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Aprendizes de guardiões da saúde - Mundo News
22 de Fevereiro, 2025

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Aprendizes de guardiões da saúde

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Na ULS da Cova da Beira há cinco farmacêuticos a fazerem a especialidade em farmácia hospitalar e duas em análises clínicas, num percurso equivalente ao internato...

Moldar terapêuticas e ajustar dosagens, para reduzir a possibilidade de errar no tratamento, ou investigar amostras biológicas para ajudar a diagnosticar doenças e guiar o médico no tratamento mais preciso são tarefas dos farmacêuticos em envolvente hospitalar. Um trabalho maioritariamente invisível aos olhos do público, mas precípuo nas dinâmicas de um hospital.

Na Unidade Lugar de Saúde (ULS) da Cova da Orla há 14 farmacêuticos especialistas, um número insuficiente para as necessidades, mas há mais sete num processo formativo que dura quatro anos, cinco em farmácia hospitalar e duas em análises clínicas. São os residentes farmacêuticos, o equivalente aos internos de medicina, que fazem um trajectória evolutivo e tutelado.

“A residência farmacêutica é o período formativo pós-graduado necessário em Portugal para se tornar técnico nestas áreas e para trenar em envolvente hospitalar”, explica João Ribeiro, técnico na ULSCB e presidente do recomendação da especialidade em farmácia hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos.

Sentado a uma secretaria na superfície de ambulatório, onde doentes com patologia crónica vão com periodicidade buscar a medicação e ter consultas farmacêuticas, Diego Pettonosso, 28 anos, formou-se no Porto, trabalhava em Lisboa na venda ao público, numa farmácia, e escolheu a Covilhã porque procurava “uma mudança de estilo de vida”, numa cidade mais pequena, para voltar a estudar e fazer a especialidade, para progredir na curso.

Nascido em São Paulo, no Brasil, sempre gostou de saúde e de química e foi em Ciências Farmacêuticas, um curso “muito abrangente”, que encontrou a rota para o horizonte.

Há poucos dias ao serviço, vê a ingressão no Hospital da Covilhã uma vez que “uma oportunidade de mudança” e “é em envolvente hospitalar” que se imagina a trabalhar.

Cá, vai iniciar a tratar dos processos logísticos do medicamento, da contratação pública, compra de medicamentos, a armazenar, organizá-los e distribuí-los dentro do hospital, depois a envolver-se nas equipas clínicas, para participar na decisão terapia, que medicação usar e uma vez que, que dosagem, verificar e validar prescrições médicas, antes de serem administradas pela enfermagem. Um caminho progressivo e escoltado, de quatro anos.

Os médicos fazem o doseamento, os farmacêuticos o ajuste. Propõem o expansão do pausa da medicação, a subtracção da dosagem, para que o medicamento esteja sempre dentro do nível terapêutico, mas nunca do nível tóxico, pormenoriza João Ribeiro. O médico pode admitir ou não a sugestão, mas compete aos farmacêuticos preparar a medicação e enviá-la para os serviços.

Com a escassez temporária de alguns profissionais, a ULS está “absolutamente fragilizada” no número de especialistas e não é fácil preencher as vagas que vão abrindo. “Não há especialistas e os que há neste momento estão todos a trabalhar”, vinca João Ribeiro, que vê na formação de residentes a via para substanciar o número de farmacêuticos no Serviço Vernáculo de Saúde.

Na sala de validação, onde se olha para o preço dos medicamentos, Beatriz Xavier, proveniente da Covilhã, no primeiro ano da residência, e Patrícia Ramalha, do Fundão, no segundo ano de formação da especialidade, fazem secção dessa equipa de orientandos, que se espera venham no horizonte a colmatar as necessidades.

“A ingressão massiva de residentes vai dar frutos no horizonte. Nós precisamos muito de especialistas”, refere João Ribeiro.

A existência do curso de Ciências Farmacêuticas na Universidade da Orla Interno acaba por ter uma relação à procura de vagas nacionais que abrem na ULS Cova da Orla, uma vez que vários residentes e especialistas são formados na UBI.

De roupão, luvas e junto aos equipamentos onde se fazem hemogramas, análises bioquímicas, estudo da distribuição nas células sanguíneas ou narração de células, Joana Gamboa, 27 anos, proveniente de Peraboa, é um desses casos. Trabalhava numa farmácia comunitária no Ferro, tirou o curso na UBI, queria testar uma superfície novidade e a ULS Cova da Orla foi a primeira opção quando fez a prova de ingresso da Governo Mediano do Sistema de Saúde. O fator morada pesou, mas também ser um hospital com o qual estava familiarizada e onde “os serviços estão interligados”.

