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De candidato a condenado: os detalhes incômodos da trajetória de Jair Bolsonaro - Mundo News
16 de Setembro, 2025

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De candidato a condenado: os detalhes incômodos da trajetória de Jair Bolsonaro

39 min read
O caminho que detalha de 2018 em diante a trajetória que culminou com os 27 anos...

Jair Messias Bolsonaro foi sentenciado por todos os crimes da trama golpista nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, segundo decisão da maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF).

A sentença de Bolsonaro foi atenuada considerando a idade avançada do ex-presidente. A elaboração dos 27 anos e 3 meses da sentença inclui 24 anos e 9 meses de reclusão, 2 anos e 6 meses de detenção e, ou por outra, o pagamento de 124 dias-multa. O valor da multa foi estabelecido em dois salários mínimos por cada dia-multa, o que representa um valor aproximado de R$ 376,4 milénio.Apesar da sentença subida, ainda resta a Bolsonaro alternativas legais e políticas para conseguir evitar a prisão, porquê mostrou a Pública.

O voto que formou a maioria foi de Cármen Lúcia, a única mulher da turma composta por cinco membros. Cristiano Zanin foi o último a votar. Com seu voto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros 7 réus estão condenados, por 4 votos a 1, pela trama golpista.

No início do seu voto, Cármen fez declarações porquê: “Nessa ação penal pulsa o Brasil que me dói”; “O 8 de janeiro não foi um ocorrência ordinário”; “Somente com democracia o país vale a pena”; “Arou-se um terreno social e político para semear o grão maligno da antidemocracia.” Além dela, que afirmou viver “prova cabal” de que Bolsonaro liderou a trama golpista, já haviam votado pela pena de Bolsonaro por todos os crimes imputados os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que durante o voto da ministra fizeram apartes com exibição de vídeos dos atos golpistas e invasão à sede dos Três Poderes. O voto último de Cristiano Zanin seguiu o entendimento do relator Alexandre de Moraes e dos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia.

O resultado isola o voto de Luiz Fux que considerou os 8 réus inocentes dos crimes apontados. Essa foi a avaliação do advogado criminalista Augusto Botelho em entrevista à Escritório Pública, ontem. O voto de Fux foi comemorado pela resguardo de Bolsonaro na quarta-feira, mas segundo a jurisprudência da Golpe, unicamente um voto dissonante não justificaria um embargo infringente. Luiz Fux proferiu o voto mais longo do julgamento — mais de onze horas — e foi o único divergente entre os demais.

Com a finalização do julgamento do núcleo 1, o chamado “crucial”, da trama golpista, ainda há mais de vinte acusados que ainda vão enfrentar julgamento do STF nos demais núcleos. Apesar disso, há quem tenha ficado de fora do processo e tenha passado ileso, até o momento, da decisão da Golpe, porquê pontuou a Pública.

Estar recluso, estar morto, ou a vitória

Mas para entender porquê chegamos até cá, é preciso voltar no tempo. Em 2021, a pena que agora se confirma foi refutada pelo ex-presidente Bolsonaro com uma certeza quase inabalável durante um evento em Goiânia com lideranças evangélicas. À quadra, Bolsonaro ergueu a voz para anunciar visões de seu horizonte: “Estar recluso, estar morto, ou a vitória”. Com uma persuasão quase palpável, Bolsonaro descartou a primeira opção. “Pode ter certeza de que a primeira selecção não existe.” E logo, porquê um ato de repto ao tramontana, declarou: “Deus me colocou cá, e somente Deus me tira daqui.”

Agora, esse mesmo tramontana ignorou as certezas retóricas do ex-capitão do tropa e sua profecia se materializa de maneira irônica, com a pena se afirmando porquê mais um capítulo fundamental da história brasileira recente.

A curso política de Bolsonaro começou efetivamente em 1988, quando conseguiu uma vaga na Câmara do Rio. Depois, vieram sete mandatos consecutivos porquê deputado federalista.

Em 2014, ele foi o mais votado no Rio de Janeiro na disputa pela Câmara Federalista, com mais de 460 milénio votos. Em seus mandatos parlamentares, era tratado porquê um personagem do inferior clero, sem grande sentença — e baseou sua atividade parlamentar na resguardo dos direitos dos militares ativos, inativos e pensionistas.

Ao longo de sua curso política, defendeu a redução da maioridade penal, o recta à legítima resguardo e a posse de arma de queima para cidadãos sem antecedentes criminais. Também atuou em obséquio de medidas para prometer a segurança jurídica das ações policiais. Difícil protector da ditadura militar (1964-1985), exaltou ao longo da curso torturadores porquê Carlos Alberto Reluzente Ustra, coronel que chefiou o DOI-Codi de São Paulo durante o período de exceção.

Ao votar em prol do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no plenário da Câmara em 2016, Bolsonaro disse que votava pela memória do coronel, que afirmou ser “o terror de Dilma”. A fala teve enorme repercussão negativa. O deputado foi denunciado ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

Ou por outra, Bolsonaro idealizou propostas para tornar obrigatório o voto impresso no Brasil, uma falsa medida que, segundo ele, tornaria a realização de eleições mais confiáveis e passíveis de auditagem. Ao ressaltar a sua resguardo conservadora de valores cristãos e da família, fez diversas declarações misóginas, preconceituosas e homofóbicas.

