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5 min readFolhapress
Novidade CEO do rúgbi leva vivência empresarial para estreia na gestão esportiva
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A primeira vez que Mariana Miné, 39, teve um contato próximo com o rúgbi foi em 2003, quando morava na Austrália e o país recebeu a grandiosa Despensa do Mundo do esporte em que é potência. A segunda começou em dezembro de 2020, ao assumir o incumbência de CEO da confederação brasileira da modalidade (CBRu). Nesse pausa, Miné, formada, em governo de empresas pela FGV, ocupou cargos de gestão na Ambev, Unilever e RBS Comunicações. Também criou seu próprio negócio, no ramo de sustento para animais. Quando decidiu mudar os rumos da curso, no ano pretérito, ela soube por meio de um serviço de headhunter que a CBRu procurava alguém para substituir o logo CEO, Jean-Luc Jadoul. “Eu imaginava em cargos de gestão de esporte pessoas que viessem de dentro do esporte. Mas ele [headhunter] me explicou que a confederação queria uma pessoa de fora, até para separar gestão e paixão. Topei e quis muito conversar”, conta a administradora. “Conversei com seis conselheiros, que esmiuçaram minha vida e capacidade de gestão. Eles me entrevistavam e, de certa forma, eu os entrevistava também. Perguntava o que o rúgbi tinha mudado na vida deles, e todos tinham histórias fortes. Aí vi que toda essa questão do espírito e filosofia do rúgbi são muito verdadeiros”, completa. Os praticantes do esporte costumam pregar que a prática, bruta na disputa do jogo, está associada a um espírito maior de nobreza e a valores porquê saudação, disciplina e solidariedade. A CBRu tem um padrão único de organização entre as confederações filiadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). As principais decisões são tomadas pelo recomendação de governo e executadas pela CEO, que comanda o dia a dia da entidade. O empresário Eduardo Mufarej presidiu o recomendação pelos últimos oito anos e foi substituído no termo do ano pretérito por Martín Jaco, também empresário e ex-jogador. Já o incumbência de CEO, criado em 2014, havia tido porquê ocupantes o prateado Agustin Danza (até 2019) e Jadoul (de 2019 a 2020), belga radicado no Brasil. Ambos tiveram carreiras empresariais e dentro do rúgbi. Miné rompeu esse padrão ao chegar totalmente de fora e se tornou a primeira mulher no incumbência executivo. “É um marco importante. Temos que erigir essas lideranças [femininas] na gestão do esporte, para que comecem a galgar posições maiores. As mulheres precisam cada vez mais se colocar à mesa e entender que podem se sentar ali também”, afirma. Na CBRu, a administradora oriundo de São Bernardo do Campo (SP) traça três objetivos principais: captar mais e melhor, dar perenidade ao trabalho de governança e compliance e fazer com que o jogo se desenvolva no Brasil. A confederação tem o Bradesco porquê patrocinador máster e outros cinco patrocinadores privados (Heineken, Tim, Livelo, Estácio e CVC Capital Partners). É vista porquê exemplo de captação por não depender exclusivamente da verba distribuída pelo COB, porquê a maioria das entidades, mas ainda assim enfrentou problemas para fechar as contas nos últimos anos. Por isso Miné cita a relação com patrocinadores porquê a primeira tarefa de sua lista de prioridades, que ainda será discutida com o recomendação nas próximas semanas. Por já ter sentado “na outra cadeira”, ela entende que pode associar nesse vista. “Já estive liderando a marca que sentava com parceiros que queriam esteio. Eu estava lá julgando se isso agregava valor para minha marca ou não. O rúgbi é um resultado muito bom e atrativo. Além de ser um esporte em propagação, com visibilidade, tem uma filosofia muito formosa por trás, e as marcas querem se atrelar a entidades que tenham propósito relevante”, diz. Ela avalia que o meio esportivo precisa voltar a convencer o mercado brasiliano de que é um bom negócio, posteriormente a saturação causada pela realização de megaeventos no país e pelos escândalos decorridos deles: “O esporte porquê um todo tem que se preocupar em trazer credibilidade, que o quantia investido está sendo gasto para os fins certos”. Para isso, a relação com os apoiadores não pode ser deixada no piloto automático. “Erigir histórias em conjunto e entregas sob medida. Cada patrocinador é um, ele tem urgência de erigir um atributo de marca dissemelhante. Nós, porquê gestores do esporte, temos que harmonizar o que temos porquê ativo para aquilo que ele precisa erigir porquê marca”, afirma. Em campo, o rúgbi brasiliano obteve feitos relevantes nos últimos anos. A seleção feminina de sevens (modalidade olímpica), apelidada de Yaras, manteve a preponderância na América do Sul e se classificou para os Jogos de Tóquio. O time masculino de XV (modalidade tradicional do esporte) ganhou o Sul-Americano de forma inédita, em 2018, e venceu jogos pela primeira vez contra Argentina (com um time recíproco), Chile, Portugal, Canadá e Estados Unidos. Os Tupis fizeram ainda amistosos emblemáticos contra a equipe da Novidade Zelândia Maori, para quase 35 milénio pessoas no Morumbi em 2018, e diante dos Barbarians (time que contava com quatro campeões mundiais), em 2019. Isso passou pela escolha de desenvolver o cimo rendimento da modalidade -a grande meta traçada há anos é qualificar a seleção masculina para a Despensa do Mundo de 2023- em detrimento do desenvolvimento e de sua massificação no país, o que também provoca críticas. Hoje, exclusivamente seis estados, todos do Sul e Sudeste, são representados por federações afiliadas à CBRu. Miné sabe que terá que enfrentar novas discussões sobre esses temas, mas defende o caminho percorrido até cá, já que 36% das receitas totais da entidade são repassadas pela World Rugby (federação internacional da modalidade). “Quando tem um sistema de cimo rendimento funcionando, começa a dar visibilidade e quesito de jogo frente a outros países. Essa estratégia foi acertiva para [o Brasil] ser posto no cenário internacional”, constata. “Acho que é o momento de encetar a olhar mais o rúgbi pátrio, federações e clubes, para passar um pouco do conhecimento que o cimo rendimento desenvolveu para a comunidade.” A novidade CEO assumiu posteriormente Eric Romano, escolhido anteriormente para o incumbência, permanecer menos de 12 horas nele. Logo que o nome foi anunciado, publicações machistas e homofóbicas de suas redes sociais vieram à tona e tornaram a permanência insustentável. Miné, porém, não entende que sua contratação possa ter sido uma resposta da confederação ao erro anterior. “Não tenho a sensação de que estou sentada cá pelo trajo de ser mulher. Com relação ao processo seletivo, confesso que foi o mais rígido pelo qual passei na vida, e no caso do CEO vetusto tenho certeza que foi o mesmo. A partir do momento em que você tem uma função exposta publicamente, de repente tem alguma coisa por trás que o processo não pegou. Mas acho muito importante o trajo de a CBRu ter se posicionado muito rápido sobre a saída”, afirma.