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Na Bahia, comunidades temem ruptura de uma barragem de rejeitos de mineração de ouro - Mundo News
24 de Novembro, 2024

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Na Bahia, comunidades temem ruptura de uma barragem de rejeitos de mineração de ouro

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Apesar da pressão sobre as pessoas e as águas e do temor de uma tragédia equivalente...

Na Estalada Diamantina, os antigos garimpeiros associavam as pedras preciosas aos astros. Para cada objecto refulgente no firmamento, haveria singular diamante por baixo de o soalho. Em Jacobina (BA), o mina artesanal foi transtornado pela manufactura industrial do minério e a mito cedeu local a uma conto sem nenhum sedução. 

Há quase três décadas, os moradores de Canavieiras, Jabuticaba e Itapicuru, na zona rústico do município, tiveram seu guisa de bibiografia tradicional corrompido à estalão que cresceu a exploração industrial do ouro. Na quimera deles, quanto mais detonações e mais evidentes os rejeitos da exploração mineral, mais ouro e problemas ambientais se revelam na dimensão. 

Faça água ou faça sol, por rodeio das 23 horas, as três famílias que vivem na quase extinta comunhão de Canavieiras sentem os impactos das detonações nas minas que a Jacobina Mineração e Transacção (JMC) explora a partir de 2006. “A gente sente a terreno tremelicar, a vivenda balança e está toda rachada”, narra Tauan*, de 42 anos, que mora ao flanco da barragem de rejeitos da empresa, todavia prefere jamais ser identificado por recear represálias. 

O resenha se assemelha ao de uma espaço atingida por abalo. Todavia esse é solitário singular dos temores dos jacobinenses.

Localizada a 420 km a ocidente de Salvador, Jacobina abriga duas barragens de rejeitos resultante da exploração de ouro da empresa JMC, escritório brasileira da canadense Yamana Gold Inc. Na distrito, a sociedade estrangeira explora quatro minas: João Venusto, Itapicuru, Montanha do Regato e Canavieiras, que, juntas, empregam ao menos 2 milénio funcionários. 

“Eu apetite de paz, do via envolvente. Apetite de plantar e de conceber uma penosa, solitário que, com o propagação da empresa [Yamana Gold], a comunhão jamais tem mais sido a mesma coisa”, reclama o produtor rústico Bonifácio*, de 37 anos, residente da comunhão de Jabuticaba, onde vivem 65 famílias.

A inventiva do minério se deu no centena 18, atraindo moradores de à excepção de para o mina artesanal. Com a acesso da escritório da Yamana Gold, Jabuticaba e as ademais comunidades perderam seus garimpos. A intensificação da manufactura industrial do ouro levou à geração da barragem de rejeitos B1, em tempo de desativação a partir de 2008, e da barragem B2, atualmente em funcionamento. Esta última deve ficar em atividade até 2036.

“O fraqueza é intercorrer singular rompimento e ceifar centenas de vidas”

A barragem B2, que tem 88 metros de profundidade, está na Estrato de Risca (CRI) insignificante para desmoronamento, afim a rol de classificação de barragens de mineração brasileira, da Filial Pátrio de Mineração (ANM). Todavia em tal grau os moradores da cidade, mormente nas três principais comunidades rurais, quanto o Ministério Público estadual alertam para o risca de uma revés sem precedentes.

As barragens podem ser classificadas quanto à Estrato de Risca (CRI) e o Prejuízo Potencial Confederado (DPA). A CRI diz apreço aos aspectos da própria barragem que possam  influenciar na verosimilhança de singular acidente.

“A barragem de Jacobina é classificada uma vez que Prejuízo Potencial Confederado cimo. Essa classificação jamais está relacionada à situação da barragem no instante. Ela leva em apreço somente a prognóstico de rompimento”, explica o fomentador Pablo Almeida.

A Promotoria Especializada em Conduto Envolvente do Ministério Público da Bahia (MPBA) em Jacobina já identificou falhas na firmeza da barragem. No dia 2 de dezembro do derradeiro ano, o desmoronamento de uma armação interna da barragem pôs em alerta a ANM e os promotores.

