Ramo dos Enchidos regressa 200 anos depois a Peraboa
3 min readA Associação Cultural e Recreativa de Peraboa realiza, no próximo domingo, 19, pelas 14 horas, a Sarau de São Sebastião, muito porquê o cortejo dos Ramos em sua honra, uma tradição que já não o é há muro de 200 anos.
Segundo a coletividade, o objetivo é a preservação do património impalpável da povoado. “Durante séculos, a sarau em Honra de Sebastião perdeu-se no tempo, assim porquê todas as tradições associadas a ela, porquê foi o caso peculiar da “Vara do Ramo”, que consistia em pedir à sua população o melhor enchido para se executar a promessa feita pela população a São Sebastião, com intuito de distanciar a “peste” nos animais, uma vez que a base de sustento da alimento tinha a ver com a mesocarpo de porco, porquê os seus derivados, porquê as chouriças e farinheiras” explica. Para o ramo deste ano foram feitas mais de 250 peças de enchido, que irão imaginar os diversos ramos.
Pedro Silveira, que nos últimos tempos se tem devotado ao estudo do instruído, explica que o Rei fanático a São Sebastião ordenou que se construíssem capelas em sua honra às entradas de todas as vilas e aldeias, com o objetivo de livrar as populações das pestes que assolavam o reino, porquê foi o caso de Peraboa com a construção da sua capela (atual panificação de Peraboa) junto a uma das entradas da povoado e longe da povoação. Segundo o historiador, a capela também servia porquê hospital de campanha para asilar os enfermos e, por vezes, junto aos templos eram sepultadas as pessoas que não resistiam às doenças contagiosas. A oferta das ‘melhores partes do porco e seus derivados’ ao Santo protetor também chegou à freguesia, uma tradição que agora será reavivada.
O presidente da Associação, Gilberto Garcia, afirma que nascente foi um duelo que lhes foi lançado aquando da sarau do Espírito Santo, com objetivo de revitalizar esta sarau tão importante para Peraboa, e perdida há anos. “A Associação está muito satisfeita com a participação das pessoas nas suas atividades. Fazemos um balanço positivo acerca da nossa ação de trabalho” frisa.
No contexto da sarau, a Panificação de Peraboa criou três pães em homenagem a São Sebastião, uma vez que o prédio foi em tempos uma capela em sua honra. Nuno Silva, proprietário, afirma que foi um duelo “para mim recriar três pães diferentes. O primeiro foi uma regueifa. É um pão sublime, de trigo e milho, que antigamente só era degustado de quando em vez, em ocasiões festivas, sobretudo para confecionar as farinheiras de cozer. A regueifa era colocada no topo da vara dos enchidos. Por esse motivo, vou batizá-la porquê a regueifa São Sebastião. Os dois bolos de óleo são caraterísticos de Peraboa, exclusivamente lhe adicionei umas sementes, que lhe dão um toque dissemelhante. Faz sentido gerar esse tipo de pães, porque a nossa panificação foi há dezenas de anos um lugar muito peculiar.”
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