Nascido em Glicério (SP), em 21 de março de 1955, Jair Bolsonaro é progénito de imigrantes italianos, que chegaram ao Brasil depois da Segunda Guerra Mundial. Fruto de Percy Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi Bolsonaro, Jair é atualmente casado com Michelle. Ele é pai de cinco filhos. Flávio, Carlos e Eduardo, que foram, respectivamente, eleitos porquê senador pelo estado do Rio de Janeiro, vereador do município do Rio de Janeiro e deputado federalista pelo estado de São Paulo. É pai também de Renan e Laura.

Quando Bolsonaro venceu a eleição presidencial de 2018, valeu-se de uma plataforma conservadora de extrema-direita, flertes com o fundamentalismo religioso, discursos contra o status quo político e uma facada que quase o matou. Sua presidência ficou marcada por controvérsias, retrocessos e uma pandemia — que ele tratou com postura negacionista, distribuindo remédios ineficazes contra a doença, incentivando aglomerações, atuando contra a compra de vacinas e espalhando informações falsas sobre a Covid-19 com campanhas de rebelião a medidas de proteção, porquê o uso de máscaras. 

Por término, ao perder a reeleição em 2022, tramou um golpe de estado envolvendo civis e militares da ativa e da suplente, culminando no fatídico ataque golpista do 8 de janeiro, quando uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público em Brasília foram cometidos por uma povaléu de bolsonaristas extremistas.

A seguir, a Escritório Pública faz uma retrospectiva dos fatos e imagens que descortinam de 2018 em diante o caminho político que levou à pena o quarto ex-presidente do Brasil desde a redemocratização.

Confira a retrospectiva por ano:

Jair Bolsonaro: 2018

Jair Bolsonaro: O candidato 

Deputado federalista pelo Rio de Janeiro desde 1991, Jair Bolsonaro era cotado porquê pré-candidato ao incumbência mais tá da República desde 2016. Em 22 de julho de 2018, sua candidatura foi oficializada em convenção vernáculo do Partido Social Liberal (PSL). Também militar, Hamilton Mourão, do Partido Renovador Trabalhista Brasílico (PRTB) compôs a vice na placa, em uma coligação batizada de Brasil Supra de Tudo, Deus Supra de Todos. O apelo popular foi grande, sobretudo junto aos setores mais conservadores. A candidatura de Bolsonaro foi a primeira da história a conseguir receber mais de R$ 1 milhão em doações, por meio de financiamento coletivo — em dois meses, foram angariados murado de R$ 17 milénio por dia. 

A facada em Jair Bolsonaro

#EleNão

Com adesão principalmente de mulheres contrárias às propostas do candidato Bolsonaro, o movimento #EleNão cresceu nas redes sociais na reta final da campanha e ganhou as ruas no dia 29 de setembro. Bolsonaro liderava as pesquisas de opinião e, em recuperação do atentado, deixou de participar de debates eleitorais e outros eventos de campanha que o deixassem em situação de confronto de ideias. De seu lado, movimentos conservadores porquê Brasil Livre e Vem Pra Rua também organizaram atos pelo país, com manifestações principalmente contra o PT, principal rival eleitoral de Bolsonaro, com a placa encabeçada por Fernando Haddad. 

Nas urnas eletrônicas

Nas eleições de 2018, as emissoras de TV cancelaram os debates planejados para o 2º vez, já que a candidatura de Bolsonaro, ainda em virtude de sua recuperação posteriormente o atentado sofrido, declinou da participação desses eventos.

No dia 28 de outubro, as urnas eletrônicas (que foram questionadas por Bolsonaro) sacramentaram sua vitória: Jair Messias Bolsonaro se tornou o 38º presidente da República do Brasil, quebrando um ciclo de quatro vitórias consecutivas do PT. Bolsonaro obteve a maioria dos votos em 15 estados e no Província Federalista e se tornou o décimo militar a ocupar a presidência do país, o primeiro posteriormente a ditadura militar. 

Jair Bolsonaro: Transição e posse

O término do ano de 2018 foi marcado pelos anúncios de nomes que integrariam o governo Bolsonaro. Publicado nacionalmente pela Operação Lava Jato, que levaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão — em processo posteriormente anulado na justiça —, o juiz Sergio Moro aceitou deixar a magistratura para se tornar ministro da Justiça e da Segurança Pública. Outros anunciados nesse período foram o economista Paulo Guedes, ministro da Economia, e o astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia. O general da suplente Augusto Heleno havia sido aventado inicialmente para o Ministério da Resguardo — mas acabaria chefiando o Gabinete de Segurança Institucional. O tá escalão do governo foi montado com absoluta predominância masculina e um número de militares maior do que no período da ditadura: levantamento de 2020 mostrou que eram 6157 oficiais ocupando cargos comissionados civis. Bolsonaro tomaria posse em 1º de janeiro de 2019 na cerimônia que contou com maior luxo de segurança da história: mais de 2,5 milénio policiais militares e 6 milénio agentes. 

Jair Bolsonaro: 2019

Estrutura do governo Jair Bolsonaro

A Medida Provisória 870, editada em 1º de janeiro de 2019, reestruturou a gestão federalista no início do governo Jair Bolsonaro. Reduziu de 29 para 22 o número de ministérios, extinguindo pastas porquê Trabalho, Cultura e Esporte. Transferiu a demarcação de terras indígenas da Funai para o Ministério da Cultura e atribuiu ao Ministério da Justiça a coordenação da política indigenista, mudanças que geraram potente reação de organizações sociais e indígenas. Também criou a Secretaria de Governo com novas atribuições e reorganizou órgãos de fiscalização ambiental e de políticas de direitos humanos. A MP simbolizou a agenda de enxugamento da máquina pública e de alinhamento com setores do agronegócio, tornando-se um dos primeiros embates políticos do novo governo no Congresso.

