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Brasileiro tetraplégico internado há 25 anos volta a estudar com ajuda da tecnologia - Mundo News
11 de Agosto, 2025

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Brasileiro tetraplégico internado há 25 anos volta a estudar com ajuda da tecnologia

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Internado há 25 anos no Hospital Dom Pedro II, na Zona Norte de São Paulo, o paulista Cleyton Cipriano Pinto, de 44 anos, acaba de retomar...

Tetraplégico,, Cleyton superou inúmeras dificuldade e conseguiu terminar a faculdade. Ele é um exemplo - Foto: arquivo pessoal

Internado há 25 anos no Hospital Dom Pedro II, na Zona Setentrião de São Paulo, o paulista Cleyton Cipriano Pinto, de 44 anos, acaba de retomar um sonho que parecia impossível: fazer faculdade. Tetraplégico desde 1999, ele recebeu um dispositivo privativo que permite controlar o computador unicamente com movimentos da cabeça e, junto com isso, ganhou uma bolsa integral para cursar graduação a intervalo.

O equipamento foi criado principalmente para ele pelo Laboratório de Inovações Acadêmicas, dentro do projeto Mãos Livres, do Programa EAD Social do Grupo Ser Educacional. A peça, encaixada na lateral dos óculos, tem sensores de movimento e proximidade, possibilitando movimentar o cursor e clicar sem usar as mãos.

Agora, com a tecnologia e a bolsa de estudos para o curso de empreendedorismo do dedo na Universidade Guarulhos, Cleyton começa uma novidade lanço da vida e prova que, mesmo depois décadas no hospital, a mandamento pode perfurar portas que pareciam trancadas para sempre.

Tecnologia que devolve autonomia

O dispositivo foi produzido em três meses e impresso em 3D. Ele permite que Cleyton navegue, escreva e se comunique sem precisar da ajuda de outra pessoa para usar o computador. “Ter a oportunidade de ter um aparelho uma vez que esse é uma viradela de vida para um tetraplégico. É uma liberdade que só a tecnologia pode dar”, contou.

Para ele, mais do que estudar, o equipamento significa estar presente no mundo do dedo: falar com amigos, expor sentimentos e participar de videochamadas. O exegeta de inovação Rafael Pacheco Ferreira, responsável pelo desenvolvimento, explicou que o foco era fabricar um pouco conseguível, confortável e fácil de apropriar.

O projeto também quer inspirar outras pessoas com limitações físicas a voltarem a estudar. Segundo o CEO do Grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz, “a história de perseverança do Cleyton nos inspira e reforça nosso compromisso com a inclusão por meio da ensino”.

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A rotina 

A vida de Cleyton mudou drasticamente em 1999, quando foi baleado ao tentar desunir uma discussão. O tiro atingiu sua vértebra C5, causando a perda totalidade dos movimentos dos braços e pernas.

Ele chegou a permanecer alguns meses em lar, desvelo pela mãe e pela mana, mas decidiu ir para um hospital onde pudesse receber assistência contínua. Desde logo, vive no Hospital Dom Pedro II. Com o tempo, perdeu a mãe e passou a receber poucas visitas da família.

Para enfrentar a solidão e o tempo ocioso, Cleyton buscou nos estudos uma forma de manter a mente ativa e invadir autonomia. Ele improvisou adaptadores e usou até hastes de madeira para mexer no computador, sempre com o objetivo de aprender mais.

Conquistas

Mesmo com limitações físicas, Cleyton já realizou feitos impressionantes. Ele escreveu um livro autobiográfico letra por letra, usando um lápis recluso à boca — processo que levou mais de dez anos. Antes disso, chegou a cursar dois semestres de Recta e participou de uma aceleradora inclusiva de programação, mas precisou parar por questões de saúde e recursos.

Agora, seu foco é concluir a graduação e, no porvir, ter uma profissão que lhe permita custear o basta preço de viver com tetraplegia. “A vida de um tetraplégico custa em média de R$ 15 milénio a R$ 20 milénio por mês. Uma cadeira de rodas adequada pode chegar a R$ 20 milénio. É impossível com um salário mínimo”, disse.

Com o pedestal da tecnologia e da ensino, ele acredita estar mais perto de obter essa meta. “O que eu busco há anos é liberdade. E, com esse projeto, eu voltei a crer que ela é verosímil”, concluiu ao G1.

Cleyton Cipriano Pinto ficou tetraplégico em 1999 — Foto: Reprodução/Instagram Cleyton Cipriano Pinto ficou tetraplégico em 1999 — Foto: Reprodução/Instagram

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