Covilhã homenageou “faróis da cidadania”
3 min readNo dia em que se assinalou o 154.º natalício da elevação da Covilhã a cidade, no último domingo, 20, a Câmara Municipal entregou a medalha de valor de ouro municipal a três instituições e a categoria prata a 12 personalidades que são “exemplos de profissionalismo e faróis de cidadania que a todos devem servir de inspiração”, enalteceu o presidente, Vítor Pereira, durante a protocolo, realizada no Salão Transcendente da autonomia.
O vereador justificou as distinções pelo “contributo ao longo das suas vidas para engrandecer a história do concelho”. O presidente salientou que a escolha dos agraciados se deveu ao contributo oferecido “de forma impressiva, determinante e impactante para levar o nome da Covilhã mais longe”.
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Covilhã, a Escola Pêro da Covilhã e a Mansão da Covilhã em Lisboa foram as instituições a quem o executivo decidiu, por unanimidade, entregar a medalha de ouro.
A APPACDM foi escolhida pela “resposta dada a pessoas com necessidades específicas, que de outra forma poderiam permanecer excluídas”, por ser “uma âncora para as respetivas famílias” e pela “dinâmica que a instituição conseguiu inferir”.
O presidente, António Marques, referiu que o foco da instituição é “a inclusão efetiva” e disse que a homenagem dá à equipa de 49 trabalhadores “mais força e mais vigor para prosseguir esta estirão”.
Por ser um “importante gavinha entre a Covilhã e os covilhanenses que tiveram de transpor de cá”, a Mansão da Covilhã em Lisboa, localizada na Rua do Benformoso, foi também agraciada e o presidente, Manuel Vaz, lembrou todos os que ao longo de centena anos contribuíram para a existência de um espaço que promete “continuar a ser um legado da Covilhã”.
A “moradia do conhecimento” com uma “história rica”, a Escola Pêro da Covilhã, frequentada por alunos de 32 nacionalidades, que tem prestigiado e projetado a cidade, foi enaltecida. O presidente do ajuntamento, Jorge Antunes, lembrou os que passaram pela escola e honraram o seu nome e garantiu que o estabelecimento vai “continuar a ser exigente” para formar as futuras gerações.
O presidente, Vítor Pereira, vincou a “dedicação permanente” de António Corrêa de Sá, engenheiro e gestor das Minas da Panasqueira; o que o médico, empresário e político Carlos Casteleiro “tem oferecido ao concelho nas várias vertentes da sua vida”; o varão “combativo e hipotecado que é” Joaquim Matias, vereador em diferentes mandatos e dirigente associativo e o “cidadão sempre ativo” Jorge Torrão, técnico do Inatel e ex-vereador.
As muitas ações que o empresário e dirigente associativo José Brito Rocha “levou a cabo em prol dos outros” foram também lembradas, tal uma vez que as múltiplas atividades desenvolvidas pelo médico Miguel Fortaleza Branco, “que muito têm beneficiado a Covilhã e a região”, e o empreendedor e empresário do ramo hoteleiro e da construção social Rui Lourenço, pela sua “história inspiradora” e por ter escolhido “a Covilhã para viver e investir”. O covilhanense Rui Tendeiro, militar da Força Aérea, envolvido em missões da NATO, “ousou sonhar e voou muito cocuruto”, levando e elevando “o nome da Covilhã”, foi também distinguido.
A título póstumo foram agraciados José Limitado Pereirinha, falecido em fevereiro, pelo seu “exemplo de dedicação à comunidade”; José Lemos, presidente do Sindicato dos Lanifícios aquando da Greve dos Milénio Escudos; Luís Patrão, encarregado de gabinete de Guterres e Sócrates, presidente do Turismo de Portugal, que utilizou a sua influência para conseguir melhorias para a região, uma vez que a A23, e Manuel Carrola, durante 50 anos devotado ao sindicalismo e envolvido “na luta pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores”.
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