Laranjas

Em fevereiro de 2019, o governo Jair Bolsonaro enfrentou sua primeira grande crise política envolvendo o PSL, partido pelo qual o presidente havia sido eleito. A crise teve origem nas denúncias de uso de candidaturas laranjas para desviar recursos do fundo eleitoral, prática investigada pela Polícia Federalista e pelo Ministério Público. O logo ministro da Secretaria-Universal da Presidência, Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL e figura-chave na campanha de Bolsonaro, foi denunciado de ter conhecimento do esquema e de não ter tomado providências. O caso ganhou contornos ainda mais tensos quando Carlos Bolsonaro, rebento do presidente e vereador no Rio de Janeiro, passou a atacá-lo publicamente nas redes sociais, chamando-o de mentiroso. O embate expôs fissuras internas no governo e no partido, levando à exoneração de Bebianno em 18 de fevereiro. O incidente marcou o início de uma série de rachas políticos no PSL e mostrou que as disputas de bastidores teriam potente impacto na base governista ao longo do procuração. Bebianno morreu em 2020, aos 56 anos, posteriormente suportar infarto. 

Cortes na ensino

Em 2019, o Ministério da Ensino anunciou o contingenciamento de até 30% das verbas destinadas às universidades e institutos federais, justificando a medida porquê um ajuste fiscal. A decisão gerou potente reação social e mobilizou estudantes, professores e trabalhadores da ensino em todo o país. Em maio, ocorreram manifestações massivas em diversas capitais e cidades do interno, no que ficou divulgado porquê “tsunami da ensino”, um dos maiores protestos do primeiro ano do governo Bolsonaro. As ruas foram tomadas por cartazes e palavras de ordem contra os cortes, defendendo a ensino pública e gratuita. O movimento ganhou esteio de diferentes setores da sociedade e pressionou o governo, que passou a recuar em segmento do bloqueio. Em outubro, o MEC anunciou o desbloqueio dos recursos contingenciados, alegando melhora na arrecadação. O incidente consolidou a taxa da ensino porquê um dos principais focos de resistência política ao governo e revelou a capacidade de fala do movimento estudantil.

Amazônia

No segundo semestre de 2019, a Amazônia registrou um aumento significativo nas queimadas, provocando crise ambiental e intensa repercussão internacional. Dados do Inpe apontaram índices recordes de focos de incêndio, o que levou o presidente Jair Bolsonaro a questionar publicamente as informações e acusar o logo diretor do instituto, Ricardo Galvão, de agir de forma “mentirosa”. Galvão reagiu, defendendo a autonomia científica, e acabou exonerado em agosto. A crise gerou críticas de líderes estrangeiros e pressão de ONGs ambientais. Em meio à repercussão, Bolsonaro insinuou, sem apresentar provas, que organizações não governamentais estariam por trás dos incêndios para prejudicar sua imagem, citando até o ator Leonardo DiCaprio porquê suposto financiador — o que foi recusado pelo artista. O incidente ampliou o desgaste do governo na dimensão ambiental e colocou o Brasil no meio do debate global sobre preservação da floresta.

Golden shower

Em março de 2019, durante o carnaval, o presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter um vídeo obsceno gravado em um conjunto de rua em São Paulo. As imagens mostravam dois homens realizando um ato sexual divulgado porquê “golden shower” — prática de urinar em outra pessoa — em meio aos foliões. Ao postar o vídeo, Bolsonaro escreveu a pergunta: “O que é golden shower?”. A publicação gerou ampla repercussão e indignação, tanto no Brasil quanto no exterior, sendo vista porquê inadequada para um director de Estado e incompatível com a ritual do incumbência. Parlamentares, entidades civis e usuários das redes criticaram o gesto, apontando exposição de teor sexual explícito a um público universal, incluindo menores. A polêmica ganhou destaque na prensa internacional e intensificou o debate sobre a postura e o uso das redes sociais pelo presidente.

Saída de Lula da prisão 

Em seguida 580 dias recluso na carceragem da Polícia Federalista em Curitiba, Lula foi solto no dia 8 de novembro de 2019, um dia posteriormente o STF ter considerado a prisão em segunda instância inconstitucional. Ao deixar a sede da PF em Curitiba, Lula fez um oração político e atacou diretamente Bolsonaro, a quem chamou de mentiroso. Por sua vez, Bolsonaro comentou na rede social Twitter – atual X – pedindo a seus aliados que cuidem para não “cometer erros” que deem munição “ao miserável, que momentaneamente está livre, mas sobrecarregado de culpa”. Eles se enfrentariam nas eleições presidenciais três anos depois.

Jair Bolsonaro: 2020

Estética nazista e a namoradinha do Brasil

Em janeiro de 2020, o governo Jair Bolsonaro enfrentou sua primeira crise no setor cultural com a exoneração do secretário próprio de Cultura, Roberto Alvim. O incidente ocorreu posteriormente Alvim propalar um vídeo solene no qual usava trechos quase idênticos de um oração do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, além de elementos cênicos porquê música de Wagner, compositor associado ao regime de Hitler. A repercussão foi imediata: artistas, políticos e entidades condenaram a mensagem, acusando o governo de flertar com o nazismo. Sob potente pressão pública e internacional, Bolsonaro exonerou Alvim no dia seguinte. Para o incumbência, nomeou a atriz Regina Duarte, que assumiu com a promessa de pacificar a relação com o meio cultural, mas logo enfrentou resistências internas e críticas de setores bolsonaristas. O incidente expôs tensões sobre a meio da política cultural no governo e marcou o tom de embates ideológicos que se repetiriam ao longo do procuração.

