“Até agora ainda não tínhamos falhado zero”
3 min readO treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, disse no final da guia para a Taça com o Rebordosa, por 2-3, que leste foi “o primeiro falhanço” da equipa, que mantém o objetivo no campeonato e culpou o individualismo de alguns jogadores e os erros serranos pelo resultado que eliminou os Leões da Serra frente a uma equipa de escalão subordinado.
“Nós até agora ainda não tínhamos falhado zero. Até agora o campeonato ainda está em cândido. Hoje falhámos. Hoje foi o primeiro verdadeiro falhanço da equipa do Covilhã. Hoje perdemos o primeiro objetivo, na Taça. Não perdemos o objetivo no campeonato”, salientou o técnico, no final da partida muito contraditado nas bancadas.
Francisco Chaló frisou que a formação serrana tem tido “jogos muito bons, muito capazes, muito competentes” e que é isso que alimenta o grupo, pedindo aos adeptos para acreditarem, “porque a lesma muda de um momento para o outro”, embora tenha ressalvado que tem receio que qualquer erro da equipa “seja infalível”.
“Hoje verdadeiramente falhámos, foi o primeiro falhanço. De resto, não está zero escrito definitivamente”, reforçou o timoneiro serrano, no domingo, 24, na sala de prensa, onde se encontravam vários diretores e o presidente do clube, Marco Pêba, sentado numa das cadeiras em frente.
Segundo o treinador, os jogadores “não fizeram o que estava no projecto de jogo” e complicaram situações em que podiam ter feito falta para parar a jogada ou atirado a globo para fora.
“O individualismo em que entrámos não é zero vantajoso”, censurou o técnico, segundo o qual a equipa revelou “imaturidade”. “Nós pusemo-nos a jeito, porque criámos dificuldades que estavam perfeitamente definidas que não iríamos ter”, acrescentou.
O timoneiro serrano disse que “estranhamente, de repente, parece que alguma coisa passa pela cabeça de alguns jogadores” e acentuou ser necessário “perceber quem tem um espírito de sentir o clube”.
“Parece que há situações em que alguns pensam que já está tudo muito, porque para eles está tudo muito, e nós estamos em novembro. Não podemos estar a pensar o que vai ocorrer em janeiro”, apontou Chaló.
O técnico assumiu-se porquê o principal culpado, “mas é fundamental que eles não pensem que cá no Covilhã só há onze jogadores”. “O que nos penaliza são detalhes. A responsabilidade coletiva não pode estar aquém da responsabilidade individual e, neste capítulo, falhámos em algumas coisas”, criticou Francisco Chaló.
“Tem de possuir uma responsabilidade ganhadora. Não me adianta zero ter algumas individualidades que sobressaem. Interessa-me é que a equipa sobressaia. Essa falta de sentido de responsabilidade acaba por nos prejudicar”, insistiu o treinador do Sporting da Covilhã.
Apesar dos recados internos, Chaló entende que zero está perdido e que “é preciso ser pragmático, crer, ser humilde”.
O Sporting da Covilhã, penúltimo classificado da Liga 3 Série B, com 11 pontos, está a seis pontos dos lugares de disputa para o aproximação à II Liga e a missão afigura-se cada vez mais difícil.
Na próxima jornada os serranos deslocam-se ao reduto do Caldas, um opositor direto. A equipa soma três derrotas consecutivas e, nos dois últimos jogos, sofreu sete golos e marcou cinco, quatro deles da autoria de Lucas Duarte.
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