ASTA há 25 anos “a democratizar as artes”
3 min readNascente ano a ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes, com sede na Covilhã, completa 25 anos e o programador, Rui Pires, frisou que a companhia continua a ter a intenção de “alargar o contextura de ação” e de “democratizar as artes” na região, através de uma programação que nascente ano conta com 114 espetáculos e três novas criações.
Embora tenha mencionado que não é fácil fazer arte no interno, Rui Pires ressalvou que essa situação não castrou nem intimidou a companhia, antes a fez procurar “ir mais além”.
O produtor disse segunda-feira, 20, durante a apresentação do Projecto de Atividades para 2025, que, não tendo um espaço próprio para trabalhar, sempre procuraram parcerias e outros palcos, em Portugal e no estrangeiro, têm trabalhado com uma variedade de profissionais, que aportam à companhia “uma perspetiva dissemelhante” e, por outro lado, têm sido veículo para levar espetáculos a locais mais isolados.
A programação é diversificada e, nas criações próprias, a premissa continua a ser a mesma: contornar o teatro convencional, dar primazia ao som, ao movimento e à imagem, em vez de somente à vocábulo, que passa para um projecto secundário, o que tem facilitado as muitas apresentações no estrangeiro.
“O nosso teatro não é convencional. Não nos limitamos ao texto escrito. O teatro não tem de estar refém de um texto. Não vamos fazer teatro tradicional”, avisou Rui Pires.
A primeira das novas peças estreia dia 27 de fevereiro, no Cine-Teatro de Forte Branco. Em parceria com o Meio Dramático Galego está a ser trabalhada “Rosalía, cartografia de ásperas ortigas”, inspirada na vida da poetisa galega. O espetáculo passa também pela Covilhã, Gouveia e Santiago de Compostela.
No ano em que passam 140 anos do promanação de Aquilino Ribeiro, sobe ao palco “Terreno, gente e bichos”, a estrear dia 21 de junho, na Moedura, Fundão.
O espetáculo “Outra vez matemática!”, encenado por Sérgio Novo, sobre as dificuldades no ensino e aprendizagem da disciplina, é apresentado em 23 de setembro, no Teixoso, Covilhã.
Em cocriação com o Grupo de Teatro Universitário da Extremo Interno (TeatrUBI) está a ser prestes “Ficções do interlúdio”, a partir do “Livro do desassossego”, de Fernando Pessoa, para estrear em 12 de março no Teatro Municipal da Guarda.
A ASTA continua a promover quatro festivais anuais e a principal novidade é a extensão do Festival de Artes de Rua Portas do Sol a três freguesias do concelho de Fornos de Algodres, entre 15 e 17 de julho, enquanto na Covilhã as atividades decorrem entre 3 e 05.
O Ciclo de Teatro Universitário da Extremo Interno realiza-se entre 12 e 22 de março, a Mostra de Teatro Escolar EnsiARTE entre 2 e 7 de junho e o ContraDança – Festival de Dança e Movimento Contemporâneo decorre de 5 de setembro a 09 de outubro e volta a Forte Branco, além da Covilhã, Guarda e Gouveia.
Rui Pires mencionou a “presença muito significativa além-fronteiras” da ASTA, que nascente ano mostra pela primeira vez o seu trabalho em Cabo Vede, Egito e Polónia, com deslocações previstas também à Colômbia, Espanha e Itália.
Estão também agendadas formações e a perenidade dos aos projetos de investigação Green E.Th.I.Cs e Theatre in Mathematics, tal porquê as Jornadas de Literatura e Artes e quatro debates relacionados com cultura, em parceria com a Universidade da Extremo Interno.
De conciliação com Carmo Teixeira, da direção da ASTA, o orçamento para 2025 ronda os 550 milénio euros.
O teor ASTA há 25 anos “a democratizar as artes” aparece primeiro em Jornal Notícias da Covilhã.
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