Casos de violência sexual têm aumentado
4 min readA violência sexual, tanto a perpetrada contra adultos uma vez que contra crianças, tem vindo a aumentar e os casos são cada vez mais violentos. O número de vítimas desse tipo de violência na Cova da Extremidade é de 19% do totalidade e, no caso das crianças e jovens, a zero aumentou de 2% para 8%.
Os dados foram avançados na última sexta-feira, 22, no Salão Sublime da Câmara da Covilhã, pela cooperativa de mediação social Coolabora, que coordena a Rede Violência Zero e é responsável pelo Gabinete de Escora a Vítimas de Violência Doméstica e de Género que presta esse serviço nos concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte.
O Gabinete de Escora a Vítimas de Violência Doméstica e de Género da Cova da Extremidade acompanhou, oriente ano, 233 casos de adultos e 101 crianças e jovens, num totalidade de 334 pessoas.
Os números estão em traço com os do ano pretérito, mas regista-se um aumento das situações de violência física, sexual, de casos na tira entre os 18 e os 30 e nos idosos. As vítimas idosas representam 18% do totalidade.
Segundo a criminóloga Diana Silva, oriente ano o serviço prestou seguimento a 105 novos casos de vítimas adultas, 91% delas mulheres, em 40% das situações pessoas entre os 36 e os 55 anos, a tira etária com maior incidência.
Diana Silva informou que oriente ano foram feitos 1337 atendimentos, acrescentou que todas as vítimas são cândido de violência psicológica, que há um aumento de 30% na violência física, verificada em 71% dos casos, e que a violência sexual cresceu para perto dos 20%.
“Os casos são cada vez mais graves e para as vítimas a situação está cada vez mais danosa”, realçou a criminóloga, durante a apresentação do relatório deste ano até ao momento, numa protocolo que juntou as entidades parceiras da rede.
A diretora executiva da Coolabora, Perdão Rojo, acentuou que em 42% dos casos a violência é praticada em seguida o termo da relação de intimidade, o que demonstra que “quando termina a relação o transe cresce”, e em 36% durante a relação. A responsável sublinhou que 40% das vítimas coabitam com o invasor e, neste contexto, em 35% dos casos há filhos ou menores a incumbência expostos a episódios de violência.
No serviço especializado a crianças e jovens vítimas de violência doméstica, a Coolabora atendeu até outubro 101 pessoas com idades entre os três e os 18 anos, 32 casos novos oriente ano e os restantes que transitaram do ano anterior.
Nas crianças e jovens, adiantou a psicóloga Ana Raquel Bernardino, a violência psicológica manifesta-se em todos os casos, a violência física está presente em 27% das crianças e jovens acompanhados, o que significa um aumento, e a violência sexual subiu de 2% para 8% em vítimas menores.
No totalidade, foram feitos 805 atendimentos, a maioria entre os sete e os dez anos, mas têm chegado muitos pedidos para escoltar crianças entre os três e os seis anos.
Diana Silva destacou os frutos de um trabalho em rede e defendeu que a mediação tem de ser adequada à veras atual, por exemplo com mais visitas domiciliárias com as forças de segurança ou serviços de saúde.
A diretora executiva da Coolabora, Perdão Rojo, vincou que a violência doméstica e de género “não é pontual, é um problema estrutural da sociedade” e afeta todo o tipo de pessoas, “é absolutamente transversal”.
A responsável referiu que existe um peso da cultura patriarcal, o que “torna proveniente o que não devia ser”.
Perdão Rojo acrescentou que a esperança numa mudança de comportamento da pessoa que agride “cabo as pessoas” a uma “roda infernal” de episódios que vão terminar por se repetir e mantém as vítimas num “ciclo que não tem termo”.
A diretora executiva da cooperativa frisou que muitas mulheres têm dificuldade em transpor da relação porque existem filhos menores, uma vivenda partilhada, o peso da família e outros fatores que retardam a tomada de decisão de quebrar esse ciclo de violência.
“Não há desculpas para desresponsabilizar o invasor e culpar a vítima”, reforçou Perdão Rojo.
O representante da PSP, Luís Almeida, adiantou que a força de segurança na Covilhã registou 70 casos de violência, destacou a particularidade de 63 das denúncias terem sido feitas pelas próprias vítimas e ilustrou o que considerou ser a eficiência do trabalho em rede com a constatação de que a polícia registou “o mínimo histórico de reincidência”.
A Coolabora assinalou na tarde de segunda-feira o Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, com uma marcha entre o Jardim do Lago e a Rossio do Município.
O teor Casos de violência sexual têm aumentado aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.
Manadeira: https://noticiasdacovilha.pt/casos-de-violencia-sexual-tem-aumentado/