Covid-19

GIF com frases de Jair Bolsonaro sobre a pandemia de covid-19

Em maio, o Brasil se tornou o epicentro global da Covid-19, e a meio da crise levou a denúncias na Golpe Penal Internacional, acusando o presidente de crimes contra a humanidade, um julgamento que Bolsonaro não enfrentou.

Moro fora

Em abril, o logo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou sua saída do governo Bolsonaro, alegando interferência política do presidente na Polícia Federalista. O incidente teve porquê vértice a fatídica reunião ministerial de 22 de abril, gravada e divulgada posteriormente pelo STF, na qual Bolsonaro teria pressionado Moro a substituir dirigentes da PF para proteger aliados e familiares. A gravação revelou o tom ofensivo do presidente, com uso estável de palavrões e ataques a autoridades, o que reforçou a percepção de tentativa de controle sobre órgãos de investigação. Moro afirmou que a interferência política comprometia a autonomia da PF e a credibilidade das investigações, incluindo casos envolvendo a família presidencial. A saída de Moro gerou grande repercussão, incluindo introdução de interrogatório no STF, críticas de parlamentares e juristas, além de debates sobre os limites da atuação presidencial e a independência das instituições, consolidando-se porquê um dos principais abalos institucionais do governo em 2020.

Passando a boiada 

Na mesma reunião de 22 de abril, outras falas do presidente e dos ministros no encontro tiveram enorme repercussão e inflamaram a base de esteio de Bolsonaro, gerando críticas de diversos setores da sociedade. Uma delas foi do logo ministro da Ensino, Abraham Weintraub, que disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cárcere. Começando no STF”. Mas a fala mais marcante daquela reunião seria do ministro Ricardo Salles, que afirmou que era preciso aproveitar a atenção gerada pela pandemia e “ir passando a boiada” de reformas de desregulamentação na dimensão de meio envolvente. Desde logo, o governo modificou centenas de normas e portarias em diversas instâncias — do Ministério do Meio Envolvente a decretos da Presidência — com efeito direto no meio envolvente.

Jair Bolsonaro e o Caso Queiroz

Rio de Janeiro

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro eleito em 2018, chegou a ser coligado do presidente Jair Bolsonaro, alinhando-se inicialmente às pautas da direita e apoiando propostas de segurança pública do governo federalista. No entanto, em 2020, sua relação com Bolsonaro se deteriorou rapidamente. Witzel enfrentou investigação por suspeita de desvios de recursos destinados ao combate à Covid-19, incluindo contratos superfaturados e irregularidades em hospitais de campanha. Em agosto, o Superior Tribunal de Justiça determinou seu isolamento do incumbência por 180 dias, e ele passou a ser claro de processos de impeachment e de investigação criminal. O caso evidenciou a fragilidade das alianças políticas entre Bolsonaro e governadores, mesmo de aliados eleitos sob bandeiras semelhantes, e gerou ampla repercussão na mídia e entre o público, sendo considerado um dos maiores escândalos do governo federalista em 2020, além de substanciar críticas sobre a gestão de recursos públicos durante a pandemia.

Jair Bolsonaro: 2021

Motociatas 

Bolsonaro participou em 2021 e 2022 de mais de 30 motociatas em praticamente todos os estados do país. A primeira motociata ocorreu em Brasília, no dia 9 de maio. Outras a sucederam em quase todas as regiões do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná. Os eventos serviram porquê palco para os arroubos autoritários de Bolsonaro, que buscou uma prova de força em meio à queda de popularidade impulsionada pelo progresso da inflação e pela exposição do governo federalista na CPI da Covid. Nessas ocasiões, ele reforçou, por exemplo, que não aceitaria os resultados das eleições de 2022 caso fosse derrotado e repetiu sua rotina pró-Covid, gerando aglomerações e abraçando apoiadores sem máscara.

Demora na vacinação

O governo Bolsonaro seguiu enfrentando críticas pela meio da pandemia de Covid-19. Houve atrasos na compra de vacinas, resistência à vacinação em volume e promoção de tratamentos precoces sem comprovação científica. Medidas não farmacológicas, porquê uso de máscaras e distanciamento social, foram desestimuladas pelo presidente, que chegou a minimizar a seriedade da doença. Especialistas e autoridades sanitárias alertaram que essas atitudes contribuíram para altas taxas de contágio e mortes. O Ministério da Saúde buscou coordenar a vacinação, mas conflitos com governadores e prefeitos marcaram a política federalista. A CPI da Pandemia em 2021 investigou possíveis omissões e responsabilidades do governo, incluindo atrasos na compra de imunizantes e desorganização logística. A meio da crise sanitária tornou-se um dos principais pontos de controvérsia do governo.

Amazonas sufocado

No início de 2021, Manaus enfrentou uma grave crise sanitária devido à escassez de oxigênio nos hospitais, expondo fragilidades do sistema de saúde pública. Pacientes com Covid-19 sofreram com falta de leitos e insumos médicos, provocando mortes evitáveis. O incidente gerou repercussão vernáculo e internacional, apontando falhas na coordenação do governo federalista com estados e municípios. A crise evidenciou problemas estruturais do SUS, porquê distribuição desigual de recursos e dificuldade logística em regiões remotas. Autoridades locais e nacionais foram responsabilizadas por demora na prevenção, compra de insumos e planejamento estratégico. A situação levou à mobilização de forças federais para enviar oxigênio e substanciar o atendimento, mas o incidente marcou negativamente a gestão sanitária do governo Bolsonaro e alimentou investigações na CPI da Pandemia.

