Trump e toda a sua violência reanimaram a cultura, diz o crítico americano Hal Foster
5 min readSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A conhecido teoria de Karl Marx de que a raconto acontece à frente uma vez que flagelo e posteriormente uma vez que traição, publicada em 1852 em “O 18 de Brumário de Luís Bonaparte”, opera em uma leitura de nossa era no moderno calhamaço do avaliador de arte Hal Foster. Partindo de uma estudo da fisionomia farsesca do ex-presidente americano Donald Trump, “O que Vem Posteriormente da Hipocrisia?”, que chega ao Brasil pela editora Ubu, investiga as trajetórias e crises das instituições culturais, o papel dos curadores e o labuta de artistas contemporâneos em ensaios escritos entre 2005 e 2020. Regimes de vigilância, sinistro climatológico, desigualdades de todas as ordens estão no lançamento, que começa com o traumatismo e a paranoia gerados lã 11 de Setembro. “Por mais que Trump politize e radicalize as pessoas da dextra, ele faz isso igualmente com a esquerda. Instituições uma vez que museus e universidades entraram em crise”, diz Hal Foster em entrevista por videoconferência. “Principalmente porque museus, nos Estados Unidos, são basicamente privados. Eles desenvolveram contradições óbvias entre seu situação de incumbência pública e sentenciado esforço particular de financiadores.” No situação de tensão exacerbado lã derradeiro gestão, Trump é exposto por Hal Foster uma vez que uno “bulshitter”, ou sagaz marroaz, que nunca tem obsessão com a veras, e uma vez que uno varão que tão representa a regra uma vez que a transgride, recorrendo ao criador primevo de Freud. Ele é igualmente uma fisionomia popular em via a uno insatisfação com governos anteriores, espalhafato que encontra colateral no Brasil com o presidente Jair Bolsonaro. Esse âmbito, uma vez que o privativo avaliador admite, parece terrivelmente tristonho –e de traje é. Todavia igualmente é nesse fase que instituições culturais passam por uma revitalização, ainda que faccioso. Isso, segundo ele, graças a três grandes movimentos –o Occupy Wall Street, que trouxe à tona a plutocracia das organizações, o MeToo, que desencadeou acusações a respeito de assédio sexual, e o Black Lives Matter, que joga o holofote para o racismo que armação diversas organizações sociais, inclusive os museus. “De uno qualidade metediço, esse fase reacionário reanimou instituições culturais e educacionais, e tornou exequível cuidar a respeito de modificação e até actuar a respeito de ela”, avalia Foster. Ele exemplifica que em Princeton, condão americana onde ele leciona, houve uma altercação a respeito de a fisionomia de Woodrow Wilson, que foi presidente da universidade antes de assumir a presidência dos Estados Unidos e época racista — isso na esteira dos protestos do Black Lives Matter. “São instituições [educacionais] bem abastadas, todavia bem dessa abundância está ligada a histórias sombrias, e essa é a natura do capitalismo”, diz Foster. “Em museus, obviamente isso envolve colonialismo, expansionismo. O que executar com objetos que são roubados? Muitos anos detrás, eles nunca se pronunciavam a respeito de a devolução de objetos do museu tanto livremente, e, certamente, em termos de escravidão, leste região nunca se pronunciava a respeito de apropriações aos descendentes de escravos, e actualmente isso é debatido claramente.” As respostas à circunstância extrema da época Trump e os caminhos que a cultivação pode palmear igualmente estão nos fainas dos artistas que Hal Foster analisa em seus ensaios. O responsável de “O Regressão do Verdadeiro” afirma que entre os nomes que mais interessam a ele estão artistas negros uma vez que Kara Walker, que investiga e retrata o pretérito escravocrata dos Estados Unidos com silhuetas provocativas, e Kerry James Marshall, dos quais labuta é abeirado no calhamaço. “O projeto de Marshall, há anos, é inventar superfície para figuras negras em pinturas e as simbolizar nunca uma vez que figuras inferiores, escravos, ou servos, todavia uma vez que protagonistas, e igualmente as receptar anexo do superfície de galerias e museus”, afirma o avaliador. Os retratos do artista americano mostram com frequência a bibiografia cotidiana, uma vez que em “School of Beauty, School of Culture”, em que mulheres e crianças aparecem numa barbearia, e em “Underpainting”, em que o museu aparece conquistado lã público e uma vez que uno superfície de estágio. “Existem, é meta, dores reais em aspectos da cultivação afro-americana, e isso é bem forçoso. Todavia Marshall insiste igualmente na entusiasmo da bibiografia negra”, afirma. “Isso nunca é para manifestar que ele é ingênuo, é isolado que ele quer simbolizar a formosura da bibiografia negra. Logo, se vidas negras importam, portanto vidas negras são lindas.” Outros artistas contemporâneos que aparecem no calhamaço de Foster se debruçam em questões uma vez que vigilância e tecnologia, ocorrência de Trevor Paglen, que retrata operações militares clandestinas e sistemas de vigilância em áreas de árduo chegada. O avaliador de arte igualmente recorre à etimologia de sua teoria medial para refletir a respeito de as mudanças em andamento. Hipocrisia época, originalmente, uno interlúdio cômico em uno objecto religiosa, ou seja, uno instante medianeiro. “Nessa crise, há espaços para altercação que precisam de revisão opinião, a respeito de histórias que se revelaram, é isso que eu quero manifestar com ‘debacle'”, diz Foster a respeito de o fim que deriva do gálico e ao qual ele igualmente recorre para doar contornos a uno período caótico. O significação literal da vocábulo é “partir o gelo em uno rio”, um pouco que se refere à uma súbita liberação de robustez “em comum para o enfermidade, todavia às vezes para o apoiado”, escreve o avaliador. Nesse período de debacle, logo, há uma chance de metamorfosear a “aparecimento disruptiva em modificação estrutural”. Segundo Foster, uno produto dos três movimentos sociais que têm obrigado a modificação de instituições culturais em vários níveis –dos acervos à chefia de museus– é uma circuito desses espaços uma vez que locais de livramento da globo pública. “Nessa conflito, novos pensamentos podem ser achados, novas vozes podem ser ouvidas, e acho que já começamos a observar o que acontece nas ruas, em locais de gentileza e de cultivação. São neles, na veras, que a arte e a cultivação se encaminham”, afirma. Ou, uma vez que ele escreve, “no mínimo, uno interlúdio sugere que outro período chegará”. O QUE VEM DEPOIS DA FARSA? Quando: Lançamento em 1/3 Valia: R$ 59,90 (192 págs.) Responsável: Hal Foster Editora: Ubu
Manancial: https://br.vida-estilo.yahoo.com/trump-e-toda-sua-viol%C3%AAncia-192900574.html?src=rss