Segundo singular documento da ANM ao qual a reportagem teve aproximação, houve “ruptura faccioso da montão de rejeito ciclonado”, causada provavelmente “por fortes chuvas e problemas de drenagem interna dessa armação”, na barragem B2. Jamais houve vítimas, todavia o matéria inabalável soterrou singular automóvel da própria empresa. 

No dia 4 de dezembro, a sucursal interditou e suspendeu de próximo o lançamento de rejeitos da B2. Para que a veto fosse afronta, a ANM recomendou que a JMC solucionasse os problemas apontados na inspeção realizada velo Ministério Público da Bahia. 

A Promotoria em Jacobina, representada velo fomentador regional ambiental Pablo Antônio Cordeiro de Almeida, requisitou à empresa que averiguasse a ruptura, “considerando inclusive soluções que reativem a drenagem interna (alcatifa drenante) dessa armação, mantendo-a segura, especialmente em catálogo a sua drenabilidade”. 

Essas ações garantiriam mais equilíbrio aos rejeitos.

O fomentador recomendou, ainda, que a empresa fizesse o “desassoreamento atestado dos corta-rios das duas Barragens B1 e B2”, o que favoreceria a drenagem e retoma o fluxo do rio. 

Atualmente, o rio Cuiá, de maior massa, é de prática da JMC na mineração do ouro. 

Em Canavieiras, onde mora Tauan, singular realizável rompimento causaria ainda mais problemas à comunhão. Lá havia 105 famílias, todavia, posteriormente acordos de venda das casas com a empresa canadense a começar de 2011, a maioria deixou o lugar que está há poucos metros da B2. 

Planta da distrito de Jacobina com indicação das barragens B1 e B2.

Facto se rompesse, a B2 provocaria a ruína nas vias de aproximação às outras comunidades, deixando só o lugarejo.

O terror do rompimento coloca em retido as centenas de residentes de Itapicuru e Jabuticaba. Ali deles, moradores de bairros da zona urbana de Jacobina temem singular sinistro, como estariam na guia da lodo oriunda da barragem. 

A cidade de Jacobina tem uma população estimada em 80.635 pessoas, segundo o Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE). É uma vez que se o município estivesse fadado ao ouro porque a economia gira em torno da exploração do minério. No derradeiro ano, a manufactura mineral comercializada do município de Jacobina, foi de R$134 milhões. 

“O fraqueza é, uma vez que teve em Brumadinho, em Mariana, intercorrer singular rompimento e ceifar centenas de vidas”, diz Bonifácio. 

Terremotos

Documentos da Promotoria Especializada em Conduto Envolvente do MPBA informam que a B2 tem singular ordem mais “agarrado” de contenção, devido à sua construção a jusante. Isso significa que os rejeitos correriam para o flanco da foz, no acepção das águas do rio, o que implicaria menor chance de infiltração dos rejeitos nas paredes das barragens.

Ali disso, a empresa alegara que a barragem é rijo a atividades sísmicas. 

No entanto, em abril de 2019 a mesma Promotoria do MPBA alertou que “estudos da empresa apontavam equivocadamente Jacobina uma vez que espaço assísmica”.

Lã adverso. Na veras, singular monitoramento concluído velo Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federalista do Rio Amplo do Setentrião (UFRN) registrou ao menos década tremores de terreno na distrito de Jacobina entre 9 de dezembro de 2020 e 6 de fevereiro deste ano. 

Em Canavieiras e Itapicuru, os tremores jamais foram sentidos diretamente, todavia, antes que os relatos fossem noticiados na prelo lugar, ouviu-se singular áspero fragor vindo da mineradora.

“Foram identificados problemas graves, a partir de comunicação falsa, cômputo da barragem em desacordo com conselho de firmeza dos auditores da própria empresa e jamais monitoramento adaptado de fatores de liquefação”, informou singular documento da Promotoria espargido no dia 10 de dezembro. 

O órgão aponta que abalos sísmicos e tremores de terreno estão entre os “gatilhos” para a liquefação da barragem. 

Na liquefação, o fluxo de chuva na barragem anula o peso e a aderência dos materiais rígidos e faz com que eles fiquem soltos, isto é, fluidos. Sem a drenagem correta, a lodo tende a escoar.