CPI da Pandemia

Jair Bolsonaro e as joias sauditas

Entre 2019 e 2021, Bolsonaro recebeu três pacotes de presentes de luxo da Arábia Saudita, com relógios, aneis e colares avaliados em até R$ 16 milhões. Segmento das joias foi retida em 2021 pela Receita Federalista no aeroporto de Guarulhos por não serem declaradas, e o governo alegou que seriam destinadas ao montão presidencial. Em 2023, investigações apontaram que Bolsonaro e aliados tentaram vender ilegalmente os itens nos Estados Unidos, resultando no indiciamento do ex-presidente e 11 pessoas por peculato, associação criminosa e lavagem de quantia. O Tribunal de Contas da União determinou que as joias fossem devolvidas à União. O caso gerou ampla polêmica política, com críticas à meio da investigação e alegações de perseguição judicial.

Jair Bolsonaro e a prensa

Em 2021, o governo Bolsonaro manteve uma postura sátira em relação à prensa e à liberdade de sentença. O presidente e aliados atacaram veículos de notícia, jornalistas (principalmente mulheres) e influenciadores, alegando viés político e disseminação de notícias falsas contra o governo. Declarações públicas, postagens em redes sociais e entrevistas geraram tensões com órgãos de mídia, provocando debates sobre exprobação e limites do oração presidencial. Casos de desinformação sobre a pandemia e críticas à cobertura jornalística ampliaram a polarização política. Parlamentares e entidades de resguardo da liberdade de prensa condenaram ataques e alertaram para os riscos à democracia. O tema tornou-se médio em discussões sobre responsabilidade do poder executivo, moral na notícia pública e proteção de jornalistas frente a ameaças, revelando a fragilidade do diálogo entre governo, prensa e sociedade social.

Cercadinho no Alvorada

Durante o governo de Bolsonaro, a hostilidade contra jornalistas aumentou significativamente. Em situações onde perguntas incômodas eram feitas, o presidente frequentemente respondia com insultos, chamando os jornalistas de “mentirosos” e “canalhas”. Ou por outra, seguidores do presidente também confrontavam os jornalistas, rotulando-os de manipuladores. No “Cercadinho”, próximo ao Palácio da Alvorada em Brasília, a cena se repetiu diversas vezes: jornalistas aguardavam o presidente, unicamente para serem alvos de ataques verbais enquanto seus apoiadores o aplaudiam.

Jair Bolsonaro a Moraes: "Canalha"

Bolsonaro a Moraes: “Vil”

Em 7 de setembro de 2021, Bolsonaro incitou apoiadores contra o STF na Av. Paulista, em São Paulo. “Ou esse ministro se enquadra, ou pede para trespassar. […] Expor a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos”, afirmou a apoiadores. “Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. […] Ele, para nós, não existe mais”, continuou. Em seguida potente reação institucional, o ex-presidente posteriormente contemporizou seu oração e disse que foi afetado “pelo calor do momento”. Ele havia dito: “Só saio recluso, morto ou com a vitória. Quero manifestar aos canalhas que nunca serei recluso”, disse o ex-mandatário em 2021.

2022

Bolsolão no MEC

Em março de 2022, um áudio do logo ministro da Ensino, Milton Ribeiro, revelou que ele priorizava repasses para prefeituras cujos pedidos eram intermediados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que cobravam propinas sem ocupar cargos formais. Prefeitos confirmaram pedidos de quantia e até ouro em troca de recursos do Fundo Pátrio de Desenvolvimento da Ensino (FNDE). Em junho, Ribeiro e os pastores foram presos, acusados de devassidão passiva, tráfico de influência e advocacia administrativa. Investigações mostraram que os pastores influenciavam decisões no MEC e no Planalto, direcionando recursos para aliados políticos. O caso evidenciou a atuação de um “gabinete paralelo” e reforçou a percepção de devassidão e clientelismo no governo, embora não tenha havido comprovação de envolvimento direto de Bolsonaro.

Voto eletrônico

Em 18 de julho de 2022, o presidente Jair Bolsonaro convocou embaixadores estrangeiros para uma reunião no Palácio da Alvorada, fora da agenda solene, com o objetivo de questionar a segurança das urnas eletrônicas brasileiras. Durante o encontro, Bolsonaro apresentou um PowerPoint com alegações infundadas sobre o sistema eleitoral, incluindo vídeos descontextualizados e informações já desmentidas pela Justiça Eleitoral. Ele também fez críticas a ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sugerindo que estariam alinhados com o logo candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião foi interpretada por muitos porquê uma tentativa de minar a crédito nas eleições e preparar o terreno para uma verosímil oposição dos resultados. A Procuradoria-Universal da República (PGR) posteriormente considerou o evento porquê segmento de um projecto para permanecer no poder, independentemente do resultado das urnas. Internacionalmente, o incidente gerou preocupação sobre a segurança democrática no Brasil.

Uso eleitoral da PRF

Em outubro, durante o segundo vez das eleições, o logo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federalista (PRF) e apoiador de Bolsonaro, Silvinei Vasques, comandou operações de fiscalização do transporte público, estabelecendo blitzes nas vias e atrasando o transporte de eleitores em redutos eleitorais do PT. Posteriormente ele foi recluso e é investigado por tentar interferir no resultado das urnas.

