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Vala de Perus: exame de DNA corrige identificação de desaparecido anunciada em 1991 - Mundo News
19 de Abril, 2025

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Vala de Perus: exame de DNA corrige identificação de desaparecido anunciada em 1991

7 min read
Além da correta confirmação da ossada de Dênis Casemiro, o marinheiro Grenaldo de Jesus da Silva...

Para o Estado brasílio e a família do pedreiro e militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) Dênis Casemiro, morto sob tortura, aos 28 anos, por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) comandados pelo mandatário Sérgio Paranhos Fleury, em maio de 1971, seus sobras mortais haviam sido os primeiros a serem identificados depois a brecha da Vala Clandestina de Perus, em setembro de 1990. O enterro digno ocorreu em 13 de agosto de 1991, em Votuporanga (SP), terreno natal dos Casemiro.

Porém, a identificação realizada há 34 anos por legistas da Unicamp, por meio da técnica de sobreposição fotográfica (na qual imagens do rosto da pessoa com vida são sobrepostas as imagens do crânio) estava errada e acabou corrigida por uma série de novos exames realizados pelo Projeto Perus, parceria entre o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a Universidade Federalista de São Paulo (Unifesp) e a Prefeitura de São Paulo, e executada pelo Meio de Antropologia e Arqueologia e Judicial (CAAF/Unifesp) e a Percentagem Próprio sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP).

Por que isso importa

  • A Vala Clandestina de Perus, localizada há 35 anos em São Paulo, é um delito não encerrado da ditadura militar. Com as novas descobertas, que não ocorriam desde 2018, já são seis os militantes políticos reconhecidos 

No CAAF, os sobras mortais que agora se confirmaram uma vez que pertencentes a Dênis Casemiro foram submetidos, nos últimos anos, a três tipos distintos de análises: na presença de mortem (os sobras mortais são comparados com imagens da pessoa quando viva e outros elementos de identificação, uma vez que fundura, peso etc); post mortem (quando os ossos são comparados com o laudo do IML, fotos do corpo, etc) e o principal, a identificação genética, na qual é tirado DNA a partir de uma fração dos sobras mortais e cruzados com material genético (sangue, por exemplo) de parentes de primeiro intensidade do morto.

Esse trabalho é realizado pelo CAAF, coordenado pelo professor Edson Teles, que retomou os trabalhos de identificação dos sobras mortais da Vala de Perus, depois o trabalho ser praticamente paralisado e a CEMDP extinta no governo Jair Bolsonaro. A recriação da percentagem pelo governo Lula 3, no ano pretérito, possibilitou a retomada das novas identificações. É a CEMDP, presidida pela procuradora regional da República Eugênia Augusta Gonzaga, que coordena as buscas e identificações no Brasil uma vez que um todo.

O trabalho de conferência das mais de 1000 ossadas encontradas na Vala de Perus com o DNA de familiares de desaparecidos políticos é um trabalho que já está 80% concluído, segundo Eugênia. As checagens são constantes e, ao confrontar o material genético de uma ossada de Perus com o DNA da família Casemiro, houve similaridade próxima de 100% entre o material genético da ossada e o colhido de um familiar da vítima.

A Vala Clandestina de Perus, localizada há 35 anos em São Paulo, é um delito não encerrado da ditadura militar

“Isso aconteceu, eu acho, em 2021, 2022, ainda durante o governo Bolsonaro. A sorte é que tinha um processo correndo, com juiz e procuradora acompanhando. E portanto o governo, o Ministério de Direitos Humanos, concordou em fazer essa exumação (da ossada enterrada uma vez que Dênis em Votuporanga)”, contou Eugênia à Dependência Pública. O processo ocorreu com a autorização da família Casemiro.

A ossada de Dênis foi exumada porque, na identificação realizada em 1991, ainda não existiam exames de DNA. Seu irmão, Dimas Casemiro, que também foi assassinado pela ditadura um mês antes, em abril de 1971, estava enterrado no mesmo cemitério em Votuporanga. A identificação de Dimas ocorreu em 2018, quando os exames de DNA já estavam disponíveis.

A ossada até portanto atribuída a Dênis foi comparada ao DNA da família Casemiro e o resultado foi que a ossada sepultada em Votuporanga desde 1991 não era de um membro daquela família, anulando a identificação feita anteriormente.

Segundo Eugênia, o processo da correta identificação de Dênis contou ainda com o inventiva de uma marca de tiro nos ossos das costelas do conjunto de ossadas identificadas uma vez que os do militante morto, lesão que bate com as sofridas pela vítima à era.

A novidade e correta identificação de Dênis Casemiro e a identificação do navegador maranhense Grenaldo de Jesus da Silva, assassinado aos 31 anos, em 1972, ao sequestrar um avião no aeroporto de Congonhas para tentar fugir do país, são as primeiras concluídas com resultado positivo em sobras mortais de vítimas enterradas na Vala de Perus desde 2018, ano em que o CAAF e a CEMDP identificaram Dimas e o sindicalista Aloísio Palhano.