Segundo o MPBA, a B2 igualmente está sujeita a acidentes ou ao rompimento, ocorrência haja alteamento bem vertiginoso dos rejeitos. A quantidade de chuva na barragem, em desacordo com recomendações de firmeza, igualmente é culpa de obsessão para os moradores. 

Por esse culpa, Tauan teme os dias chuvosos na comunhão onde mora. 

Fingimento de rompimento

Foi por isso que moradores, uma vez que Tauan, decidiram se emendar e mendigar providências ao Ministério Público. 

Na manhã de 22 de fevereiro de 2019, posteriormente pressão da comunhão e de movimentos sociais, com esteio do Ministério Público e de autoridades baianas, a JMC fez uma fingimento de rompimento da barragem, com a parceria entre a Resguardo Social de Jacobina e a do circunstância para “amaneirar os moradores e equipes de atendimento para emergências, com espeque na lavoura de sobreaviso a acidentes da empresa”. 

Prognosticado na Política Pátrio de Firmeza de Barragens, o Rés de Firmeza da Barragem da Yamana inclui uma Zona de Autossalvamento (ZAS) de 10 quilômetros posteriormente o empreendimento, “sendo que nos sete quilômetros iniciais existe singular maior risca para vidas humanas, já que a rapidez da vaga de lodo pode comparecer a década ou vinte quilômetros por hora”, segundo o MPBA.

Estampa de satélite com localização das comunidades rurais de Jacobina e outros áreas que estão na chamada “guia da lodo” da barragem 2

Murado de 400 moradores das comunidades de Canavieiras, Jabuticaba e Pontilhão – outra que estaria na guia da lodo – participaram do fingido imprevisto. Todos os moradores foram identificados pela empresa; dessa formato, há maior chance de atendimento em uma realizável pós-tragédia.

O lugarejo de Itapicuru jamais foi conviva. “Segundo eles, Itapicuru jamais vai ser atingida”, afirma Claudiana Pereira, a Quinhão, de 36 anos, uma liderança da comunhão onde vivem 82 famílias, um tanto em torno de 350 pessoas. 

O teste de autossalvamento recebe esse nome porque a própria indivíduo deve providenciar o seu achego. Em tese, jamais haveria período para nenhum órgão público executar o salvação e, por isso, caberia a cada indivíduo achar singular lugar agarrado. Há duas zonas de autossalvamento em Jacobina, a zona 1, com mais de 800 pessoas, e a zona 2, com mais de 2.400 pessoas. Na zona 1 há crianças, idosos e pessoas com alguma deficiência. 

Às 9h05, a sirene da Yamana Gold tocou e os moradores deixaram as suas casas. Após, seguiram até singular objecto cimo na zona urbana da cidade de Jacobina, onde estariam à excepção de de risco em ocorrência de rompimento da barragem. 

“Para a engenharia, jamais existe acção 100% segura. Se intercorrer da barragem falir, por algum acidente ou violação, o prejuízo potencial é largo porque a cidade cresce em cimo dessa mácula de alagamento”, afirma Almacks Silva. Técnico em administração de bacias hidrográficas e limpeza substancial, ele é tecnólogo em administração ambiental e membro titular da Tertúlia Técnica de Firmeza de Barragens do Juízo Pátrio de Recursos Hídricos (CNRH).

Alvoroço por Mariana levou à mobilização

Se uma indivíduo transpor do núcleo de Jacobina em direção à zona rústico, em seguida de galgar por Canavieiras, estará a viela de Itapicuru. Nessa comunhão, a protagonista na peleja contra a pressão exercida pela atividade mineradora é Claudiana Pereira, a Quinhão. 

A começar de 2011, ela tem participado de reuniões com representantes da JMC. Ela discursou em velo menos três sessões na Tertúlia de Vereadores e esteve numa histórica audiência pública, em 2018, promovida velo Ministério Público em Jacobina, em que está primeiro o fomentador Pablo Almeida.

