Festival Y liga quatro cidades da Beira Interior
3 min readProcurar escutar e dialogar com o território são um dos compromissos da 21.ª edição do Festival de Artes Performativas Y, que se realiza entre 20 de março e 14 de junho e vai “vincular lugares e populações” de quatro cidades da Orla Interno: Covilhã, Fundão, Fortaleza Branco e Belmonte.
No totalidade, estão programados 11 espetáculos, duas residências artísticas e 11 ações de formação e de mediação.
Tal porquê desde o início, a intenção é a promoção das artes performativas e dos cruzamentos artísticos, trazendo espetáculos e artistas dessas disciplinas à região, mas, à boleia, refletir sobre “questões sensíveis da atualidade”, através da geração artística.
Temas porquê o colonialismo e o retorno a Portugal, as dificuldades na habitação, os desafios da não-normatividade, as migrações, as redes sociais e a lucidez sintético, a forma porquê se lida com a deficiência ou a relação com o património proveniente são alguns assuntos abordados e indissociáveis da atualidade política e social.
Sílvia Pinto Ferreira, diretora artística do Festival Y, destacou a heterogeneidade dos artistas e a multiplicidade de disciplinas que constam na programação, desde o teatro à música, da dança à interdisciplinaridade artística, além da “abrangência geográfica” que vai levar a programação a espaços com caraterísticas diferentes, desde salas a lugares ao ar livre.
Segundo a responsável, a Quarta Parede sempre pretendeu “fazer do festival uma plataforma de passagem da arte contemporânea que seja referência a nível pátrio”.
A principal novidade é a residência artística “Investigação-ventilação”, com o artista disciplinar Filipe Moreira, que durante todo o período do festival vai estar nas Penhas da Saúde, para “refletir e explorar livremente a partir do seu trabalho e em relação com o património proveniente e humano da Serra da Estrela”.
A outra residência artística é com o fotógrafo Nelson d`Aires, que entre 17 e 23 de março vai fotografar no concelho e abordar o tema da habitação.
O papeleta tem início em 20 de março, com a dupla de guitarristas Mano a Mano, que atua no Teatro Municipal da Covilhã (TMC).
O espetáculo de dança “Trans*performatividade”, de Aura, sobe ao palco do Auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, dia 25.
Em abril Jonas & Lander apresenta na Fábrica da Originalidade, em Fortaleza Branco, o espetáculo de dança “Cascas d´Ovo”, dia 02, no dia 09, no Cine-Teatro, na mesma cidade, sobem ao palco Magda & Miguel F, com a performance “Não tenho terreno nos sapatos” e a peça de teatro “Volta para a tua terreno”, de Keli Freitas, passa pelo Teatro Municipal da Covilhã dia 17.
A Moedura, no Fundão, acolhe a primeira proposta de maio, dia 09, a dança “Née”, de Igor Calonge, e dia 17 apresenta-se pela primeira vez na região o projeto Dançando com a Diferença, com “Blasons + Doesdicon”, no TMC.
No auditório do Teatro das Beiras está dia 24 Anabela Almeida com a peça de teatro “A outra mansão da praia” e PINY mostra o espetáculo de dança “”.G RITO” no TMC, em 29 de maio.
Em 14 de junho o Fortaleza de Belmonte acolhe “Romaria”, dos Réptil, em colaboração com a comunidade.
No papeleta constam ainda outras atividades paralelas, porquê as conversas entre artistas e Cláudia Galhós, uma “partilha de teor porquê forma de aproximação às artes”, frisou a diretora artística
O programa deste ano tem um orçamento de 120 milénio euros. Os bilhetes podem ser comprados nas bilheteiras das diferentes salas onde o Festival Y #21 vai transcurso.
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