Com a identificação de Dênis e Grenaldo, já são seis os militantes políticos reconhecidos cujos sobras mortais foram depositados de forma irregular na Vala de Perus. Integram a lista Frederico Eduardo Mayr (identificado em 1992), Flávio Roble Molina (2005) e Dimas e Aloísio (2018). O proclamação solene, marcado para hoje (16), às 11h, na Unifesp, em São Paulo, ocorre três semanas depois de o Estado Brasílio ter pedido desculpas pela negligência com as identificações da Vala de Perus.

Há três semanas, o Estado brasílio reconheceu a negligência com ossadas da vala de Perus; o proclamação foi realizado pela Ministra Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos

Para Edson Teles, porém, o erro na identificação da ossada que se supunha ser a de Dênis, em 1991, não é fruto de negligência, mas de limitação técnica. “A técnica da sobreposição da foto do tipo e a imagem do crânio, e outras informações obtidas em investigações preliminares e forenses, era o que havia de técnica provável naquele momento. É evidente que hoje nós temos aproximação ao uso da conferência genética entre o DNA de familiares e o DNA do material esqueletizado, e isso permite portanto darmos com mais certeza o resultado final, o que possibilitou a revisão dos resultados”, afirmou o coordenador do CAAF à Pública.

Segundo a presidente da CEMDP, as famílias de Dênis e Grenaldo já foram informadas sobre as identificações. Os sobras mortais sepultados uma vez que se fossem de Dênis em Votuporanga integram o ror do projeto Perus e até agora não batem com as amostras de DNA de familiares de desaparecidos disponíveis atualmente no banco genético criado para essa finalidade.

Teles acredita que novas identificações neste contexto de recentes ataques às instituições democráticas reforçam a resguardo do regime democrático e “têm uma relevância enorme”.

“Elas nos permitem revisitar essas histórias. Ao revisitá-las, nós podemos apresentar as evidências de que essas pessoas não passaram pelas narrativas que a ditadura contava sobre elas, de suicídio ou troada no meio da rua. Ao contrário, fica factível que elas foram torturadas, executadas e tiveram seus corpos desaparecidos voluntariamente pelos agentes de segurança”, afirmou.

Laudos falsos e enterros em Perus

Tanto Dênis Casemiro, uma vez que Grenaldo de Jesus da Silva foram mortos por agentes de Estado, tiveram os laudos falsificados no IML e foram enterrados uma vez que indigentes em Perus, apesar de os responsáveis por suas mortes saberem a identidade de ambos.

Segundo perfeito pela CEMDP e pela Percentagem Vernáculo da Verdade, Dênis foi recluso em abril de 1971 por uma equipe do DOPS, comandada pelo mandatário Fleury. Torturado por um mês nas masmorras da delegacia, em São Paulo, não sobreviveu às violências sofridas.

Documentos do DOPS indicam que Casemiro foi baleado várias vezes ao tentar fugir da prisão, tendo sido encontrado hospitalizado em Ubatuba, no litoral de São Paulo, no dia seguinte. Levado o mais rápido provável pelos agentes para o Hospital das Clínicas, teria morrido no caminho. O laudo do IML corroborou essa versão, mas ignorou diversas marcas de tortura no corpo da vítima.

Grenaldo de Jesus Silva ingressou na Marinha em 1960, aos 18 anos, e tomou secção da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), que lutava por melhores soldos para marinheiros, soldados e cabos da força. O movimento foi pronunciado proibido logo depois o golpe de 64 e Silva foi um dos 414 marinheiros presos. Ele conseguiu fugir da masmorra e passou a viver na clandestinidade em São Paulo.

Em 30 de maio de 1972, Grenaldo afirmou à esposa que não se sentia seguro na requisito de furtivo, escreveu uma epístola revelando sua requisito e tomou a atitude extrema de sequestrar um avião da Varig no aeroporto de Congonhas. O avião foi circunvalado por policiais que passaram a negociar a situação, Grenaldo liberou os passageiros e, segundo a versão solene, ao perceber que não conseguiria fugir se matou com um tiro na cabeça

Laudo pericial realizado pela polícia de São Paulo e o laudo de necrópsia mantiveram essa versão até 2003, quando uma reportagem da revista Idade localizou o controlador de vôo de serviço no dia do sequestro e um mecânico da Varig que estava no avião. O controlador afirma que Grenaldo levava na camisa uma epístola dizendo que queria ir para o Uruguai, pois não conseguia trabalhar devido à falta de documentos e que, depois, mandaria buscar a mulher e o fruto. Sob a epístola, foi vista uma marca de tiro no peito da vítima. O mecânico de vôo, por sua vez, disse que foi forçado a endossar a versão de suicídio e que o tiro sofrido pelo navegador havia sido na nuca. Apesar da identidade conhecida das autoridades, a vítima também foi enterrada uma vez que indigente em Perus.

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