Quercus alerta para aplicação de fitofarmacêuticos na Lardosa

Se zero for feito, para além dos problemas de saúde decorrentes, a Lardosa estará na iminência de perder o ex-libris da freguesia, a produção de feijoeiro frade. É esta a denúncia feita, em enviado, pela Quercus de Fortaleza Branco, sobre a emprego de fitofarmacêuticos em espaço agrícola daquela localidade, no concelho de Fortaleza Branco, um problema que, segundo a mesma, está a afetar não só a lavra lugar uma vez que a própria qualidade de vida dos habitantes.

Segundo a Quercus, em novembro a associação ambientalista verificou, no lugar, a verdade de queixas sobre um pomar localizado junto às Casas do Vale Merendeiro, onde estariam a ser aplicados produtos que, dizem os locais, são aplicados em excesso, inclusive ao fim-de-semana, com o cheiro a fazer-se sentir nas casas e até no interno de viaturas que circulam na vernáculo 18, “mesmo com as janelas fechadas”.

A Quercus diz ter levado o tópico à última tertúlia municipal de Fortaleza Branco, pedindo a nascente órgão que notifique a tutela sobre a premência de moderar o aumento das áreas de lavra intensiva “respeitando assim os Planos Intermunicipal e Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, que priorizam o aumento das áreas de lavra biológica em detrimento da lavra intensiva que as contamina”, que crie um grupo de trabalho que faça um “diagnóstico rigoroso da situação” e que nascente elabore, a partir da informação recolhida, “uma proposta de gesto concreta a ser apresentada já na próxima Parlamento Municipal, em Abril, para estudo e votação.”

Segundo a Quercus, na Lardosa, há uso excessivo destes produtos químicos, as pulverizações deixam resíduos em todas as superfícies circundantes, incluindo parques infantis, e o “estrondo estrondoso” de canhões anti-granizo são um travanca ao sota noturno dos moradores. A associação denuncia ainda “cheiros nauseabundos” de estrumes e lamas provenientes de ETAR que são “aplicados também ao fim-de-semana” e garante já ter havido queixas às autoridades, muito uma vez que à própria Junta, que dizem ter sensibilizado o proprietário para a situação.  “Os moradores lamentam a perda acentuada da qualidade de vida – não podem transfixar as janelas e estão em permanente alerta, preocupados com a saúde, a sua e a dos seus familiares mas também com o agravamento de doenças pré-existentes. Se zero for feito esta situação vai agravar-se pois os terrenos adquiridos recentemente, para novos pomares, continuam a aumentar cercando mais casas e, também, culturas certificadas em modo de produção biológico, contaminando-as” denuncia a Quercus. Que garante ainda que há moradores que zero dizem, e optam pelo anonimato, com susto de represálias.

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