Hospitalização domiciliária reativada na Cova da Beira
3 min readO serviço de hospitalização domiciliária vai ser retomado no primeiro trimestre de 2025, informou hoje o novo gestor da Unidade Sítio de Saúde (ULS) da Cova da Extremo, João Marques Gomes.
Segundo o responsável, a hospitalização domiciliária vai inaugurar a funcionar com dez camas e uma equipa multidisciplinar, que fará as visitas a moradia dos utentes e lhes vai proporcionar os mesmos cuidados uma vez que se estivessem internados.
A hospitalização domiciliária foi implementada em 2019, foi suspensa aquando da pandemia provocada pela covid-19 e o programa vai agora ser reativado na extensão de influência da ULS, os concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte.
O gestor da ULS frisou que as dez camas numa período inicial são o “mínimo olímpico”, mas que existe “muita desejo” e que a intenção é evoluir e, “a prazo, a teoria é transferir recursos para uma atividade regular normal que estariam dentro do hospital para moradia”, depois de observar uma vez que a operação “corre no terreno”.
De harmonia com João Marques Gomes, são passíveis de hospitalização domiciliária pessoas com todos os diagnósticos e, dependendo “das severidades”, é medido caso a caso com a equipa.
Para que tal aconteça, o utente tem de reunir em moradia as condições necessárias, nomeadamente físicas.
“Se a pessoa não tiver condições para ter hospitalização em moradia, não a faz”, vincou.
João Marques Gomes sublinhou que esta é uma medida vantajosa para o utente que dela beneficiar, ao poder restabelecer em moradia, com a mesma assistência, e para o prestador de cuidados de saúde, que liberta camas no hospital e essa capacidade pode ser aproveitada “numa lógica de combater as listas de espera cirúrgicas”.
“A hospitalização domiciliária é uma maneira de termos um hospital com mais camas, de termos um hospital maior, sem construirmos um hospital maior”, ilustrou o gestor, no função desde o final de outubro.
Outra das vantagens para o utente passa por minimizar possíveis implicações de um internamento, uma vez que o conforto, o potencial de infeção hospitalar ou perda de tamanho muscular.
O presidente do juízo de governo da ULS da Cova da Extremo reforçou que 70% dos doentes internados no hospital são de severidade 1 e 2, o que significa que pelo menos esses 70%, além dos utentes que evoluem favoravelmente, “não precisam estar internados no hospital”, se reunirem as condições em moradia para aí poderem restabelecer, e “podem ir mais cedo para moradia”, com o devido seguimento.
“O que é importante é que os cuidados que recebe no hospital, receba em moradia”, acrescentou.
À margem do seminário sobre Saúde Do dedo e Telesaúde, no Hospital Pero da Covilhã, João Marques Gomes informou que os centros de saúde da Covilhã, Belmonte e Fundão, que já estavam abertos ao sábado, para reforço da vacinação, vão ter o horário alargado.
A partir de 02 de janeiro essas três unidades vão funcionar ao sábado entre as 08:00 e as 20:00, uma das medidas do projecto de contingência para combater o previsível aumento de procura dos serviços durante o inverno.
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