Músicos profissionais potenciam talento na Covilhã e Fundão
3 min readO diretor artístico é Filipe Quaresma e o diretor músico Bruno Borralhinho. Ambos violoncelistas. Ambos naturais na Covilhã. Com a renovação do Laboratório Artístico Beyra por mais dois anos, que tem no Ensemble Orquestral da Margem Interno “o braço mais possante do projeto”, pretendem fabricar no Interno do país oportunidades para que os jovens músicos possam desenvolver o seu trabalho sem terem de se mudar para os grandes centros urbanos, mas o contrário.
Outra das vertentes são as atividades formativas para estudantes de música, que podem fazer ensaios abertos com um ensemble profissional e experimentarem tocar nesse meio. “Não há nenhuma orquestra em Portugal que faça isso”, disse ao NC a diretora executiva do projeto, Vanessa Pires.
O Ensemble Orquestral da Margem Interno (EOBI), formado por 18 jovens músicos, entre os 18 e os 27 anos, três dos selecionados nas audições naturais da região, vai desenvolver atividades ao longo de todo o ano na Covilhã e Fundão.
Ao terceiro ano de atividade, o Ensemble foi renovado e os músicos que frequentaram o projeto nos dois anos anteriores vão passar a dar concertos de música de câmara.
De congraçamento com Vanessa Pires, o Beyra “pretende desenvolver atividade na música clássica, para que seja uma plataforma que ajude jovens em início de curso a ter oportunidades” em residências artísticas “devidamente remuneradas”.
“Há um propagação da qualidade dos músicos em Portugal, que não está a ser acompanhada por oportunidades de trabalho”, lamentou Vanessa Pires.
O Laboratório Artístico Beyra tenciona, em simultâneo, estimular um “movimento migratório dissemelhante do normal”, no Interno do país, quando habitualmente os jovens artistas têm de se mudar para o Porto ou Lisboa para desenvolverem a curso.
O Ensemble Orquestral da Margem Interno “pretende que os jovens músicos continuem a desenvolver as suas capacidades e tem caraterísticas especiais, uma vez que tem todos os instrumentos de orquestra e um músico de cada instrumento, o que permite fazer um repertório muito interessante a nível da música contemporânea”, referiu Vanessa Pires.
Para leste ano estão previstas quatro apresentações no Ensemble Orquestral da Margem Interno. A primeira está marcada para 1 de março, no auditório do Conservatório de Música da Covilhã, às 19:00, com a direção do maestro Pedro Neves, um espetáculo onde vão ser interpretadas obras de Beethoven e de Nuno Côrte-Real.
Em maio é a vez de Bruno Borralhinho guiar o concerto com a participação do Coro Misto da Margem Interno e da soprano Dora Rodrigues, onde vai ser interpretada uma novidade obra de Luís Cipriano.
Vanessa Pires realçou que o projeto, implementado há dois anos, já começa a ser reconhecido e convidado por outras organizações. Em setembro o Beyra participa no Operafest, na Culturgest, onde apresenta a ópera “Julie”, de P. Boesmans.
Para dezembro está marcada a apresentação em concerto da novidade peça de Vasco Mendonça, dirigida pelo maestro Peter Rundel. Carlos Caires e Pedro Lima são outros autores com quem o Laboratório Artístico vai trabalhar.
“É importante que leste laboratório seja essa ponte entre jovens músicos e estas referências da música contemporânea”, vincou Vanessa Pires.
Organizado pela Artway, o Laboratório Artístico Beyra renovou o financiamento, para mais dois anos, da Direção-Universal das Artes.
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