Casada, mãe de três filhos, ela tem uma avó de 82 anos, e a sua bisavó tem 115 – todas moram na comunhão. “A gente podia andejar em nossas matas, beber lavagem; a gente ia pesquisar licuri [um coquinho, fruto de uma palmeira], subia a montanha para extrair botão, que é uma flor bem linda cá da distrito. Hoje em dia, a gente jamais pode executar zero disso”, lamenta. Ela explica que antes usufruía das cachoeiras próximas à sua vivenda. Hoje, ao adentrar áreas já restritas pela mineradora, excepto permissão, precisa de cicerone apontado pela empresa. 

Na quimera da ativista, existe ainda singular ordem de invisibilização dos moradores do vale.

 “Se você comparecer na cidade e interrogar onde fica Itapicuru, ninguém vai te comunicar. Presentemente, se você interrogar onde fica a mineradora, todo orbe vai te proferir. Para elas, jamais existe Itapicuru, existe mineração”, problematiza Quinhão. Enfermeira, ela trabalha à excepção de da comunhão.

Murado de singular ano posteriormente o rompimento da barragem em Mariana, em 2015, ela viajou a Minas Gerais. Ao presenciar a ruína, ficou horrorizada e fez vídeos que mais tarde mostraria aos vizinhos. “A primeira coisa que veio à minha mente foi: Canavieiras vai ser alagada se aquela barragem falir”, diz. A surpresa reverberou nas comunidades, que conseguiram pressionar as autoridades locais. 

Foi o que levou a Yamana Gold a se posicionar, garantindo treno e o autossalvamento. 

“Levamos os documentos para o Ministério Público, que intercedeu ajuntado a eles. Bateram o martelo de que a empresa tinha que restaurar a B1 porque a barragem poderia afetar Itapicuru”, informa. Mesmo que esta esteja desativada, ambas as barragens têm depósitos interligados. Segundo a Promotoria do Conduto Envolvente, a B1 é mais suscetível a acidentes porque foi construída sem manta impermeável.

Canavieiras em via a escombros 

Na comunhão de Canavieiras, três famílias resistem por baixo de o paz e os escombros. A atmosfera remete à de uma cidade espectro. 

Entre as três comunidades da zona rústico de Jacobina, Canavieiras é a que está mais próxima da B2. A 600 km da parede da garimpo, o lugarejo constantemente testemunhou o intensivo tráfico de veículos pesados e sofreu com atividades que provocam sonido incômodo, poeira, ali da degradação dos recursos hídricos.

Há velo menos uma dez, a empresa JMC buscou adquirir as casas dos moradores, retirando-os do lugar tal maneira próxima da garimpo.  

Hoje, o sarça transformou o lugar numa aspecto silvestre, denotando desabrigo e contraste com a bibiografia bucólica de antes. O operador de máquinas Tauan está entre os moradores que ainda estão presos à terreno até a JMC indenizá-lo. 

Sociedade de Canavieiras em 2018

Ele explica que jamais pode perfazer por singular problema burocrático que atrasou o usucapião da terreno, posteriormente o decesso da mãe. “Eu solitário estou dependendo de singular documento para transpor daqui. Há oito anos eu espero por singular ok de singular juiz para liberar.”

Por receio de possuir seu concórdia de remoção maltratado, Tauan pediu para jamais ser identificado e outros moradores jamais quiseram ofertar entrevistas. Ali dele, há duas famílias que ainda vivem em Canavieiras, todavia por motivos diferentes ainda jamais puderam abandonar o lugar. Segundo Tauan, a intervalo entre as casas dos vizinhos é de velo menos 1 quilômetro. 

Em dezembro, técnicos visitaram o lugar e se apresentaram uma vez que “avalistas” enviados pela JMC. De concórdia com Tauan, fizeram medições no mundano, analisaram a documentação disponível e levaram uma abundância do planta do mundano.

“Infelizmente, já tem oito anos que estou enganchado, sem resolução nenhuma. A nossa comunhão tinha muitas famílias e a empresa decidiu extrair a maioria das pessoas. As que estão acolá estão sofrendo com os impactos de poeira, estrondo… É afanoso ademais”, desabafa.

As comunidades de Itapicuru e Jabuticaba permanecem com a maioria de seus moradores. 

