Os quatro internacionais A por Portugal naturais do concelho da Covilhã
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Miguel Saraiva
São quatro os jogadores naturais do concelho da Covilhã que representaram a Seleção de Futebol Masculino A ao mais eminente nível. Curiosamente, só um representou o Sporting Clube da Covilhã ao nível do escalão sénior.
O mais idoso foi Francisco Alves Albino, que nasceu no Tortosendo a 2 novembro de 1912 e foi no Sport Lisboa e Tortosendo, muito jovem, que começou a jogar futebol. Em 1928 foi viver com os pais para Lisboa para em 1930 simbolizar o Sport Lisboa e Benfica nos juniores com 17 anos, jogando na posição de médio-centro. Em 8 de Janeiro de 1933, disputou o primeiro jogo de futebol para uma competição solene pela equipa principal do Sport Lisboa e Benfica, na vitória por 3-0 contra o Barreirense. Jogou no Sport Lisboa e Benfica durante 13 temporadas consecutivas, entre 1932 e 1945, realizando 462 jogos (sendo em 96 destes jogos o capitão de equipa) e marcando 26 golos, tendo vencido 12 títulos oficiais: 6 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal, 1 Campeonato de Portugal e 2 Campeonatos Regionais de Lisboa. Estreou-se pela Seleção Pátrio A em 5 de maio de 1935, no jogo Portugal-Espanha, conseguindo um totalidade de 10 internacionalizações, onde o selecionador era Cândido de Oliveira, sendo o seu último jogo um Suíça-Portugal em 12 de fevereiro de 1939. O Sport Lisboa e Benfica reconheceu a sua dedicação elegendo-o para “Sócio de Préstimo” em 31 de julho de 1938 e distinguiu-o com a “Águia de Prata” em 31 de agosto de 1940. Faleceu em Lisboa a 25 de fevereiro de 1993.
Outro covilhanense a ser internacional A foi António Feliciano, que nasceu na Covilhã a 19 janeiro de 1922. O pai era tintureiro de fazendas e a mãe urdideira, mas com o falecimento do seu pai quando tinha somente seis anos, a mãe, com quatro filhos para produzir, conseguiu que Feliciano entrasse na Vivenda Pia em Lisboa. Inicia a sua curso futebolística com 17 anos no Vivenda Pia Atlético Clube na quadra 1939/1940, começando porquê médio-esquerdo, mas depressa passou para resguardo, devido também ao seu porte atlético. Na quadra 1940/1941 ingressa no Clube de Futebol “Os Belenenses”, onde permaneceu durante 14 épocas (de 1940 a 1954) e contribuiu para a conquista do único título de Vencedor Pátrio do emblema azul de Lisboa em 1945/46 e da Taça de Portugal de 1941/42. Passou depois porquê jogador-treinador por Marinhense, onde subiu o clube dos Distritais à II Separação, Desportivo de Beja e Grupo Desportivo de Chaves. Porquê treinador passou pelo B.C. Branco e FC Porto, onde construiu a escola Feliciano, descobrindo várias gerações de jogadores porquê: Pavão, Rodolfo, Fernando Gomes, João Pinto, Jaime Magalhães, Zé Beto, Rui Filipe, Domingos, Vítor Baía, entre outros. Ainda no F. C. Porto passou a treinador principal em 1971/1972, substituindo o brasílio Paulo Amaral. Estreou-se pela Seleção Pátrio A a 6 de maio de 1945, num jogo de preparação entre Portugal e Espanha, conseguindo um totalidade de 14 internacionalizações. Faleceu em Maceda, Espanha, a 14 de dezembro de 2010, onde residia com a sua esposa.
Também internacional A por Portugal foi António Aires dos Santos Aparício, que nasceu no Paul, concelho da Covilhã, a 15 de setembro de 1958. Dos 10 aos 12 anos jogou nas camadas jovens do Sporting Clube Covilhã, mas aos 13 anos emigrou para França com os seus pais. Já radicado em terras gaulesas, começou a sua curso futebolística com 17 anos no US Faucigny, passou depois por AS Saint-Étienne, Olympique Lyonnais e Football Club Villefranche, onde foi o melhor marcador da equipa, tendo sido depois transferido para Portugal para jogar no Vitória Futebol Clube, que estava a disputar o Campeonato Pátrio da 1ª Separação. No clube sadino permaneceu durante seis épocas (de 1984 a 1990), onde se destacou quase sempre porquê o goleador da equipa, sendo um ponta de lança possante, exímio no jogo de cabeça. Passou depois por S.C. Braga, Pátrio da Madeira, Clube Desportivo de Montijo, Leixões Sport Club, Seixal FC e finalizou a sua curso no Clube Recreativo «O Grandolense», o clube no qual iniciou a sua curso de treinador. Porquê técnico passou pelos escalões de formação do Vitória Futebol Clube, Cova da Piedade e Negócio e Indústria, sendo ainda vice-presidente para a extensão do futebol no Vitória Futebol Clube. Aparício tem uma internacionalização pela equipa A no dia 20 dezembro de 1987 no jogo Súcia-Portugal. No entanto Aparício tem mais três internacionalizações pela Seleção Olímpica e outras três pela Seleção Sub-21.
E para finalizar a lista de internacionais A covilhanenses temos César Gonçalves Brito Duarte, que nasceu na freguesia do Paquete no dia 21 de outubro de 1964. Iniciou a sua curso nas camadas jovens da Associação Desportiva do Fundão, passando depois pelo clube da sua terreno, o Sport Clube do Paquete. Na quadra de 1983/1984 ingressa no Sporting Clube Covilhã, permanecendo no clube serrano durante duas épocas (de 1983 a 1985). César Brito jogava a ponta de lança, sendo um jogador possante, com potência e colocação no remate, exímio no jogo de cabeça, felino na extensão adversária, com dotes de goleador. Na segunda quadra (1984/1985) sagra-se Vencedor Pátrio da 2ª Separação – Zona Meio, ajudando o clube serrano a subir à 1ª Separação Pátrio, sendo o melhor marcador da equipa com 12 golos. Na temporada seguinte, César Brito é transferido do Sporting Clube Covilhã para o Sport Lisboa e Benfica, onde permanece durante dois anos (de 1985 a 1987), tendo sido depois emprestado durante duas temporadas ao Portimonense Sporting Clube. Regressa ao Sport Lisboa e Benfica, onde permanece durante mais seis anos (de 1989 a 1995). Durante os oito anos que representou o Sport Lisboa e Benfica realizou 147 jogos e marcou 36 golos no Campeonato Pátrio da 1ª Separação, venceu três Campeonatos Nacionais (1986/1987, 1990/1991 e 1993/1994), duas Taças de Portugal (1985/1986 e 1986/1987) e uma Supertaça (1985/1986). Na quadra 1995/1996 ingressa no Clube Futebol “Os Belenenses”, onde só esteve durante uma temporada, rumando depois a Espanha, onde esteve dois anos na Unión Deportiva Salamanca (1996/1998), conseguindo na primeira quadra a promoção à 1ª Liga espanhola. Na quadra 1998/1999 representou o Mérida Associación Deportiva e na quadra 1999/2000 regressou a Portugal e ao Sporting Clube Covilhã, dando por encerrada a sua refulgente curso futebolística. César Brito tem 14 internacionalizações pela Seleção A, com dois golos marcados, sendo a sua estreia no dia 15 fevereiro de 1989 no jogo Portugal-Bélgica. No entanto, César Brito tem mais uma internacionalização pela Seleção Olímpica e três pela Seleção Sub-21.
O teor Os quatro internacionais A por Portugal naturais do concelho da Covilhã aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.