Acampamentos nos quartéis

Milhares de apoiadores de Bolsonaro começam a se posicionar na porta de quarteis entre novembro e dezembro em diversas cidades brasileiras. Aos gritos de “mediação armada”, os manifestantes rejeitavam o resultado da eleição presidencial, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva. Caminhoneiros também passaram a bloquear rodovias federais por todo o país. Mais tarde, a investigação da PF revelou que o mês foi decisivo para os desdobramentos da operação batizada de Punhal Virente e Amarelo.

Eleição: Lula x Jair Bolsonaro

Eleição: Lula x Jair Bolsonaro 

Em outubro, Jair Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a não conseguir se reeleger desde que o instrumento existe no no Brasil. Em campanha marcada por intensa polarização, Bolsonaro perdeu por uma diferença de 2,1 milhões de votos, escancarando em números um país que visivelmente estava dividido.

O pleito foi escoltado de perto pela prensa e organismos internacionais, em meio a questionamentos do presidente sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e tensão política acentuada antes e depois da votação.

Punhal Virente e Amarelo

No resort de Trump nos EUA

Em 30 de dezembro de 2022, dois dias antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o logo presidente Jair Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos, rompendo a tradição democrática de passagem simbólica da fita presidencial. Bolsonaro viajou escoltado da esposa Michelle e assessores, com tramontana a um resort em Palm Beach, na Flórida, de propriedade do ex-presidente Donald Trump. O presidente eleito, Lula, recebeu a fita das mãos de lideranças políticas e sociais durante a cerimônia de posse em 1º de janeiro de 2023. Em testemunho ao Supremo Tribunal Federalista (STF), Bolsonaro justificou sua falta alegando que não queria se subordinar a vaias, referindo-se ao clima de hostilidade que acreditava que enfrentaria. Sua decisão gerou críticas e foi vista porquê uma fastio ao rito democrático.

2023

A tentativa de golpe

Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios do Congresso Pátrio, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federalista em Brasília. O ataque, ocorrido pouco posteriormente a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, teve porquê motivação alegações falsas de fraude eleitoral nas eleições de 2022 e foi considerado uma tentativa de intimidação das instituições democráticas. Manifestantes picharam paredes, destruíram móveis e equipamentos, e forçaram a evacuação de servidores e autoridades. A violência deixou o país em estado de alerta, provocou prisões imediatas de líderes do movimento e mobilizou forças federais e policiais para retomar a segurança. O incidente gerou repercussão internacional, sendo comparado à invasão do Capitólio nos Estados Unidos, em 2021. Autoridades condenaram a ação porquê ataque à democracia, destacando a premência de investigação completa e responsabilização dos envolvidos. O 8 de janeiro marcou um dos momentos mais graves de crise institucional da história recente do Brasil.

3 meses nos EUA

Em seguida deixar a presidência, Jair Bolsonaro permaneceu nos Estados Unidos por murado de três meses, até março de 2023. Durante esse período, ele se envolveu em atividades políticas e participou de eventos voltados a públicos conservadores, reforçando sua presença internacional e buscando esteio de aliados estratégicos. Bolsonaro participou da CPAC 2023, a principal conferência conservadora dos EUA, onde discursou sobre pautas porquê resguardo de valores tradicionais, críticas à esquerda e à política brasileira pós-eleição. Ou por outra, manteve reuniões com líderes políticos, empresários e grupos que compartilham sua visão ideológica, consolidando contatos e influência fora do Brasil. A estada também incluiu aparições midiáticas e entrevistas, ampliando sua visibilidade internacional. Bolsonaro retornou ao país em março de 2023, sendo recebido por apoiadores, já com foco em manter presença política ativa e preparar futuras articulações no cenário vernáculo, mesmo fora do incumbência presidencial.

Jair Bolsonaro inelegível

Em 30 de junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, com base em dois episódios: a reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022, e o uso da cerimônia do Bicentenário da Independência para promoção eleitoral. Por 5 votos a 2, o TSE entendeu que Bolsonaro cometeu agravo de poder político e uso indevido dos meios de notícia, violando a legislação eleitoral. A inelegibilidade impede sua candidatura até 2030. A resguardo de Bolsonaro recorreu ao Supremo Tribunal Federalista (STF), mas o recurso foi rejeitado. Ou por outra, o ex-presidente enfrenta outras acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado, apropriação indevida de joias e fraude em certificados de vacinação. Bolsonaro nega todas as acusações e alega perseguição política.

Gabinete do Ódio

Bolsonaro foi investigado no chamado interrogatório das milícias digitais, levado pela Polícia Federalista. A investigação apurou o suposto envolvimento do ex-presidente e de aliados na geração e financiamento de grupos digitais que disseminavam desinformação e ataques contra adversários políticos, veículos de prensa e instituições democráticas. Os investigadores levantaram indícios de que recursos públicos e privados teriam sido utilizados para custear a manutenção dessas milícias, que atuavam de forma organizada nas redes sociais, manipulando narrativas políticas e promovendo campanhas de ódio. O interrogatório buscou identificar os responsáveis pela coordenação, realização e financiamento dessas operações, além de mapear a rede de apoiadores e agentes digitais. O caso reforçou o debate sobre os limites da atuação política online e levantou preocupações quanto à integridade do processo democrático, colocando Bolsonaro no meio de questionamentos legais e políticos sobre a propagação de fake news e ataques à democracia.