O Ministério Público reconheceu que as emissões atmosféricas da mineradora impactam as comunidades tradicionais do entorno. A poeira oriunda de detonações e os gases que vêm da incêndio de combustíveis fósseis nos motores a diesel dos veículos correspondem às principais formas de poluição do fisionomia.

A bibiografia novidade na cidade 

Há sete anos, Rita de Cássia se mudou de Canavieiras, todavia ainda considera que está em arranjo à novidade bibiografia na zona urbana de Jacobina. A guarnição bucólica que havia na sua comunhão se mantém intacta somente nas fotografias e na presente.

Todavia, na comunhão, a vivenda dos vizinhos e a santuário onde comungava estão arruinadas posteriormente demolições apressadas. “A gente ainda estava acolá quando começaram a desmanchar.” Ela acredita que as demolições foram feitas porque a empresa canadense temia de que alguns moradores se arrependessem e retornassem. 

“Primeiramente, eles tiraram a chuva que usávamos diretamente dos rios. A chuva foi contaminada com soda cáustica. Começou por aí”, cômputo a dona de vivenda de 48 anos. “De alguma processo, isso deixou a gente perseguido. A gente quis transpor dali.”

“Eles tiraram a chuva que usávamos diretamente dos rios. A chuva foi contaminada com soda cáustica”, cômputo Rita de Cássia

Ainda de concórdia com a ex-moradora de Canavieiras, as detonações nas minas prejudicavam igualmente algumas casas. Muitos imóveis foram condenados por rudimento das rachaduras e houve premência dos moradores na modificação. 

De concórdia com Thomas Bauer, membro da Percentagem Pastoral da Terreno (CPT), na idade das negociações de obtenção e venda dos imóveis, por rodeio de 2011, representantes da JMC estariam tentando desarticular os membros de Canavieiras. 

Antes da participação da CPT, as negociações eram feitas com somente singular membro da espécie, em locais privados e a portas fechadas. 

“Defronte da poeira, do estrondo e de toda atrapalhação, a estado ficou insustentável lá em Canavieiras. A empresa começou a transmitir o seguinte: ‘A gente jamais gostaria que vocês fossem embora, todavia, se vocês jamais inválido permanecer, a gente obtenção as casas de vocês’’’, relembra. 

Propostas de obtenção de imóveis entre R$ 5 milénio e R$ 10 milénio eram comuns, segundo Bauer, influência bem aquém do influência de mercado. 

“Muitas pessoas disseram: ‘Melhor alcançar menos do que permanecer mais uma turno sem zero”, continua Bauer. 

A teimosia de algumas pessoas, sobretudo mulheres evangélicas da comunhão, levou a manifestações e ao fecho de vias que davam aproximação à mineradora. “Singular quadrilha saiu e pouco recebeu. Outro quadrilha resistiu, conseguiu adquirir casas razoáveis. Embora jamais tenham obtido restaurar os seus quintais, onde antes tinham fontes de chuva, produziam e vendiam na feira lugar”, acrescenta o membro lugar da CPT.

Soda cáustica na chuva

Segundo denúncias da comunhão de Canavieiras, em 2008 duas nascentes do rio Nitro secaram. Em 2010, houve singular incidente de contaminação da chuva por soda cáustica – singular dos insumos da mineração de ouro. 

“A chuva ficou escura e começamos a nos interrogar o que havia ocorrido. Ninguém sabia, até comparecer singular obreiro da mineração e mendigar para todo orbe se amontoar na colégio. Ele disse que a chuva estava contaminada com soda cáustica, e foi aquele abalo”, detalha a dona de vivenda Rita de Cássia, ex-moradora de Canavieiras. 

Ainda segundo ela, houve singular residente do lugarejo que sofreu queimaduras na boca ao possuir contato com a chuva contaminada. Esse residente foi ajudado em singular hospital, onde teve assistência médica e se curou do acidente. 

Mansão danificada na comunhão de Canavieiras

Após do incidente, a JMC compensou a comunhão com galões de chuva mineral e carros-pipa. Segundo Rita de Cássia, comumente as pessoas ficavam desabastecidas e época perfeito adquirir chuva para tomar.

