É preciso um projecto para meter moeda no Sporting da Covilhã
3 min readAté final do ano, a equipa, “que tem os salários pagos”, tem garantia de ter tudo em dia. Até final da era, “tem que ter um projeto validado”. Foi leste o aviso deixado na passada quinta-feira, 5, pelo presidente da direção do Sporting Clube da Covilhã, Marco Pêba, no dia em que anunciou a reversão da decisão de se isentar da presidência do clube.
“Temos três ou quatro soluções que iremos apresentar. E são os sócios que irão determinar” frisa o timoneiro dos serranos, que diz que face às dificuldades financeiras é preciso “um protótipo de ingresso de moeda”, sob pena das dificuldades crescerem. “Até final da era tem que ter um projeto” assegura. “Alguma opção terá que ser decidida” avisa, apontando à tertúlia universal de sócios da próxima quarta-feira, 18, pelas 20:30, no auditório municipal. Onde será discutido o projecto estratégico do clube quanto ao horizonte.
Depois de, no final do jogo com o Caldas (que os serranos venceram), a 30 de novembro, ter anunciado que ia pedir a deposição do missão, Marco Pêba, que reconheceu ter agido “a quente”, e voltou detrás. O presidente do clube serrano adiantou que a decisão estava tomada no dia anterior ao jogo, face ao jogo à porta fechada aplicado ao clube na sequência da utilização irregular de Lucas Duarte no jogo da Taça de Portugal, frente ao Rebordosa, mas também admite que esse não foi o único motivo para anunciar uma verosímil saída. “Não foi uma forma de invocar a atenção, mas sim exprimir o que sentia naquele momento. Se calhar foi um bocadinho impulsivo. E não foi só por isso (punição). Foi por isso e muito mais” frisa, sem especificar o quê, embora nas Caldas tenha criticado sócios que “zero fazem para ajudar o clube”.
Agora, voltou detrás na decisão, depois do presidente da mesa da tertúlia, Francisco Moreira, não ter aceite o pedido de deposição. “A não corroboração é uma material que deve levar à reflexão” frisa, lembrando que logo posteriormente isso o presidente do clube “não está proibido de retomar logo funções”.
Marco Pêba frisa que no associativismo “não há irrevogáveis” e considera agora que permanecer é “o melhor para o Sporting Clube da Covilhã”. “Considerando as consequências que poderiam resultar de tal tomada de posição, sustentadas por um enorme espírito de solidariedade que recebi dos mais variados quadrantes” e “tendo em conta que na vida e no associativismo não existem irreversíveis e, considerando o trabalho que tem de continuar a ser realizado, tendo porquê objetivo único os interesses e o horizonte do Sporting Clube da Covilhã”, apontou, vincando que “retira o pedido de deposição”, uma vez que, face “à grande motivação gerada pelas manifestações de crédito que recebi, não vejo motivos” para manter essa posição.
Apontando ter recebido esteio de todos, Marco Pêba explica que “quando vejo as pessoas a proferir que é melhor estarmos porquê estamos, tomei esta decisão (de continuar) e acho que é a melhor”. Pêba focou muito a urgência de ingresso de moeda no clube para se atingirem outros objetivos, e diz que é nisso que tem trabalhado. “Temos que ter recursos. Alguma das soluções vai ter que ser aprovada. Está a ser desenvolvido um grande trabalho na segmento financeira e eu não podia deixar leste trabalho a meio sem o apresentar”, disse.
O Sporting da Covilhã jogou no domingo, em moradia, frente ao 1º de Dezembro, à porta fechada, sem público. Marco Pêba, para ilustrar as parcas receitas do clube nos jogos, afiançou que assim, possivelmente, o prejuízo até foi menor, e ilustrou com números da melhor assistência no Santos Pinto, esta era, na receção ao Sporting B. “Tivemos 1100 pessoas e um lucro de 30 euros” garante.
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