que necessitam no momento. Está a ser ótimo. Posso fazer o que mais paladar, que é ajudar” garante.
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