Última Milha

A Operação Última Milha, deflagrada em 2023, investigou o uso indevido de recursos públicos e tecnologia durante o governo Bolsonaro. A Polícia Federalista apurou a utilização de sistemas de vigilância e monitoramento do dedo para espionagem e controle político, suspeitando que dados de cidadãos e adversários fossem coletados de forma irregular. Organizações da sociedade social e especialistas em direitos digitais denunciaram o caso à ONU, classificando o uso das ferramentas porquê prenúncio à privacidade e à liberdade de sentença. A operação buscou identificar agentes públicos e privados envolvidos, rastrear fluxos financeiros suspeitos e compreender a extensão do monitoramento. O incidente expôs práticas de agravo de poder e gerou debates sobre a premência de mecanismos legais mais rigorosos para impedir que tecnologias de controle sejam usadas para fins políticos.

2024

Jair Bolsonaro indiciado

Em novembro de 2024, a Polícia Federalista indiciou Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, um dos episódios mais graves envolvendo o ex-presidente posteriormente deixar o incumbência. As investigações apontaram que Bolsonaro teria articulado planos para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito presidente em 2022, incluindo a conspiração para matar o próprio presidente e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O interrogatório detalhou a existência de documentos, reuniões e contatos entre militares e civis com intenção de subverter a ordem democrática, revelando o planejamento de ações violentas e a instalação de um “gabinete paralelo”. O indiciamento reforçou a seriedade das investigações sobre ameaças à democracia no Brasil, colocando Bolsonaro em conflito direto com as instituições, e gerou repercussão internacional, sendo comparado a tentativas de golpe em outros países. O caso segue sendo analisado judicialmente, com risco de novas medidas legais contra o ex-presidente.

Cabo eleitoral

Mesmo já inelegível, entre fevereiro e outubro de 2024, Jair Bolsonaro percorreu ao menos 143 cidades brasileiras, atuando porquê cabo eleitoral de candidatos do Partido Liberal (PL) nas eleições municipais. Nessas viagens, ele participou de comícios, encontros políticos e eventos de campanha, fortalecendo sua base de esteio e mobilizando seguidores. Paralelamente, Bolsonaro participou de manifestações em diversas capitais, criticando decisões do STF e expressando oposição ao governo Lula, reforçando sua presença política no cenário vernáculo. Em suas aparições públicas, combinou oração ideológico com mobilização popular, atraindo apoiadores e promovendo candidatos alinhados. O ex-presidente mantém influência política significativa, utilizando viagens e manifestações porquê estratégia para solidificar sua base, preparar futuros movimentos eleitorais e impactar diretamente o cenário político brasílio.

Embaixada da Hungria

Em fevereiro de 2024, Jair Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria em Brasília, posteriormente ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federalista. A estadia ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro, durante o Carnaval, e foi registrada por câmeras de segurança, cujas imagens foram divulgadas pelo jornal The New York Times. Segundo a publicação, Bolsonaro chegou à embaixada escoltado de dois seguranças e foi recebido pelo legado Miklós Halmai. Durante sua permanência, ele recebeu itens porquê pizza e uma cafeteira, conforme imagens registradas. Por estar em território diplomático estrangeiro, Bolsonaro não poderia ser recluso por autoridades brasileiras, o que gerou especulações sobre uma verosímil tentativa de asilo. No entanto, o Supremo Tribunal Federalista (STF) não encontrou evidências de que ele tenha buscado asilo político. A situação gerou repercussão internacional e levou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil a convocar o legado húngaro para esclarecimentos. Bolsonaro, por sua vez, afirmou que não houve irregularidades em sua estadia e que estava em contato com autoridades estrangeiras para discutir interesses do Brasil.

Bolsonarismo se fortalece

Nas eleições municipais de 2024, o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, consolidou-se porquê uma das principais forças políticas do país. O partido e seus aliados elegeram 516 prefeitos, incluindo capitais porquê Aracaju, Cuiabá, Maceió e Rio Branco, além de um vice-prefeito na maior cidade do país, São Paulo. Foram eleitos ainda 4.957 vereadores, um desenvolvimento de 43,1% em relação ao pleito anterior. Além dos candidatos diretamente filiados ao PL, outras siglas abrigaram postulantes que defenderam agendas próximas às pautas bolsonaristas, ampliando a influência do grupo. O resultado evidencia que o bolsonarismo, mesmo fora da presidência, manteve potente penetração no cenário lugar, fortalecendo sua base de esteio e consolidando redes políticas que podem ser estratégicas para eleições futuras. A vitória do PL reflete não unicamente capacidade eleitoral, mas também organização e mobilização em nível municipal, consolidando o legado político de Bolsonaro no país.

Trump lá

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024 teve repercussões significativas no cenário político brasílio, principalmente entre os apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. A volta de Trump à Moradia Branca foi vista porquê um fortalecimento da direita populista global, inspirando movimentos semelhantes no Brasil. Bolsonaristas interpretaram o retorno de Trump porquê um sinal de que a oposição a instituições democráticas poderia ser bem-sucedida, alimentando a esperança de virar a inelegibilidade de Bolsonaro. O ex-presidente brasílio expressou esteio a Trump, destacando a valimento de sua vitória para a luta pela “liberdade, soberania e autêntica democracia”. A volta do ex-presidente americano ao poder funcionou porquê impulso simbólico para o bolsonarismo, reforçando sua agenda e estratégias políticas.

