Injeção de prevenção ao HIV funciona com apenas uma dose; diz estudo
3 min read
A medicina deu um progresso histórico e importante nessa semaana. A injeção que vai ajudar a prevenir o HIV ganhou uma novidade formulação que pode ser administrada com exclusivamente uma injeção por ano. A novidade foi divulgada através de um estudo publicado pela farmacêutica Gilead, responsável pela vacima.
A invenção promete melhorar a adesão ao tratamento e reduzir o número de novas infecções. O estudo de período 1 mostrou que a vacina lenacapavir permanece ativa na fluente sanguínea por mais de um ano, mantendo concentrações suficientes para evitar a infecção pelo vírus.
A pesquisa foi destaque na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI), um dos principais eventos de HIV/Aids do mundo, realizado em San Francisco, nos Estados Unidos. Embora ainda precise passar por novas fases de estudo antes de ser aprovada, especialistas acreditam que a injeção anual pode se tornar uma escolha viável às opções diárias ou semestrais de profilaxia pré-exposição (PrEP).
Uma vez que funciona o lenacapavir?
O lenacapavir é um medicamento da classe PrEP, ou seja, um antiviral usado para prevenir a infecção pelo HIV. Ele já havia sido testado com aplicações semestrais, mas agora mostrou potencial para ser dirigido anualmente.
O estudo acompanhou 40 voluntários que receberam uma ração de 5 gramas do medicamento. Os cientistas monitoraram a presença da droga no sangue por 56 semanas e constataram que ela se manteve em níveis seguros e eficazes durante todo esse período.
Os efeitos colaterais foram leves e incluíram dor no lugar da injeção, que geralmente desaparecia em uma semana.
Impacto na prevenção ao HIV
A dificuldade de adesão é um dos grandes desafios das terapias de prevenção ao HIV. Apesar da existência de opções eficazes, uma vez que a PrEP verbal diária, exclusivamente 3,5 milhões das 21,2 milhões de pessoas que poderiam se beneficiar estavam em tratamento em 2023.
Com uma opção de injeção anual, a expectativa é que mais pessoas consigam aderir à prevenção, reduzindo significativamente o número de novas infecções. Segundo o farmacólogo Vamshi Jogiraju, líder da pesquisa, “uma PrEP de longa duração poderia melhorar a adesão, mormente em regiões com chegada restringido à saúde”.
Leia mais notícia boa:
- Medicamento caro para prevenção do HIV será disponibilizado a baixo custo em 120 países
- Science elege medicamento injetável contra HIV como a descoberta científica de 2024
- Sétimo caso de cura do HIV vem com uma reviravolta
A corrida pelo mercado
A Gilead não é a única farmacêutica investindo nesse tipo de medicamento. O cabotegravir, produzido pela GSK em parceria com a ViiV Healthcare, já foi revalidado em diversos países, incluindo o Brasil, para uma injeção bimestral de PrEP.
No Brasil, o lenacapavir para uso semestral ainda aguarda aprovação da Escritório Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, ele não estará disponível de inesperado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Enquanto isso, o governo negocia com a GSK para disponibilizar o cabotegravir gratuitamente a algumas populações, uma vez que trabalhadores do sexo.
O duelo do dispêndio
O preço é um dos maiores desafios para a distribuição em larga graduação. Atualmente, o lenacapavir é comercializado por mais de US$ 40 milénio ao ano, tornando a inclusão em sistemas de saúde pública um travanca. No entanto, especialistas apontam que a produção em maior graduação e políticas especiais para países de baixa renda podem reduzir significativamente esse valor.
Apesar disso, muitos defendem que o investimento vale a pena, pois prevenir infecções gera economia a longo prazo nos custos com tratamento.
Segundo Vamshi, a chegada de uma PrEP anual pode simbolizar uma revolução na prevenção ao HIV, trazendo mais praticidade e ampliando o chegada ao tratamento.
“Uma PrEP que tenha ação ainda mais longa poderia melhorar a adesão e a persitência do tratamento, mormente em contextos de parco chegada à cuidados em saúde”, afirma ao Globo.