Em abril de 2017, a Promotoria Especializada em Conduto Envolvente do MPBA em Jacobina recebeu a criminação de moradores das comunidades do entorno da mineradora e das barragens e abriu sindicância social público que solicitou perícia emergencial e estudo química das águas. O análise pretendia investigar a comparência de resíduos de combustíveis, cianeto, alumínio, ferro e zinco, entre outros, no ordem de fornecimento de chuva lugar e em amostras coletadas nos rios que abastecem as comunidades. 

O Instituto do Conduto Envolvente e Recursos Hídricos (Inema) coletou 21 amostras de chuva e atestou que 14 delas continham substâncias prejudiciais à saúde, entre as quais o cianeto. A Promotoria de Conduto Envolvente constatou que o resíduo foi orientado ao álveo do rio Itapicuruzinho, que abastece as comunidades.

O documento apontava “comprovação inconteste” de substâncias vazadas das tubulações da empresa, lançadas em soalho, perto de casas, sítios e praças comunitárias, da comunhão de Itapicuru. À idade, o órgão cobrou da empresa medidas emergenciais em ocorrência de novos vazamentos das tubulações. 

O sarça que cobre as antigas casas é o fotografia da atual Canavieiras

“A gente já perdeu rio, já perdeu catarata, e é aflitivo perceber que daqui há mais singular período vai perfazer perdendo a última chuva que a gente bebe”, desabafa Claudiana Pereira. Para ela, se a comunhão desmerecer a última este de onde ainda se pode tomar chuva, do rio Itapicuruzinho – que a comunhão sabe que é limpa e monitora –, “a comunhão se acabou”. 

Congraçamento

Em novembro de 2020, os jacobinenses comemoraram uma êxito: a assinatura de singular concórdia forense que obrigou a JMC a investir mais de R$ 7,6 milhões em projetos de mitigação dos danos à flora e à fauna causados pela mineração. O congraçamento prevê igualmente projetos de atenção ambiental, incluindo ações para criação de aplicação na distrito. 

Ao todo, cinco ações civis públicas foram ajuizadas na Promotoria em Jacobina – a mais antiga em 1992. 

O concórdia, por sua turno, teve nascimento em uma ação social pública alvitre velo Ministério Público da Bahia em 2017 e foi assinado pela JMC e velo Inema. O município e a Edificação José Silveira foram intervenientes do ordem. 

Segundo o fomentador Pablo Almeida, os valores já estão sendo pagos e ações vêm sendo cumpridas. “Apenas o macio de atenção ambiental está dependendo do retrocesso das aulas nas escolas públicas para começarmos”, garante. 

Na sua quimera, singular problema que acentua os impactos socioambientais da mineração é a dualidade assumida velo Situação. “O Situação, enquanto Repartição de Prolongamento Econômico, deseja que os empreendimentos ocorram. Por outro flanco, a gente verifica que o Situação é que tem a responsabilidade de apadroar as comunidades tradicionais e o via envolvente.” Carência, ainda, uma revista adequada. “Debaixo de a perspectiva de mineração, dos década municípios com maior manufactura mineral, que corresponde a mais de 80% da manufactura mineral na Bahia, nenhum deles é desejo de unidade regional do Inema”, completa Pablo Almeida. “Logo, algum revista que for realizada no empreendimento exige custo de recursos públicos”, informa.

A Bahia possui 34 barragens de rejeitos de mineração registradas. “A Bahia é o sala circunstância em prestígio de mineração no Brasil, detrás de Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro, mas, de concórdia com a ANM, o órgão solitário cômputo com singular automóvel para executar a atividade de vale na Bahia toda, para a revista”, afirma o fomentador. 

A reportagem procurou insistentemente a empresa JMC, todavia, mesmo em seguida de diversas mensagens, jamais recebeu resposta para as perguntas enviadas. 

Todavia a empresa segue com planos de dilatação. A JMC pretende acrescentar a manufactura de ouro em até 31% até 2023. Em 2019, a companhia produziu 159,4 milénio onças – 4,5 toneladas – segundo a Repartição de Prolongamento Econômico da Bahia (SDE). Atualmente, a JMC emprega tapume de 1.400 colaboradores diretos e 700 indiretos, afim informações divulgadas pela SDE, em abril de 2020. 

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