Joana Morais, 31 anos, é a outra farmacêutica residente em análises clínicas, uma vertente com menos procura. Está no terceiro ano e a Covilhã é “uma mais-valia” pela proximidade com a Guarda, de onde é proveniente, além de ser “um hospital do interno que tem muitas valências, uma vez que a medicina reprodutiva”.

Estudou em Salamanca, em Coimbra, fez uma graduação em toxicologia clínica, era técnica superior na ULS Guarda e candidatou-se à residência farmacêutica para evoluir na curso. No laboratório trata das amostras com pedidos de análises, garante que os equipamentos estão calibrados, que a exemplar é íntegra, decifra sinais ocultos na urina, no sangue, nos tecidos, para ajudar a diagnosticar doenças e guiar os médicos no tratamento mais preciso.

“Temos de dar ao médico o resultado mais credível, que corresponde à verdade, porque toma decisões clínicas em função dos resultados que lhes enviamos”, menciona Joana Morais, subida, de roupão branca, credencial ao peito e, entre equipamentos alinhados, é uma decifradora de enigmas à graduação microscópica, à medida que analisa cada pedaço de material biológico à espera de ser lido e trazido da invisibilidade para um planta de dados concretos.

Outra tarefa é conversar, quando detetados, valores críticos, que poem em risco a vida do doente, para que sejam tomadas decisões e medidas.

Anualmente entram nos hospitais tapume de 140 residentes. Desde 2023, quando a ULS Cova da Orla passou a ter idoneidade para as especialidades de análises clínicas e de farmácia hospitalar, tem havido sempre candidatos. Segundo Olímpia Fonseca, diretora do serviço, neste momento as vagas estão ajustadas à verdade, tendo em conta que é necessário orientar.

Os especialistas no serviço farmacêutico são dez e quatro no laboratório de análises clínicas. Poucos para tudo o que se ambiciona fazer.

Segundo João Ribeiro, é necessário pelo menos mais um farmacêutico para cada núcleo de saúde da ULS, para poderem ser feitas consultas farmacêuticas e trabalhar a prevenção, abraçar a superfície clínica. Fazer consultas de récipe e de reconciliação terapia, tendo em conta a população envelhecida, muitas vezes a tomar muita medicação. Ter um farmacêutico de família. Uma superfície que poderia libertar médicos.

“Mas há muito aliás. Para substanciar a nossa traço de produção temos de ter mais farmacêuticos especialistas e mais técnicos”, preconiza João Ribeiro, segundo o qual a ULS Cova da Orla “tem uma cultura muito grande de segurança” e os profissionais da superfície garantem que “os medicamentos chegam em condições” e garantem “crédito no giro da distribuição”.

O técnico frisa que a experiência lhe diz que o seguimento de especialistas farmacêuticos nos hospitais tem uma relação direta com a adequação dos medicamentos. “Nunca se consegue atingir a taxa de erro zero, mas, não havendo farmacêuticos, a taxa de erro de medicação é muito, muito superior”, salienta.

De passagem pela câmara frigorífica e pela sala de preparação de citotóxicos, João Ribeiro para na zona onde se veem justificações individuais, para autorização prévia da Percentagem de Farmácia para a compra de medicação, uma vez que nem tudo o que está autorizado para uso é financiado e é necessário pôr tudo em equação.

Por mês, a despesa da ULS com medicamentos é de 1,2 milhões de euros e há tratamentos dispendiosos.

O mais dispendioso, para o tratamento de um tipo de mieloma, implica um investimento de 23 milénio euros no primeiro e outro tanto no segundo ciclo. O tratamento da hepatite C, entre um a três meses, custa ao SNS seis milénio euros. Um doente com esclerose toma medicamentos no valor mensal entre três e quatro milénio euros.

As prescrições médicas devem ser previamente verificadas por um farmacêutico técnico no hospital, transformando cada ração num passo seguro no tratamento. No laboratório, os analistas tentam revelar patologias, permitindo que os médicos escrevam o próximo capítulo da terapia.

Enquanto os primeiros ajustam a medicação, os segundos desvendam a doença, dois processos no compromisso com a saúde, que sete farmacêuticos residentes abraçaram na Covilhã.

O teor Aprendizes de guardiões da saúde aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.

Natividade: https://noticiasdacovilha.pt/aprendizes-de-guardioes-da-saude/

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