Quarta Parede quer continuar a ter atividade em espaços não convencionais
3 min readSubstanciar o trabalho nas artes performativas contemporâneas e cruzamentos disciplinares, continuar a trespassar de espaços convencionais, estreitar as relações com o território e as populações e continuar a desafiar o público a envolver-se nas criações são alguns dos objetivos da Quarta Parede para nascente ano.
A Associação de Artes Performativas da Covilhã apresentou o projecto de atividades para 2025, que tem na valorização do projeto comunitário sénior um dos principais destaques. Depois de o Laboratório ter apresentado uma peça sobre o 25 de Abril, o grupo, atualmente com 12 pessoas, entre os 63 e os 86 anos, e cândido à participação de quem se queira juntar, já se encontra semanalmente no Núcleo de Atividade e na sede da Quarta Parede.
A principal novidade é a asseveração do grupo porquê coletivo de geração artística comunitária, que terá fases de formação nas áreas da dramaturgia, voz e movimento, e pela geração de um espetáculo a exibir em 2026, que terá uma apresentação em dezembro de 2025.
As preocupações com a ocupação das pessoas são um dos indicadores e o tema do espetáculo do coletivo Momento Presente – Artes Performativas ainda não está escolhido, vai resultar do trabalho feito. “É um espaço cândido para eles dizerem qual a sua premência de informação em espetáculo”, frisou João Castro, o novo elemento da estrutura da Quarta Parede.
Segundo Sílvia Ferreira, diretora artística da companhia, o programa para nascente ano é “diverso e ampliado” e vai continuar a levar espetáculos a localidades mais periféricas e palcos menos comuns, além das salas habituais.
O diálogo com o território e a população sítio é uma das prioridades da companhia, assim porquê tratar temas “relevantes na contemporaneidade” e promover a circulação de artistas que, de outra forma, “dificilmente” seriam apresentados em alguns locais, referiu Sílvia Ferreira.
De consonância com a diretora artística, o aumento da atividade levou ao reforço da estrutura, com a ingressão de João Castro, e a companhia vai continuar a “escutar e tentar fazer com as pessoas”, num tirocínio simbiótico.
“Queremos cada vez mais tentar fazer um trabalho de proximidade, seja para os habitantes da região ou visitantes, não só nas salas, mas também em outros lugares”, salientou Sílvia Ferreira.
A diretora artística frisou o propósito de “fabricar uma relação abrangente com as artes” que envolva os cruzamentos artísticos, mas também a vida das pessoas, através de uma programação que tem um orçamento de 230 milénio euros.
Para nascente ano a Quarta Parede tem planeadas quatro “grandes atividades”: o projeto comunitário para seniores “Momento presente”, as práticas artísticas “Interseções”, a 21.ª edição do Festival Y e o “Em trânsito”.
Das atividades do “Interseções” fazem segmento a “Plural”, oficinas de experimentação artística com artistas convidados de diversas áreas, desde câmara escura, cianotipia fitologia, música e tradição verbal, dança e voz, dirigidas a pessoas de todas as idades, com ou sem experiência.
As “Leituras Nómadas” reúnem mensalmente a comunidade de leitores, durante todo o ano.
A iniciativa “Geral” pretende reunir artistas e grupos da população em sete conversas e um encontro de reflexão com programadores.
Entre março e junho decorre o Y – Festival de Artes Performativas, com 12 espetáculos na Covilhã, Fortaleza Branco, Fundão e Belmonte, duas residências artísticas e nove ações de mediação.
O “Em trânsito”, explicou Sílvia Pinto Ferreira, “valoriza a geração de comunidades de proximidade através das artes performativas para novos públicos” e realiza-se entre outubro e novembro.
A Quarta Parede tem ainda prevista a colaboração em quatro projetos em parceria com outras entidades.
O teor Quarta Parede quer continuar a ter atividade em espaços não convencionais aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.