AD ganha Beira Interior

A Federação Democrática (AD), coligação entre PSD e CDS/PP, foi na Extremidade Interno, tal uma vez que no resto do País, a grande vencedora das eleições legislativas do pretérito domingo, 17, marcadas por uma enorme subida do Chega que elegeu o mesmo número de deputados que o PS (grande derrotado da noite), quando ainda faltam apurar os deputados eleitos fora do território pátrio.

Nos 25 municípios que constituem os distritos de Guarda (14) e Fortaleza Branco (11), a coligação liderada por Luís Montenegro só não ganhou em cinco concelhos, onde quem ganhou foi o PS: Manteigas (Guarda), Belmonte, Covilhã, Idanha-a-Novidade e Vila Velha de Ródão (C. Branco).

Em relação às eleições realizadas há muro de um ano, na Guarda o cenário, no que diz saudação à eleição de deputados por aquele círculo eleitoral, ficou na mesma. Ou sejam, apesar da vitória da AD, oriente só consegue seleccionar Dulcineia Moura, tal uma vez que fizera em 2024, e a secretaria de mandatos faz-se com o PS (Aida Roble) e Chega (Nuno Simões de Melo). Já no província de Fortaleza Branco, há uma mudança. Se no ano pretérito o PS elegera dois deputados, contra um da AD e outro do Chega, desta vez a AD “rouba” um ao PS. Ou seja, eleitos pela AD dois (Pedro Reis e Ricardo Aires), pelo PS um (Nuno Rancho repete eleição) e pelo partido de André Ventura, também um (João Ribeiro também repete presença no Parlamento). Em solo albicastrense, o IL é a quarta força mais votada, e no da Guarda, é o ADN.

Em Fortaleza Branco, face a 2024, a continência cresce. Naquele ano, votaram 66,19% dos eleitores (108 milénio 268 num universo de 163 milénio 578 inscritos), e agora, 64,02% (104.076 votantes). Na Guarda, a percentagem de eleitores também baixa dos 60,17 para os 58,51%.  Houve locais em que a subida do Chega se fez sentir, conseguindo ser a segunda força mais votada, nomeadamente em Fortaleza Branco, Idanha-a-Novidade e Vila de Rei, no província albicastrense, e Sabugal e Aguiar da Extremidade (Guarda).

No concelho da Covilhã, o PS ganhou, com 36,32% dos votos (10.083), contra os 26,76% da AD (7430 votos) e 18,97% do Chega (5266). A CDU foi a quarta força mais votada, seguida do Livre. O PS venceu em 18 das 21 freguesias, sendo que a AD conseguiu mais votos que a concorrência no Dominguiso e Peraboa, e, no Paul, quem ganhou foi o Chega.

De referir que Fortaleza Branco voltou a ser, em termos percentuais, o província onde o PS teve mais frase, um pouco que não foi esquecido pelo deputado eleito pelo Chega, João Ribeiro, que disse que o província “mais socialista do País virou à direita”.

Dos outros eleitos pelo província de Fortaleza Branco, Pedro Reis, da AD, lembrou à Rádio Covilhã que apesar da poderoso presença socialista no território percebeu que havia uma boa início à mensagem da coligação, que se transformou em votos, “o que é um bom sinal”. Já Ricardo Aires, autarca de Vila de Rei, que suspendera o procuração para integrar lista da AD, afirmou que a vitória do partido mostra que o País “não queria eleições”. O covilhanense Nuno Rancho, que repete a presença na Parlamento da República, promete honrar o procuração e “respeitar o voto soberano do povo”.

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