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Relatório de ONG israelense afirma que Israel atira contra crianças em Gaza - Mundo News
3 de Agosto, 2025

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Relatório de ONG israelense afirma que Israel atira contra crianças em Gaza

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Relatório afirma que soldados abrem fogo deliberadamente contra cidadãos palestinos nas chamadas “zonas de matança”...

Na Tira de Gaza, soldados de Israel matam e agridem crianças palestinas, que vivem sob o iminente risco de morte e sem perspectivas de horizonte. É o que afirma um relatório da ONG israelense B’Tselem, que denuncia genocídio em Gaza. O documento, intitulado “Our Genocide” (nosso genocídio, em português), divulgado nesta última segunda-feira, 28 de julho, aponta as consequências severas causadas pelo conflito na saúde física e psicológica de crianças e suas mães, que não conseguem amamentar os seus filhos, em decorrência dos traumas.

O relatório da ONG é fundamentado em dados de entidades, reportagens e relatos. Desde que a guerra começou, em outubro de 2023, mais de 55 mil pessoas morreram em Gaza, sendo mais da metade mulheres e crianças, de contrato com o Ministério da Saúde lugar.  As mortes aconteceram em bombardeios ou fuziladas pelas Forças Armadas do tropa israelense, a mando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que passou a suportar críticas internacionais e foi condenado à prisão por “transgressão de guerra” pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Por que isso importa

  • O relatório do grupo de resguardo de direitos humanos B’Tselem é uma das primeiras iniciativas de ONGs israelenses a denunciar o genocídio em Gaza;
  • Os dados e depoimentos da publicação revelam um cenário desolador de mortes na guerra, sendo mais da metade de crianças.

Segundo o relatório da B’Tselem, os ataques israelenses não ocorrem somente por meio desatento ou ataques a bombas. Há lugares conhecidos porquê “zonas de matança”, onde soldados do Tropa de Israel abrem queimada deliberadamente contra cidadãos palestinos, incluindo crianças. “Essas práticas foram reforçadas por declarações de comandantes sobre assassinatos indiscriminados e por testemunhos de médicos voluntários em Gaza, incluindo evidências visuais de assassinatos deliberados por atiradores de escol contra crianças”, descreve o relatório.

As “zonas de matança” foram descritas por soldados israelenses porquê um lugar onde “era dada a permissão para atirar em qualquer um que fosse visto dentro delas” e os limites dessa espaço não eram muito claros até mesmo aos militares.

Um dos relatos trazidos no documento é o de Raja al-Harbiti, de 35 anos. Ela, o marido e os três filhos foram atropelados por um tanque de guerra israelense, mesmo segurando bandeiras brancas que pediam tranquilidade. O pai da família e uma das crianças foram dilacerados pelo veículo impenetrável, sobrevivendo unicamente a mãe e os dois filhos que ficaram gravemente feridos.

“Ibrahim [um dos filhos sobreviventes] continua revivendo o momento em que o tanque atingiu seu pai e seus irmãos. Ele continua descrevendo porquê a cabeça de Muhammad [irmão que morreu] foi decepada, e porquê Ahmad [o pai] sangrou muito. Ele se tornou hostil e bate nas outras crianças ao seu volta. Ele grita muito, tem pesadelos à noite e urina na leito”, contou a mãe sobrevivente.

“Toda vez que Sanaa [a segunda filha sobrevivente] ouve um estrondo cimalha, ela fica muito assustada, coloca as mãos nos ouvidos e diz: ‘Tanque’. Ela também sofre de incontinência urinária. Sinto porquê se estivéssemos vivendo em um filme de terror”, declarou al-Harbiti.

Crianças convivem com o pavor da morte

Segundo o relatório, 96% da população infantil em Gaza acredita que vai morrer logo e outros 50% desejam a morte, em decorrência dos traumas gerados pelo conflito. Os dados são da ONG Save The Children, vinculada à ONU. Outro estudo citado foi divulgado pela organização Médicos Sem Fronteiras, em dezembro de 2024, e aponta que crianças palestinas apresentaram “ideação suicida, sofreguidão, depressão e premência de pedestal psicossocial”.

De contrato com dados do Ministério da Saúde de Gaza, divulgados aos Médicos Pelos Direitos Humanos de Israel (PHRI), muro de 4,7 milénio pessoas tiveram membros do corpo amputados, incluindo quase milénio crianças. Pela escassez de analgésicos, secção dos procedimentos foram feitos sem anestesia, inclusive em crianças.

Hala Rajabi, de 50 anos, contou à B’Tselem que soldados israelenses invadiram a sua vivenda, em julho de 2024, deliberadamente e a agrediram junto com os filhos, incluindo as crianças.

“Muhammad [um dos filhos] ainda sofre com dores nos testículos e com sofreguidão. Ele tem tido dificuldades para dormir desde o ataque. Diz que tem pesadelos com os soldados correndo detrás dele e o espancando. […] Eu realmente não me recuperei desde portanto. É muito difícil permanecer ali paragem, impotente, e ouvir soldados espancarem seus filhos dentro da sua própria vivenda”, contou a matriarca.

Porquê consequência do conflito, a população palestina perdeu 30 anos de expectativa de vida ao nascer, diz o relatório. Homens antes viviam, em média, 75 anos e agora não ultrapassam os 40. Para as mulheres, a subtracção foi de 77 para 47 anos.

Rafa e fome 

A falta de víveres adequados e o aproximação à chuva potável também faz com que crianças nasçam com plebeu peso e mães não consigam produzir leite para fomentar os recém-nascidos, o que resulta na morte de bebês, de contrato com o documento.

O relatório descreve que a miséria também é uma forma de morte causada pelos ataques israelenses. “Todas são resultado direto da devastação das condições de vida na Tira de Gaza, das restrições impostas por Israel à ingressão de ajuda humanitária e do ataque israelense ao sistema de saúde, que se tornou incapaz de mourejar com o fluxo contínuo de vítimas”, apontou o documento.

“Meu rebento mais novo, ‘Az a-Din, chorava muito e ficava repetindo: ‘Estou com miséria’. Partia meu coração ouvir isso, e chorei por justificação da situação dele, mas essa era a situação de todos. Expliquei a ele que todos estavam com miséria e que não havia zero que eu pudesse fazer”, disse a matriarca de cinco filhos, Hala Sha’sha’ah, de 40 anos, ouvida pela ONG.

Sha’sha’ah é moradora da Cidade de Gaza, a maior do território palestino. Ela contou à B’Tselem que há dificuldade em encontrar carnes, vegetais e até mesmo farinha. “Chegamos a um ponto em que as pessoas estão comendo qualquer tipo de músculos que conseguem encontrar, não importa a origem”, afirmou.

No último domingo, 27 de julho, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que “não há miséria em Gaza” e que Israel havia permitido a ingressão de ajuda humanitária durante a guerra, em um exposição proferido em um evento cristão, em Jerusalém. 

Entretanto, a Classificação Integrada de Segurança Nutrir (IPC, em inglês) divulgou um estudo, na última segunda-feira, 28 de julho, que classifica a Tira de Gaza porquê o “pior cenário de miséria neste momento” em todo o mundo. 

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