2025

Jair Bolsonaro é réu

Jair Bolsonaro é réu 

Em fevereiro de 2025, a Procuradoria-Universal da República (PGR) formalizou denúncia contra Jair Bolsonaro e 33 outros envolvidos em uma suposta tentativa de golpe de Estado posteriormente as eleições de 2022. A denúncia inclui crimes porquê organização criminosa armada e tentativa de anulação violenta do Estado democrático de recta. Segundo a PGR, o grupo teria planejado ações para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo a elaboração de um decreto para anular as eleições e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A denúncia também aponta para o envolvimento de Bolsonaro em discussões sobre o uso das Forças Armadas e da Escritório Brasileira de Lucidez (ABIN) em esteio ao projecto golpista. O caso está sendo analisado pelo STF, que decidirá sobre o prosseguimento do processo.

Eduardo trama nos EUA

Fruto do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou suas articulações nos Estados Unidos para ampliar as sanções contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) e familiares, com base na Lei Magnitsky. Sua missão visava pressionar o governo brasílio em meio ao julgamento de seu pai, Jair Bolsonaro, denunciado de tentativa de golpe. Em Washington, Eduardo se reuniu com parlamentares republicanos e influenciadores de direita, caso de Paulo Figueiredo, buscando esteio para essas medidas. O ex-presidente Donald Trump, por sua vez, impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando “exprobação política” e “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Em resposta, o governo brasílio anunciou um pacote de esteio de R$ 30 bilhões para exportadores prejudicados.

Frente a frente com Moraes

Em junho de 2025, Jair Bolsonaro prestou testemunho presencial no Supremo Tribunal Federalista (STF) porquê segmento da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, agendou o interrogatório, que ocorreu na sala de julgamentos da Primeira Turma da Golpe. Bolsonaro, um crítico contumaz de Moraes, ficou frente a frente com o ministro e foi ouvido juntamente com outros sete réus envolvidos na trama golpista. Durante o testemunho, o ex-presidente negou as acusações e alegou falta de provas concretas que comprovassem sua participação nos eventos de 2023. A resguardo de Bolsonaro argumentou que as alegações da PGR eram infundadas e que não havia elementos suficientes para sustentar a denúncia.

Procura e inquietação

A Polícia Federalista cumpriu mandados de procura e inquietação na residência de Jair Bolsonaro em Brasília, porquê segmento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também determinou a prisão domiciliar do ex-presidente. Durante a ação, foram apreendidos aparelhos celulares e outros dispositivos eletrônicos, visando coletar provas adicionais sobre o envolvimento de Bolsonaro nos eventos de 2023. A medida cautelar também incluiu o uso de tornozeleira eletrônica, restrições de notícia e proibição de aproximação a redes sociais, com o objetivo de evitar novas infrações e prometer a ordem pública.

Tornozeleira eletrônica 

Em 18 de julho de 2025, o ex-presidente passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, por preceito do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida foi imposta no contextura da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual Moraes apontou indícios de crimes porquê filtração do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania vernáculo, incluindo articulações internacionais para deslegitimar instituições brasileiras. Além do monitoramento eletrônico, Bolsonaro foi obrigado a satisfazer recolhimento domiciliar noturno e está proibido de usar redes sociais. A tornozeleira é uma medida cautelar, adotada antes de qualquer pena, com o objetivo de evitar que ele interfira nas investigações em curso ou tente fugir do país.

Prisão domiciliar

Em agosto de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, posteriormente constatar violações de medidas cautelares anteriormente impostas. O ex-presidente teria descumprido restrições relacionadas ao uso de redes sociais e à notícia com autoridades estrangeiras. A decisão judicial levou em consideração o risco de fuga e a premência de preservar a ordem pública durante o curso das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

Novo indiciamento da PF contra Jair Bolsonaro

A Polícia Federalista indiciou o ex-presidente e seu rebento, o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos, por filtração (intimidação) a autoridades que atuam no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado na qual o ex-presidente é réu. O indiciamento significa que, para a PF, há elementos para crer que pai e rebento atuaram para pressionar autoridades envolvidas no curso do processo. Para a PF, pai e rebento atuaram de forma consciente para que o Brasil fosse claro de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, porquê a Lei Magnitsky aplicada ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e as tarifas de 50% impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. 

Os núcleos e seus crimes 

Ao todo, a Procuradoria-Universal da República (PGR) denunciou 33 pessoas, divididas em quatro núcleos. Clique sobre a imagem para mais informações sobre cada um. 

Clique sobre a imagem para mais informações sobre cada um dos 33 denunciados, cujos processos foram divididos em quatro núcleos temáticos

  • Núcleo 1: liderança crucial

  • Núcleo 2: gerenciamento

  • Núcleo 3: ações táticas

  • Núcleo 4: desinformação

Enfim, o julgamento de Jair Bolsonaro

A Primeira Turma do STF definiu o dia 2 de setembro para o início do julgamento da Ação Penal (AP) 2668. O julgamento presencial ocorreu em cinco datas: 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, datas definidas posteriormente a apresentação das alegações finais pelas defesas. Antes disso, realizou-se a instrução processual, com produção de provas — incluindo oitiva de testemunhas de denúncia e resguardo, interrogatórios dos réus e a realização das diligências requeridas pelas partes e autorizadas pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Apesar do julgamento ainda não ter concluído, a decisão pela pena já foi tomada por maioria de votos.

A pena de Jair Bolsonaro 

A sentença de Bolsonaro foi atenuada considerando a idade avançada do ex-presidente. A elaboração dos 27 anos e 3 meses da sentença inclui 24 anos e 9 meses de reclusão, 2 anos e 6 meses de detenção e, ou por outra, o pagamento de 124 dias-multa. O valor da multa foi estabelecido em dois salários mínimos por cada dia-multa, o que representa um valor aproximado de R$ 376,4 milénio.

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